" E quando eu pensei que não podia amar.. você chegou, minha doce menina."
Heitor.. um excelente advogado criminal mas que não acredita que o amor pode mais chegar em sua vida. No momento, tudo que quer é voltar para a casa onde cresceu e tirar um t...
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Saio do casarão em busca de Inácio, vejo quando Maria caminha de cabeça baixa chorando. De longe vejo seu amigo chutando o pau da cerca, provavelmente devem ter brigado.
Assim que acho Inácio converso um pouco com ele e digo que convidei Maria para ir comigo para cidade.
Meu amigo me olhou desconfiado mas achou ótima a ideia e antes de me dar as costas e voltar ao trabalho, me disse para cuidar de Maria.
Eu apenas assenti e sai.
Assim que entrei no casarão, fui direto para a cozinha pois sabia que Maria estaria lá. Mas ela não estava, foi quando escutei um choro baixo vindo do quarto. Caminhei até lá e abri a porta devagar.
Meu anjo azul estava deitada na cama chorando baixinho. Assim que me viu começou a chorar mais forte, me aproximei da cama.
- O que foi meu anjo?! - Pergunto alisando sua perna.
- Ele me disse coisas horríveis..eu.. eu só quero estudar e conhecer coisas novas, que mal há nisso?!- Pergunta mesmo já sabendo a resposta.
- Não há mal nenhum meu anjo.. seu amigo só está triste com sua partida.. - Digo e ela limpa as lágrimas dos olhos.
- Você pretende mesmo me levar com você?!- Pergunta se sentando na cama.
- Meu convite ainda está de pé bebê..- Digo.
Meu anjo de olhos claros me abraça, aproveito aspiro seu cheiro gostoso.
- Ah.. minha vovozinha quer falar com você..- Diz.
- Tudo bem.. ela deve querer explicações certo?! - Penso que deve ser isso.
- Sim..- Responde.
- Está bem.. você precisa de ajuda pra arrumar suas coisas?! - Pergunto.
- Acho que não.. não tenho muitas coisas..- Diz um pouco envergonhada.
- Tudo bem.. podemos comprar quando chegarmos lá..- Digo.
- Pode ser..- Diz.
[...]
Depois de conversar com a avó de Helena e explicar a ela que tenho as melhores intenções.. realmente, ajudo então Helena a arrumar suas coisas numa pequena mala.
Minha menina está constrangida, quase que não me deixa entrar em seu quarto. O lugar é simples e acho que por isso está tão constrangida, mas depois descubro que não é esse o motivo.
O fato de não ter muitas coisas a fez ficar envergonhada.
A tranquilizo novamente e digo que quando chegarmos em minha casa, podemos sair pra comprar mais coisas.
Ela assente e então voltamos pro casarão.
Entramos pelos fundos e vamos direto para o seu quarto, onde ainda tem mais algumas coisas pra ela guardar.
- Acho que não vai caber mais nada na sua mala.. - Observo.
- Eu dou um jeito..- Diz olhando a bolsa.
- Não vai caber.. para de ser teimosa. Vamos lá no meu quarto, eu tenho uma mala sobrando..- Digo e a puxo para fora do quarto.
Subimos as escadas e assim que entro no quarto agarro Helena que dá um gritinho de susto e sorri quando percebe que vou beija la.
Caímos na cama e não demoro a beijar meu anjo perfeito. Mordo seus lábios e ela corresponde ao meu beijo na mesma intensidade.
Quando o ar falta em nossos pulmões, nos afastamos.
- Você me disse que tinha uma mala pra me emprestar.. não que me traria aqui pra me beijar..- Diz e sorri.
- Tenho as duas coisas.. a mala e os beijos..- Digo e lhe dou mais um beijo.
..
Depois que Helena saiu do meu quarto, aproveitei e respondi alguns emails. A alguns dias minha secretaria recebeu uma visita de um rapaz que estava sendo acusado de estupro.
Ela me passou as informações e vim analisando, por isso preciso voltar para casa. Se eu for realmente pegar esse caso, preciso analisar as provas, ter acesso as testemunhas e aos depoimentos e o principal, conversar com o acusado.
Só então posso montar a defesa.
Mas se eu não aceitar, posso passar esse caso pra outro advogado muito competente também.
Abaixo a tela do notebook e resolvo arrumar minhas roupas. Pensando bem, não vou deixar para ir depois do almoço, quero voltar o quanto antes.
Preciso avisar a Helena que vamos pela manhã mesmo.
Desço as escadas e não a encontro na cozinha, que é geralmente onde ela fica.
Vejo o corredor e a porta encostada, imagino que ainda deve estar arrumando suas coisas.
Empurro a porta e não a encontro. Escuto sua voz suave vindo da outra porta que se encontra aberta.
Eu não deveria mas é mais forte que eu.
Caminho a passos lentos até o banheiro que está com a porta escancarada.
Vejo meu anjo de costas pra porta. A bunda durinha e empinada e os cabelos negros caindo nas costas.
A água correndo por seu corpo fazem ondas de calor se concentrar numa parte específica de mim.
Decido ir embora, preciso acalmar os ânimos do meu corpo, então da mesma forma que entrei, dou a volta e caminho até o meu quarto.
Vou direto pro banheiro e tomo um banho frio, só assim pra acalmar o corpo. Depois de me vestir desço até a cozinha para fazer um lanche e encontro Helena comendo também.
Me sento próximo a ela que me serve e vamos comendo e conversando.
- Conseguiu arrumar tudo? Estava pensando em ir de manhã mesmo..- Aviso.
- Por mim tudo bem, já arrumei tudo..- Diz.
- Então depois que comermos algo, partimos.. - Digo.
- Está bem.. só preciso dar um abraço na vovó..- Diz.
- Tudo bem.. - Sorrio.
- Acho que vou deitar agora.. assim acordo disposta amanhã..- Diz se levantando e eu me levanto junto.
Antes que ela possa chegar até a pia e colocar a louça, a puxo pela cintura e cheiro seu pescoço. Suas mãos pousam em meus braços e sinto seu aperto suave em meus músculos.
- Você é tão forte..- Diz baixinho.
- Você gosta?! - Pergunto alisando seu cabelo que está meio úmido.
- Sim..você parece aqueles moços da era medieval..- Diz com um sorriso nos lábios.
- E isso é bom?! - Pergunto achando graça.
- Claro.. você é um homem tão bonito Heitor.. muito mesmo..- Sussurra me olhando nos olhos.
Encaro sua boca rosada por alguns instantes antes de colar os nossos lábios num beijo lento e gostoso.
Quando minha garota se afasta, sorri.. tímida como sempre.
- Eu gosto quando você me aperta assim..- Diz.
- Desse jeito?! - Aperto sua cintura.
- Sim..- Sussurra.
- E o que mais?! - Insisto.
- Não sei.. tenho que descobrir..- Diz e desvia o olhar.
Sorrio e beijo sua testa a liberando dos meus braços. Helena segue para o seu quarto e eu apago a luz ao sair da cozinha.
