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Estou numa pensão que Elis me ajudou a conseguir um quarto

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Estou numa pensão que Elis me ajudou a conseguir um quarto. O lugar é limpo, organizado e maioria das pessoas residentes são mais de idade.

Estou sentada olhando pra janela que dá pra rua, vejo os carros passarem e me lembro de que não estou num conto de fadas.

Preciso estudar e trabalhar se quiser continuar aqui.

Desço as escadas e cumprimento a dona do lugar, sigo pela rua tranquila e graças a Deus meu ônibus logo passa.

Chego a faculdade e sigo direto para sala, vejo Elis que acena e me aproximo dela.

- Como está a gravidinha mais linda do mundo?!- Elis sussurra.

- Shiuu!! Não quero que ninguém saiba..- A repreendo.

- Relaxa.. mas me diga, como se está?!- Pergunta alisando minha mão.

- Estou bem.. eu acho..- Digo.

Elis me encara e torce os lábios.

- Você precisa resolver essa situação. Não pode ficar com esse sentimento mal resolvido. Não fará bem ao bebê..- Diz e concordo.

- Você está certa, mas por hora preciso é descansar a mente..- Digo.

- Sim.. mas me diga como ele reagiu a notícia da gravidez?!- Elis Pergunta e eu mordo os lábios.

Minha amiga me encara e abre a boca.

- Você não contou? Maria Helena!! - Me repreende.

- A verdade foi que eu esqueci.. no meio da confusão acabei me esquecendo..- Explico.

Elis passa as mãos no rosto.

- Não tem como esquecer uma coisa dessas.. você precisa falar pra ele. Se você não contar, não estará sendo justa com ele. Não estou passando a mão na cabeça do Heitor, mas ele acabou de "perder" um filho.. você vai esconder dele outro?! Pensa bem.. e que eu esteja muito errada, mas e se ele descobre e por ser advogado.. tenta tirar o filho de você?!- Diz e eu faço sinal da cruz.

- Heitor não seria capaz..- Penso.

- O melhor é dizer a verdade a ele, mesmo que vocês não fiquem juntos..ele merece saber que vai ser pai de um filho de sangue..- Diz e eu reflito.

A aula segue normal, quando chega ao fim me despeço de Elis e sigo devagar para a floricultura.

O sol está quente, uso uma folha para cobrir o rosto de alguma forma. Chego a floricultura e pergunto se as meninas já almoçaram.

Ela dizem que não e que vão comer pedir comida, peço para pedir para mim também que quando chegar eu pago.

Não demora muito e nossa comida chega, me sento e mastigo devagar tentando apreciar a comida e não passar mal.

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