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Estou saindo do escritório

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Estou saindo do escritório. Mais um dia que não tive coragem de ir atrás de Maria Helena. Na verdade, procurei não pensar muito nela.. em seu corpo, seus olhos, sua boca..

Imagino que esteja na casa da sua amiga.

Balanço a cabeça tentando espantar o pensamento.

Meu dia foi corrido.. meu advogado tentou entrar em contato com Samantha mas sem sucesso. O caso é complicado pra ela, pois, ela mentiu e escondeu o bebê do pai verdadeiro.

Meu amigo, também advogado, que está ajudando no caso do Ben, disse que o processo pode demorar um pouco mas por baixo.. posso deixar o Ben aos cuidados do pai, se eu concordar.. afinal pra todos os efeitos sou o pai dele.

Eu não disse isso ao Rodrigo.. eu tô com o coração na mão só de pensar que não vou ver mais o Ben dormindo no quartinho, que não vou mais cheirar a cabecinha dele..

Sinto um nó na garganta mas me faço de durão.

Caminho a passos lentos até o carro e quando entro, giro a chave e sigo devagar até o apartamento.

O caminho do elevador até a porta de casa parece durar uma eternidade, sinto um cheiro familiar ao abrir a porta e quando a vejo, automaticamente meus lábios se abrem num sorriso.

- Helena.. - Sussurro.

Ela se vira e me encara.

Os olhos cintilam ao me ver. A boca carnuda se move num sorriso delicado e passageiro.

Noto a movimentação logo atrás de si e logo vejo Ana e o tal Rodrigo segurando o Bernardo.

- Heitor querido.. que bom que chegou..- Ana me cumprimenta.

Aceno a cabeça e encaro o homem segurando o Bernardo.

- Espero que não se importe.. eu vim dar boa noite ao meu filho..- Diz se explicando.

- Não.. tudo bem..- Digo me concentrando apenas em olhar para Helena, que claramente desvia o olhar.

- Helena.. podemos conversar?!- Pergunto baixo para que apenas ela escute.

Ela me encara.

- Sim.. eu vim aqui mesmo para falar com você..- Responde e sinto meu estômago embrulhar de ansiedade.

Aponto para o escritório mas antes que possamos caminhar até lá, escuto Rodrigo chamar seu nome.

- Pois não?!- Ela diz e eu presto atenção em tudo.

- Quer que eu te espere?! Posso te levar a pensão depois..- Diz e eu arqueio as sombrancelhas curioso.

Helena olha para mim e depois para Rodrigo.

- Não precisa.. eu posso pegar um ônibus..- Diz.

- É perigoso.. eu te esper..- Não tem tempo de terminar de dizer pois eu o interrompo.

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