" E quando eu pensei que não podia amar.. você chegou, minha doce menina."
Heitor.. um excelente advogado criminal mas que não acredita que o amor pode mais chegar em sua vida. No momento, tudo que quer é voltar para a casa onde cresceu e tirar um t...
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Minha barriga está mais aparente agora e eu estou me achando tão linda assim. Me olho no pequeno espelho do banheiro e penso que logo logo terei que sair daqui.
Preciso achar um lugar mas confortável para quando meu filho ou filha nascer, esse pensamento me deixa aflita.
São tantas coisas para ver e agilizar.
Saio do banheiro e me aproximo da janela, daqui consigo ver o carro do motorista que Heitor contratou para me levar aos lugares.
Heitor..
Ele me mandou flores nas últimas semanas, tive até que pedir a dona da pensão que as usasse como decoração, pois no quarto não cabiam mais.
Mesmo em sua ausência, eu aprecio seu cuidado comigo e com o nosso filho, vejo o quanto está se esforçando para me conquistar novamente.
Tem feito pequenas coisas e isso me agrada.
Mas isso não é mais sobre nós e sim sobre mim.. percebi que preciso de um tempo para mim. Preciso conhecer pessoas e lugares e quero fazer isso sozinha.
Tanto é que daqui a pouco vou sair com Rodrigo e o Bernardo.
Quando soube que o Ben estava aos cuidados do Rodrigo, liguei para Ana. Conversei um pouco com ela e soube que Heitor estava mal.
Não tive coragem de ligar e ouvir sua voz, sei que correria o risco dele começar a falar sobre nós e eu não resistir.
Então o que fiz apenas foi lhe mandar uma mensagem dizendo que sentia muito, ele respondeu me agradecendo.
Nossa conversa não se estendeu muito, ele perguntou como eu estava e se o bebê estava bem.
Suspiro fundo, pensativa.
Pego minha bolsa e desço as escadas da pensão em direção ao carro. Zé Carlos ou Carlos, como costumo chamar.. abre a porta para mim e eu coloco o cinto.
O carro segue devagar pelas ruas em direção ao shopping da cidade, Carlos entra no estacionamento e desce para abrir a porta pra mim, mesmo eu insistindo que não precisa.
- Senhora.. devo esperar aqui?!- Pergunta e eu reviro os olhos.
- Nada de senhora.. já disse.. sim, por favor. Logo eu volto..- Digo e ele assente.
Caminho devagar até o elevador e aperto o botão. Elevadores me deixam nervosa, minhas pernas tremem mas por sorte logo chego ao nível das lojas.
Caminho devagar até uma loja de bebê e entro. Meus olhos brilham com tanta coisa fofa, mal posso esperar pra descobrir o sexo do bebê.. quero encher meu bebê de roupinhas fofas.
Ainda não pensei nos nomes, na verdade eu quero que Heitor participe da escolha. Ainda não falei com ele, mas quando descobrimos o sexo.. pensamos sobre.
