" E quando eu pensei que não podia amar.. você chegou, minha doce menina."
Heitor.. um excelente advogado criminal mas que não acredita que o amor pode mais chegar em sua vida. No momento, tudo que quer é voltar para a casa onde cresceu e tirar um t...
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Heitor saiu do quarto apressado. Me senti tão.. fria. Puxo o lençol com força e me cubro, será que foi tão ruim assim pra ele ter me olhando daquele jeito.
Melhor não pensar nisso agora. Esse beijo não deveria ter acontecido, foi um erro e a culpa foi minha por ter permitido.
Sabe Deus o que ele vai pensar de mim.. que sou assanhada e que dá mole pro patrão ou pior.. pode até falar para alguém.
Não.. ele não faria isso não é?!
Melhor ir dormir.
..
Acordo cedo e preparo o café. Os irmãos de Heitor descem e comem. Gabriela me faz companhia um pouco na cozinha e depois se vai atrás do noivo.
As outras duas madames metidas nem dirijiram a palavra a mim, o que achei ótimo. O senhor Henrico apenas acenou com a cabeça, ele não é de falar muito comigo.
Não vi Heitor por aqui, deve estar dormindo então resolvo montar uma bandeja com coisas bastante gostosas para ele.
Bato na porta do quarto e depois de uns minutos entro. Parece um Deus nórdico, igual aqueles que lemos nos livros.
O corpo bonito envolto no tecido da roupa.. ahh..
Coloco o café na mesinha e penso em falar algo mas apenas saio do quarto. Ainda não é a hora, ele acabou de acordar.
Volto pra cozinha e me envolvo fazendo a comida. Quando está pronto e a mesa já colocada vou até a área da piscina informar os patrões.
Mas vejo claramente Heitor de conversa e risos com a moça bonita da cidade grande. Ela põe a mão sobre a coxa dele e ele parece não se importar, pelo contrário.. ainda alisa a mão dela.
Aviso que a comida está na mesa e ele me encara mas não se afasta dela.
Volto para a cozinha me sentindo uma idiota. Óbvio que o patrão, dono de tudo isso, advogado da cidade grande.. não ia olhar pra mim.
Claro que não. O que eu tenho a oferecer?!
Lembro me das palavras de Jonas.. se colocar no meu lugar..
Escuto os passos na varanda e mais risos.
Vou para a área de serviço e estendo alguns panos. Aproveito o tempo e vou pegar algumas plantinhas que tem ao lado da porta dos fundos da cozinha.
Quando tudo fica em silêncio, espero mais alguns minutos e vou conferir. Ninguém mais aqui, retiro tudo e depois de guardar e lavar. Vou comer um pouco.
Deixo tudo encaminhado para servir o jantar a noite e então saio para dar uma volta.
Caminho devagar com a intenção de chegar até minha casinha mas encontro José Antônio.
- Heleninha!!- Me abraça apertado.
- José..- Retribuo o abraço.
- Estava com saudades.. faz tanto tempo que não lhe vejo ..- Diz de forma dramática.
