" E quando eu pensei que não podia amar.. você chegou, minha doce menina."
Heitor.. um excelente advogado criminal mas que não acredita que o amor pode mais chegar em sua vida. No momento, tudo que quer é voltar para a casa onde cresceu e tirar um t...
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Dois meses morando com Heitor e tudo estava indo bem até aquela mulher aparecer.
A mesma mulher que eu vi no escritório dele nao para de ligar e sempre aparece onde ele está.
Fora quando não estou com ele.. nunca me disse mas sei que ela sempre arranja uma desculpa de estar próximo dele.
Uma vez que ele me levou pra jantar e ela apareceu, teve a cara de pau de sentar ao lado dele e ficar contando sobre as vezes em que viajaram e blá blá blá.
Voltei pra casa mal naquela noite. Eu só queria sumir, que tipo de pessoa eu estava sendo?! Eu não posso me igualar a uma mulher daquele porte.
Heitor não disse nada durante a volta pra casa e quando estava subindo as escadas, me puxou e me beijou.
Estávamos fora de controle e quando vi estávamos na cama.
Acordei no dia seguinte e ele não estava ao meu lado. Me cobri com o lençol e fui até o banheiro.
Tomei um banho e me vesti. Quando desci, ele já estava na mesa e mal olhou na minha cara.
Depois desse dia, praticamente me evitava e eu.. sofria de amores calada. Durante alguns dias me senti idiota e pensei em ir embora.
Mas ao contrário disso, usei a tristeza como motivação, durante alguns dias depois da faculdade ou durante os intervalos, eu saia em busca de um trabalho.
Foi difícil mas eu consegui trabalho numa lanchonete. Eu chegava às 14h e saia as 22h.
Era um dinheiro bom e eu conseguiria me manter. Durante duas semanas sai de casa de manhã e chegava a noite.. não me encontrava com Heitor.
Na verdade, via apenas a luz do escritório acesa.. ele não me procurou nenhuma vez.
Na faculdade estava indo tudo bem, fiz amizade com o Emanuel, a Sara e a Elis. Eles eram ótimos amigos mas não tão íntimos a ponto de me abrir sobre minha atual situação.
Estava sozinha praticamente.
- No que você tanto pensa?! - Elis perguntou.
- An? Ah.. nada.. tô pensando na morte da bezerra..- Sorrio.
- Você pensa que engana.. mas eu sei que tá rolando alguma coisa.. pode se abrir comigo..- Segura minha mão.
Suspiro cansada de guardar tudo pra mim e lhe conto tudo desde o começo. Algumas lágrimas brotam em meus olhos e deixo escapa las.
Elis escuta tudo atentamente e não me sinto julgada. Quando termino de contar, minha amiga me abraça.
- Por que não se abriu antes? Como conseguiu guardar tudo isso dentro de você.. não é saudável..- Diz ainda abraçada a mim.
- Eu não sei.. - Respondo.
- Quer dormir lá em casa hoje?! A gente estuda um pouco depois faz pipoca e brigadeiro..- Diz e eu me animo.
