" E quando eu pensei que não podia amar.. você chegou, minha doce menina."
Heitor.. um excelente advogado criminal mas que não acredita que o amor pode mais chegar em sua vida. No momento, tudo que quer é voltar para a casa onde cresceu e tirar um t...
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Heitor está me encarando nesse momento enquanto coloco o pote onde estava as frutas picadas, na bandeja.
Ainda não consigo acreditar que ele conseguiu se lembrar de tudo e que fizemos amor nessa cama.
Quando dormimos juntos foi estranho, ele parecia um robô..todo duro e distante de mim. Conversamos muito e ele parecia um menino olhando as coisas ao redor.
Não foi estranho acordar hoje e vê que ele não estava na cama. Sei que durmo e acordo agarrada ao seu corpo, era mais forte que eu. Mas quando eu acordava, era sempre a mesma coisa.. ele já não estava mais lá.
Então quando me levantei e fui ao banheiro tomar um banho e ver se em mais um dia as coisas poderiam ser diferentes, me deparei com ele dentro do banheiro me encarando.
No início foi estranho e me senti constrangida. Mas quando ele se aproximou e me tocou, foi como se tudo nunca tivesse mudado.
Percebi que ele não estava muito bem até ele verbalizar que havia se lembrado.
Tudo mudou ali, senti meu corpo incendiar de desejo. Não demorou muito até estarmos na cama nos amando como sempre fizemos.
Eu estava com tanta saudade de me sentir assim.. de ser tomada por ele.
Meu amor..
Heitor está me encarando enquanto pega o prato com o sanduíche e me estende.
- Come mais..- Diz com o prato nas mãos.
- Você não respondeu a minha pergunta..- Digo olhando pro seu rosto.
- Primeiro você precisa comer.. - Diz ainda com o prato em mãos.
- Eu posso comer e conversar com você..- Digo pegando o prato e mordendo o sanduíche.
- Você ficou mais teimosa..- Resmunga.
- Você não devia falar essas coisas pra mãe dos seus filhos..- Faço bico.
Ele balança a cabeça e sorri.
- Come amor.. por favor, e então depois conversamos..- Pede.
- Tudo bem.. mas você não vai comer? - Pergunto.
Ele coça a barba.
- Não estou com fome..- Diz.
- Você precisa comer, ainda mais agora que se lembrou de tudo. Isso ainda é confuso e você precisa, inclusive ir ao médico novamente. Me dê o telefone, vou ligar pro seu irmão..- Peço.
- Acho que não precisa.. a Ana provavelmente já deve ter ligado..- Sorri e isso me deixa aliviada.
- Tudo bem.. mas agora come um pouco comigo. Tem muita comida e eu não vou aguentar comer isso tudo..- Peço e ele cede.
Depois de tomar nosso café da manhã, Heitor põe a bandeja no chão e se senta ao meu lado. Estou deitada com alguns travesseiros nas costas e ele segura minha mão.
