9: Encontro inesperado

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Cheguei na casa de Sophia e paguei a corrida, entre pela porta da frente e dei um abraço apertado na minha amiga, mas assim que percebi que Gustavo estava nos observando  parei de abraçar Sophia e o encarei no topo da escada, o cumprimentando com um sorriso casto. Junto com a minha amiga subimos as escadas e fomos para os nossos quartos, para começarmos a nos arrumar. Quando entrei no quarto, Gustavo entrou logo em seguida, fechando a porta.

‐ Você está com medo de mim agora? – seu humor é vago – Que nem voltou para casa.

Olhei para Gustavo, me perguntava o porquê de eu ter dado tanta liberdade a ponto de transar com ele. O irmão da minha amiga é arrogante, mandão, além do humor ácido. Ele é completamente diferente do Henri que me trata com carinho e sempre está tentando me deixar feliz, além de me dar um monte de presente por que ele quer e não porque é obrigado.

- Não estou com medo de você, só quis fazer algumas compras na Time Square – dei de ombro, fingindo indiferença.

‐ Só uma pergunta – voltei a olhar para ele – A onde estão as suas compras.

Ele para o chão e depois para Gustavo, me lembrando que deixei as compras e meu sobretudo, na casa de Henri. Sorte que quando saí ontem, não tinha ninguém em casa para ver como eu estava vestindo.

‐ Eu – parei por um instante e pensei no que ia falar – Meu pai diminuiu o limite do cartão de crédito, então só deu para pagar o hotel e as coisas que comi em alguns restaurantes.

- Isso é mesmo lastimável, tem muitas lojas boas para se fazer compras, na Time Square – ele olhou para um lado e outro – Vou deixar você se arrumar – me deu um selinho e me encarou – Está com gosto de halls preta.

‐ Saí para fazer compras e no final tive que dormir fora, então tive que usar uma bala para disfarçar o meu bafo de dragão.

Lembrei da língua de Henri entrando e saindo de mim, me fazendo sentir calafrios de prazer. Eu espero que Gustavo tenha acreditado, porque quando eu era pequena pratiquei a mentir para o espelho e tinha hora que eu mesmo acabava acreditando nas mentiras criadas por mim.

‐ É uma ótima solução.

Gustavo saiu do quarto e eu soltei o ar que nem fazia ideia que estava prendendo. Fui para o banheiro e tomei um banho demorado, deixando a água quente tirar a tensão que essa casa era capaz de trazer para os meus músculos. Sequei o meu cabelo e passei o Babyliss no meu cabelo.

Entrei no closet e escolhi um vestido longo prata, justo. Coloquei um salto prata da Gucci. Sentei em frente ao espelho e fiz uma maquiagem mais básica, mas que destacava os meus olhos castanhos escuros. Quando eu estava pronta, tirei uma foto no espelho de corpo inteiro e mandei para o Henri, que me respondeu no mesmo instante.

Henri

Está linda como sempre.

Como eu queria estar aí, para fazer esse vestido subir até a sua cintura.

Mas neste momento estou comendo Waffle recheado de Nutella, com calda de chocolate e muitos morangos.

Isso é sacanagem

Eu amo esse prato

E você fala uma coisa dessa, me dá vontade de ir aí

Até. Agora tenho que ir

Beijos, raio de sol

- Amiga, está pronta para a gente ir? – apaguei a tela do meu celular, assim que escuto minha amiga entrar no quarto.

Seu para amarOnde histórias criam vida. Descubra agora