17: Balada a fantasia

25 3 7
                                    

A boate está lotada e a fila para entrar está virando o quarteirão. Tinha pessoas fantasiadas de diversos estilos. Eu e Laura andamos de mãos dadas pelo passeio, atraindo vários olhares. 

‐ Finalmente chegaram – ele bateu o dorso da mão no ombro do segurança – Eles estão comigo.

Entramos na boate e minha namorada encarava meu amigo e depois eu. Leo deu um abraço em Laura, como se fossem amigos de longas das. Afastei seu corpo da minha mulher e passei o braço em torno da cintura de Laura.

‐ Então foi assim que você descobriu que eu estava nos Estados Unidos? – Ele me olhou, fazendo os longos silício tremerem .

‐ Foi, sei do seu beijo com o meu amigo.

‐ Não foi bem um beijo – disse Leo – Mas se ela quiser…

‐ Se você quiser, eu quebro seus dentes.

‐ Ok, deus do sexo. A deusa da sexualidade é toda sua, mesmo sendo perturbadora. Já que o Eros é filho de Afrodite.

Ele nos guiou até a área VIP e seguiu em direção a mesa eletrônica. Pedi dois drink, um com álcool e outro sem. Levei Laura até uma mesa que tinha vista para o andar de baixo. Imediatamente seu olhar caiu para uma pessoa específica, me virei e encarei a mulher gato balançando o rabo da fantasia.

‐ Eu não acredito que a víbora fez isso – ela deixou o drink em cima da mesa e começou a rir, me levando junto com sua risada contagiante.

‐ O que mais você fez nesse dia de comprar? – perguntei assim que consegui parar de rir.

‐ Eu vi aquela fantasia na loja e falei que você era doido para me ver vestido de gata, enquanto transavamos – ela voltou a rir – Só que eu não comprei a fantasia e ela comprou.

‐ Minha Afrodite perigosa.

Quando a música Blah Blah Blah começou a tocar, o jogo de luz e fumaça começou. Laura segurou a minha mão e puxou para o primeiro andar, me forçando a entar no meio daquela chuva de bebidas. Ela começou a dançar como se nada mais importasse, cada adereço do seu corpo começou a brilhar quando a luz negra foi ativa. Minha fantasia brigava tanto quanto a da minha namorada.

O cheiro enjoativo de perfume de lavando está atrás de mim e o olhar de Laura permanecia na mesma direção que vinha o cheiro de perfume. Duas mãos começam a alisar as minhas costas e depois a minha barriga, me virei rapidamente, fazendo com que uma das minhas asas acerte bem em cheio o nariz de Wanessa.

‐ Me desculpe vibo… Wanessa.

Laura riu de forma descontrolada, alguns homens se aproximaram dela e simplesmente veio andando tranquilamente até mim e juntou nos lábios. Great Spirit começou a tocar com toda a força nas caixas de som. Nossas línguas dançavam de forma concretizada, arrancando gemidos de nós dois. Os jogos de luzes fazem tudo à nossa volta ficar um borrão.

‐ Posso participar? – Wanessa segurou o meu, puxando os meus lábios e  direção aos seus.

‐ Estamos bem.

Soltei meu queixo da sua mão e as longas unhas me arranhavam. Voltei a beijar Laura com intensidade, aproveitando as batidas Run Away. Apertei a sua bunda com força trazendo para mais perto de mim. Meu pau ficava cada vez mais duro, procurando por liberdade.

‐ Você com ciúmes fica muito sexy.

Ela me deu um selinho e voltou a pular que nem uma pipoca, nas batidas de Revolution. Laura segurou a minha mão e saiu me puxando em meio a multidão até o bar e pediu duas doses de tequila.

‐ Só pada você se soltar – ela abriu um sorrisos e virou o líquido de uma só vez – Bora dançar, porra.

Virei o líquido transparente, que desceu queimando. Balancei a minha cabeça e fui atrás da minha namorada. Os jogos de luzes me deixavam confuso, nem com as lentes de contato, consegue diferenciar uma pessoa da outra.

Seu para amarOnde histórias criam vida. Descubra agora