1: Dia de viajar

115 12 19
                                    

- Mãe, onde está a minha mala de viagem? - gritei o mais alto que consigo, para que a minha mãe escutasse na cozinha.

- Deve estar no almoxarifado - sua resposta veio de imediato, soando por toda a casa.

Segui para o almoxarifado, que está mais para um quarto de bagunça do que um almoxarifado. Olhei por baixo de diversas caixas, que guardam todas as minhas coisas que irei levar para o meu apartamento. Retirei cuidadosamente, cada uma das caixas e peguei a mala empoeirada, o que fez a minha rinite atacar.

- Que merda de rinite.

Levei a mala empoeirada para o meu quarto. Com o auxílio de um pano, comecei a limpar a poeira da mala e abri o meu guarda-roupa. Passei a mão nas minhas roupas, decidindo qual eu iria levar para os Estados Unidos. Arrumei as minhas roupas e acessórios na mala, a deixando pronta para sair.

- Filha, vai se atrasar se não apreçar.

Entrei no banheiro e tomei um banho rápido, mas o bastante para deixar meus músculos relaxados. Visto um vestido longo vermelho, com duas fendas na perna. O decote em V na frente, deixa os meus seios volumosos. Calcei o meu Jimmy choo vermelho e me sentei em frente à minha penteadeira.

Acabei de fazer a minha maquiagem e passei as mãos no meu cabelo, fazendo as ondulações do meu cabelo se soltarem. Peguei a minha a minha mala, que parecia pesar o dobro, do que realmente pesava.

- Mãe, estou indo. Vou sentir saudades - falei quando entrei na cozinha.

- Também minha filha, mas vai ser só por um mês - ela me deu um abraço apertado.

Minha mãe me acompanhou até a porta e eu entrei no Uber, que já estava à minha espera. O percurso até o aeroporto foi rápido. Fiz o meu check-in e despachei a minha mala. Caminhei calmamente até o portão de embarque, sendo uma cliente diamante, fui uma das primeiras pessoas a embarcar no avião. Olhei para a classe econômica, sabendo que eu estaria ali se não fosse o meu pai, que me enche de dinheiro para cobrir os momentos em que ele não estava presente na minha vida. Sentei na minha poltrona privativa e olhei para fora do avião, observando os funcionários do aeroporto, preparando o avião para decolar. A aeronave foi posicionada na pista de decolagem e os motores foram ligados, aos poucos o avião foi ganhando velocidade e deixando o solo para trás.

As luzes da grande São Paulo, formaram um dos mais belos cenários que pode ser visto do alto. Coloquei o meu fone, conectando ao meu celular. Inclinei a minha poltrona até virar uma cama, assim que o avião já tinha se posicionado no percurso. Tirei o tampão de olho da embalagem de plástico reciclável e o coloquei. Fechei os meus olhos, me entregando ao sono.

Uma das aeromoça me acordou, quando estávamos em procedimento de pouso, voltei a poltrona para a posição vertical e me espreguicei. O avião pousou no solo norte americano e foi puxado para a área de desembarque.

Desci e peguei a minha mala que andava pela esteira na área de desembarque. Fui até a alfândega, para validarem o meu passaporte. Assim que passei pela fiscalização estadunidense e encontrei Sophia, minha amiga que foi fazer intercâmbio no Brasil e ficou na minha casa por um ano.

Dei um abraço forte nela e ela fez o mesmo. Ficamos abraçadas por alguns minutos sem falar nada. Fomos para fora do aeroporto e entramos no carro da Sophia, uma BMW esportiva. Às vezes me esqueço de que ela é rica. Minha amiga ligou o carro e entrou na avenida principal.

- Vamos almoçar, ou quer fazer outra coisa? - Sophia dirigia tranquilamente pelas estradas de New York.

- Almoçar, estou morrendo de fome. Mesmo na primeira não comi nada - falei fazendo movimentos circulares na minha barriga.

Seu para amarOnde histórias criam vida. Descubra agora