PUBLIC ENEMY #1

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KIERAN

Estavam todos na fogueira do campus nessa noite e durante a madrugada eu acabei aproveitando para pegar Luna às escondidas. Se passou uma semana desde o enterro de Jeremy o qual eu não fui e desde então eu tentei entrar em contato com Luna mas não tinha respostas, pois aparentemente ela estava muito ocupada com Luther, o que não era público até então mas eu tinha meus jeitos de descobrir as coisas pelo campus.
Eu não sabia exatamente o que sentia por ela e estava na esperança de que esse tempo juntos somente eu e ela me ajudasse a descobrir. Não era como se eu não gostasse de Lilith, porque eu gostava, mas tinha alguma coisa na McKraken que mexia com minha cabeça e isso me incomodava muito.
Então eu entrei no galpão e me deparei com Luna tentando escapar, o que me deixou irritado me fazendo aproximar dela rapidamente e segurar seu rosto para que olhasse para mim.
—— UMA COISA QUE EU PEÇO É PRA NÃO FUGIR E VOCÊ NÃO CONSEGUE FAZER ISSO? — então soltei seu rosto suspirando fundo enquanto a mesma se ajeitava na cadeira novamente. —— O que você quer comigo, Kieran? Porque eu estou acorrentada aqui? Você é o Prometheus? — ela então começou com o interrogatório me fazendo rir. —— Oh meu Deus, quantas perguntas...não, eu não sou o Prometheus. Porque você e Lilith acham isso? Que pergunta estúpida, eu não perderia meu tempo. — respondi a mesma porém estava quase mais respondendo à mim mesmo e minhas dúvidas. —— Kieran, porque eu estou amarrada a uma cadeira? Você tentou me afogar?? — ela continuou com as perguntas me fazendo passar minhas mãos ao rosto tentando organizar meus pensamentos e suas perguntas. —— Eu estou tentando pensar, da pra você ficar quieta? — respondi em um tom alto em que a mesma se assustou e começou a chorar. —— Aí meu Deus, você é o Prometheus... você é o Prometheus. — ela repetia consigo mesma. —— EU NAO SOU A PORRA DO PROMETHEUS! — gritei a centímetros do seu rosto podendo sentir o calor de seu suor. —— Eu só quero saber, porque você gosta do Luther? O que ele tem que eu não tenho? — perguntei calmamente depois de me afastar, podendo notar a mesma rindo da minha cara. —— Você está falando sério? Isso é sobre Luther? Você realmente me sequestrou para isso? ME SOLTA, Kieran, agora. — acabei ficando surpreso com o tom que a mesma usou no final, por um instante parecia que ela não estava com medo mais. —— Porque você tá rindo? Eu estou falando sério. — respondi a mesma tentando não ficar irritado. —— Deixa eu adivinhar você acha que me ama? Me deixa ser bem honesta com você Kieran, eu não te amo e você não me ama. Você pode até amar a ideia de mim mas você não me conhece. —- suspirei fundo tentando refletir de certa forma até que ouvi duas batidas na porta do galpão. —— Você fica quieta! Eu já volto. — então caminhei até a porta dando de cara com Prometheus com sua máscara, então eu fechei a porta rapidamente e corri para Luna. —— A gente tem que sair daqui, o fac amoroso vai ficar para outra hora. — tentei soltar a mesma o mais rápido possível mas o nó não saia. —— O que tá acontecendo, Kieran? — perguntou ela olhando para a porta. —— KIERAN ATRAS DE VOCE! — ela gritou mas eu apaguei assim que virei a cabeça para olhar.

ROMEO

A Fogueira era uma ótima oportunidade para eu beber cerveja barata e por um dia só me dar um tempo de todo drama que girava em torno de mim, e eu estava indo pro meu quarto copo cheio quando Lilith surge em minha frente. Era chato o suficiente eu ter perdido meu melhor amigo e mais chato ainda a garota que eu amava ter saído da cidade e me deixado uma carta, por um lado eu entendia que ela precisava cuidar de si mesma e no estado atual New York não era o local, por mais que eu estivesse bravo no momento eu obviamente amava ela.
Por um instante eu tentei procurar Rey para que salvasse da conversa mas Deus sabe onde ela teria ido com aquela garota.
—— LILITH!! O que você faz aqui? Pensei que essas festas fossem para os plebeus e você não encaixasse aqui. — disse rindo em pleno sarcasmo. —— Você está bebado. Mas sim, eu só estou aqui por conveniência, preciso do seu cérebro e no estado que você está não vai funcionar. — minhas sobrancelhas estavam levantadas em forma de dúvida. —— O que? Você não tá fazendo sentido. — ela então me puxou, segurando em sua mão.
Nós caminhamos até um dormitório ao qual eu não reconhecia o número, assim quem abriu na porta era um sujeito cheio de tatuagem, que não era Beau.
—— Sério, Lilith? Eu não vou cuidar de playboy bebado. — resmungou o garoto na porta. —— Hey, eu estou performance. Quero dizer perfeito. — soltei um riso pelo que havia dito. —— Eu preciso da sua ajuda, Conor. Se você quer derrubar Robyn, ele é o caminho. — falou Lilith para minha surpresa me fazendo ficar sóbrio no mesmo momento se é se isso era possível. —— Espera aí, como é que é? — perguntei pra loira que me empurrou para dentro do dormitório depois que Conor deu espaço. —— Você ouviu correto, Robyn está trabalhando com Prometheus ou talvez seja o próprio Prometheus. Conor é um amigo antigo, ele vai nos ajudar. — suspirei fundo ainda sentindo o efeito da cerveja. —— Ah, cara, você se importaria de tipo, ah, me dar uma água? — perguntei ao tatuado com medo de receber um soco em resposta. —— Não sou seu mordomo, pega a água no frigobar, playboy. — respondeu em seco. —— O k a y. Sem problemas. — peguei a água no frigobar para tentar pensar direito com a informação que havia recebido.
Depois de alguns minutos eu estava com decência para pensar por mim mesmo, Conor puxou uma lousa cheia de fotos e fitas sobre Robyn e Icarus e antes que eu pudesse falar algo, Lilith limpou sua garganta me fazendo virar minha atenção a ela.
—— Com a ajuda de Conor, nos recuperamos essas fotos por um drone no dia em que estávamos no prédio abandonado. Nossa amiga, Robyn foi vista em Saint'Claire no mesmo dia. —- ela apontou para a foto com capuz preto que podia ver Robyn. —— Mas nós já sabemos que quem tava comandando o ataque era Harold e Asher. Isso pode ser apenas uma coincidência. —- respondi. —— Não é coincidência se ela a dois dias antes foi vista no estacionamento com Asher. — suspirei fundo ouvindo Conor. —— Okay, não precisa me dizer mais nada já me convenceram. Mas porque Icarus está na lousa? Ele morreu. — perguntei a Lilith. —— Conor ouviu uma conversa entre Stellan e Robyn e aparentemente ele está vivo. — arregalei meus olhos. —— Eu preciso ligar para o Luther. — disse para mim mesmo pegando meu celular mas Conor jogou meu celular no lixo. —— MAS QUE PORRA! — exclamei. —— Stellan pode contar a Luther, Romeo. Eu preciso que você foque em um plano. — falou Lilith enquanto eu me acalmava.

BEAU
A festa na fogueira estava um porre, nenhum dos meus amigos estavam aqui e metade dessas garotas estavam me irritando se jogando para cima de mim. Por algum motivo eu estava num mal humor desde manhã cedo quando Beatrice me atrapalhou. E foi apenas eu pensar na Mandolini que ela me aparece na frente parecendo que estava procurando alguém, então eu entrei em sua frente fazendo com que ela parasse.
—— Olha só se não é minha empata foda, está afim de se juntar a festa? — perguntei com um sorriso. —— Não. Por acaso você viu o Luther? — perguntou a mesma me fazendo largar o sorriso. —— Não vi o Wayne, mas eu estou aqui. — forcei um sorriso. —— Vou passar a oferta novamente. — disse ela saindo andando mas eu resolvi seguir ela. —— Okay, eu te ajudo a achar ele. O que está acontecendo, vocês dois estão...você sabe? — perguntei a mesma. —— Não, não. Ah meu Deus não. Luther é meu melhor amigo, não definitivamente não. — soltei um riso. —— Okay, okay. Desculpa por perguntar. — falei rindo e logo em seguida Luther aparece. —— Parece que achamos ele. — suspirei. —— Eu estava te procurando em todo lugar, porque não atende o telefone? — falou Luther ignorando minha presença mas eu não sei se ligava pra isso. —— Você já reparou no barulho que está aqui? — respondeu Beatrice. —— Okay, não importa. Vamos, pra casa, Stellan disse que tem informação sobre Luna e por alguma porra de motivo ele não quer falar pelo celular. — meu semblante mudou, estava mesmo tudo acontecendo de novo? Em menos de uma semana.
—— Eu vou com vocês. — disse para eles. —— Não, não vai. Pode ir lá curtir sua festa não preciso de mais gente para atrapalhar. — respondeu Luther. —— LUTHER! — Beatrice socou ele. —— Toda ajuda é bem vinda, vamos logo. — então seguimos caminho para a casa da delta.

𝐒𝐚𝐢𝐧𝐭'𝐂𝐥𝐚𝐢𝐫𝐞 𝐔𝐧𝐢𝐯𝐞𝐫𝐬𝐢𝐭𝐲Onde histórias criam vida. Descubra agora