Somebody's Watching Me

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LUNA'S POV
Desde que havia acordado do coma eu havia tido sonhos totalmente estranhos, não sabia se era um efeito colateral se é que tinha algum, provavelmente tinha mas eu não fazia faculdade de medicina e sim Artes Cênicas. De qualquer jeito a maioria dos sonhos eram de um galpão abandonado, o que não fazia o menor sentido? Porque caralhos eu estaria sonhando com um isso? Logo eu virava o rosto tirando minha visão do galpão e dava de cara com Prometheus, o que me fazia acordar em pânico soando frio. E dessa vez era cinco da manhã, era dia vinte e cinco de dezembro, ou seja natal. Damon havia passado a noite comigo e quando digo passado é transado mas quando acordei ele não estava mais na cama.
—— Ótimo, Luna. — falei comigo mesma saindo da cama e indo até o banheiro para lavar o rosto, havia perdido totalmente o sono. Quando joguei a água no rosto, pude elevar meu olhar ao espelho e literalmente do nada a máscara de Prometheus atrás de mim, mas claro que quando olhei para trás assustada não havia nada.
Então eu acabei saindo de meu quarto com o pijama e minhas pantufas de urso marrom. Estava uma barulheira vindo da cozinha, aparentemente era Kristen e Romeo discutindo. Sinceramente eu não queria passar pelo local mas não tinha muita opção já que meu quarto era no primeiro andar e para passar para a sala tinha de passar pela cozinha, então eu apenas tentei passar de fininho sem que eles notassem o que não deu certo já que Kristen me chamou.
—— Luna! — falou a mesma fazendo com que eu parasse e voltasse minha atenção à eles. —— Eu não estava aqui, não sei de nada. — respondi. —— O que? Escuta, você viu Arabella desde que saiu da casa da Delta? — perguntou a Gates. —— Não, quando cheguei em casa ontem ela não estava aqui. Porque ela está bem? Aconteceu alguma coisa? — perguntei. —— Eu não sei onde ela está, o carro sumiu, ela vinha me buscar mas de acordo com Romeo ela nunca chegou. — disse Kristen enquanto Romeo estava completamente calado, nunca havia visto ele assim. —— Okay, porque não vamos na delegacia de uma vez? — falei a eles. —— NÃO! A polícia não quis saber disso, vocês sabem que eles encerram o caso. Eles não vão acreditar em nós, podemos ir procurá-la, vai ser mais rápido. Não adianta você ligar para Jim. — falou Kristen. —— Pelo amor de Deus Kristen, a última vez que alguém sumiu você sabe o que aconteceu, eu quase morri, Luna ficou em coma! Meu irmão matou alguém... — falou ele baixinho a última frase e logo continou —— Nós não vamos fazer isso, não. — disse Romeo. —— Eu vou, se você não quer ir junto comigo eu não posso te obrigar, mas nós acabamos aqui. Luna você vem comigo? — disse a loira estressada e com o rosto cheio de lágrimas.
Parte minha queria ir com a garota mas a outra parte que estava completamente fodida de traumas não sabia se era bom, mas não iria deixar a Gates sair sozinha atrás da irmã.
—— O Romeo tem razão, mas eu vou com você porque não vou deixar você ir atrás dela sozinha. — falei para a mesma. —— Vou ir me trocar, dois segundos! — disse e sai da cozinha deixando os dois sozinhos novamente.

BEATRICE'S POV
   Havia ido dormir lá pelas três horas da manhã depois de Jeremy, Romeo e Kristen me ajudarem a limpar a bagunça que foi a minha tentativa de uma ceia de natal para minha melhor amiga. Jeremy tinha voltado a casa dele depois que eu deixei claro que não queria conversar sobre o assunto que envolvia Icarus, eu ou ele hoje, mas claro que uma hora essa conversa teria de ser colocada em dia. De qualquer jeito havia acordado com um barulho estranho, como se alguém tivesse quebrado uma das janelas tacando algo, como tinha o sono leve esse barulho foi o suficiente para que me acordasse. Acabei me levantando da cama e me movimentando até o corredor que estava escuro, fui até o quarto de Luther que era ao lado do quarto que estava atualmente depois que terminei com Icarus, mas nada dele, então abri do outro lado a porta do quarto de Stellan e nada do garoto também.
—— Ugh, cadê a necessidade desses homens quando se precisam deles? — suspirei fundo e então bati no quarto de Icarus contra a minha vontade, o que não demorou pra ele abrir a porta. —— São três horas da manhã Beatrice, o que você quer? — falou ele no meio de um bocejo. —— Você não ouviu o barulho? Alguém entrou na casa. — falei pro garoto. —— Eu não ouvi nada estava dormindo, acho que você devia estar alucinando. Pegou algum ecstasy do Luther? — continuou ele. —— Eu não estava alucinando, Icarus, e não sou retardada! Okay, não sei porque vim bater aqui. Eu vou lá embaixo porque você aparentemente tá se cagando. — disse irritada e assim que me virei para ir à escada ele me interrompe me puxando. —— Okay, eu vou. — disse ele saindo do quarto mas não antes de pegar sua faca.
Então nós descemos a escada lentamente com Icarus na frente e logo que chegamos no primeiro andar totalmente apagado contendo apenas a luz da cozinha acesa, está Reyna na cozinha pegando do chão os cacos de vidro de uma xícara. Eu só pude notar Icarus rindo da minha cara o que me deixou mais irritada.
—— Acho que você tem que parar com isso,  tá pensando que tudo é real agora. — disse ele com um tom sarcástico. —— Ah, hey. Eu tava fazendo um chá para dormir mas acabei derrubando a xícara.  Espero que não me esfaqueie por isso. — falou Rey com um sorriso. —— Beatrice pensou que você fosse um ladrão ou Prometheus ou aliens. Na verdade não sei, eu vou dormir. — Icarus disse rindo e logo se voltou para a escada subindo novamente para o quarto. —— Ignora ele, eu achei que tinha escutado uma janela se quebrando mas pelo jeito foi só você sendo desastrada. — falei para a ruiva. —— Acredite, eu ignoro noventa por cento do que Icarus fala, é a melhor coisa que se faz. — disse ela depois de limpar os cacos de vidro e pegar a sua outra xícara agora com o chá. —— Eu vou subir, boa noite. — se despediu a ruiva subindo para a cama e me deixando na cozinha.
Alguns minutos depois eu acabei deitando no sofá da sala ligando a TV para ver TVD  já que havia perdido totalmente o sono. Porém fui interrompida pelo celular da casa que tocava me fazendo parar o episódio na cena em que Damon e Elena estavam brigando e rolou a famosa frase "Eu não consigo parar de te amar". Acabei me levantando e indo até o mesmo, o número era desconhecido então cliquei em desligar, mas logo eu recebi uma mensagem de texto de Icarus falando para eu atender. Como ele sabia que o telefone estava tocando? Foi o que perguntei a ele na mensagem em resposta, tendo como resposta dele de que não era Icarus. O telefone fixo então novamente começou a tocar e eu resolvi atender.
—— Isso não é engraçado Icarus, se eu subir aí e ver você passando trote pro telefone eu vou te bater! — disse com receio. —— Gostaria de jogar um jogo de terror? — respondeu uma voz modificada, realmente não era Icarus. Só poderia ser Prometheus.
Comecei a correr em direção ao meu quarto rapidamente e quando abri a porta dei de cara com Prometheus que riscou com a faca meu abdômen deixando uma marca vermelha de sangue na minha blusa, porém eu fechei a porta novamente e corri para o andar debaixo novamente com certa dificuldade pela facada. A casa tinha um sistema automático das empresas Wayne graças a Luther, tentei ativar pelo telefone mas meus dedos estavam sujos de sangue.
—— AJUDA! PROMETHEUS ESTÁ AQUI, ICARUS, REYNA, HAROLD? — gritei em prantos da cozinha mas ninguém respondeu, deviam achar que estava alucinando ou algo assim como Icarus falou. Prometheus então me surpreendeu de costas e me agarrou, eu consegui me soltar por um instante caindo ao chão e assim ele me puxou pela perna comigo gritando até que Harold apareceu dando dois tiros que aparentemente erraram o assassino mas foram o suficiente para que saísse correndo.
—— Beatrice. Você está bem? Eu liguei pra polícia eles estão vindo, a ambulância também. Fica calma. — disse ele mas eu estava gritando de dor. Icarus e Reyna estavam em choque olhando a situação da escada até que Icarus veio até mim todo preocupado.
—— O que aconteceu aqui? — perguntou ele. —— O que você acha, seu idiota! Eu te odeio, tira essa arma de perto de mim Harold, ou a próxima pessoa que vai ser baleada vai ser você, Icarus. — falei com dificuldade para Harold enquanto o tatuado segurava a mão em minha barriga para segurar o sangramento.

ICARUS POV
Beatrice tinha ido me acordar no meio da noite dizendo que havia alguém dentro de casa que não fosse um dos moradores da Delta Psi. Não me restou muita opção a não ser descer com a garota até o primeiro andar pra verificar isso, tendo em mente que Prometheus está de volta. Porém quando descemos era apenas Rey sendo desastrada e logo eu subi novamente pro quarto e coloquei fones de ouvido para dormir com barulho de chuva, me julgue.
Portanto meus AirPods não eram tão bons assim para cobrir sons de tiros no andar debaixo, eu corri para a escada rapidamente encontrando Reyna e vendo Harold ajudar Beatrice cheia de sangue.
—— Merda. — falei comigo mesmo e fui até a garota que não desperdiçou tempo me xingando e sinceramente não culpava ela, eu merecia depois disso. Porém eu levei minha mão a sua barriga para pressionar o sangue enquanto a ajuda chegava, o que não demorou muito e Harold foi atender a porta para a ambulância e a polícia.
Os paramédicos entraram com uma maca e lentamente colocaram Bea nela a levando para a ambulância.
—— Eu vou com ela, vocês ficam aqui para explicar o que aconteceu. — falei para Rey e Harold que estava sujo de sangue de Beatrice. E assim parti com Bea para o hospital na ambulância.

REYNA'S POV
Era como se eu estivesse tendo um Déjà Vu de dois meses atrás mas não era real, Prometheus esteve na minha casa, na porra da Delta Psi duas vezes em menos de vinte quatro horas. Beatrice tinha acabado de ser levada para o hospital e Icarus havia ido com ela, era nítido que o Lancaster se importava com ela mais que tudo, só era extremamente problemático em seu jeito.
Estava com Harold sendo questionada pelos polícias, um deles era o detetive Jim Fraser amigo da familia Wayne, e o outro apenas um policial comum.
—— Rey?Reyna? Terra para Rey, alô? — falou o garoto ao meu lado mas eu estava perdida em meus pensamentos, podia ouvir sua voz bem longe até que ele me beliscou. —— Eu estava falando para o Detetive Fraser que o Prometheus saiu correndo assim que...que eu empurrei ele afastando ele da Beatrice e falei que tínhamos chamado a polícia. Não é? — falou Harold olhando pra mim. —— Rey pode contar a própria versão, obrigado, Harold. — disse Jim que já me conhecia antes dessa coisa toda com Prometheus. Não sabia porque Harold havia mentido para Jim, mais especificamente para a polícia, que ele havia atirado mas como ele era meu amigo resolvi ir junto. —— Foi. Foi exatamente isso. — pigarreei a garganta, meu tom não foi muito convincente.
Jim estava quieto até que o policial que lhe acompanhava chamou o mesmo para falar do sistema de segurança Wayne e o mesmo foi até o colega de trabalho, rapidamente eu nervosa sussurrei para Harold.
—— Porque caralhos você mentiu para ele? Porque não falou que você estava com uma arma e atirou em uma pessoa? — disse tão rápido que não sei se ele me ouviu. —— Porque a arma não é minha, você sabe que eu detesto armas, é do Luther e além do mais se eu falar que tenho a porra de uma arma e atirei em alguém eles vão fazer mais perguntas. Agora cala boca e continua assim. — disse Harold na velocidade da luz antes de Jim retornar. —— Ao que parece, Luther fez instalarem o programa de segurança aqui, mas quem quer que tenha vindo instalar não deixou o alarme programado. — suspirou o detetive. —— Como vocês já contaram a versão de vocês, eu vou até o hospital questionar Icarus e a Beatrice, vou deixar Stephen na viatura acompanhando a movimentação da casa, caso ele tente algo novamente. — falou o moreno saindo da casa com Stephen.

*TO BE CONTINUE*

Obs:
— Detetive Jim Fraser.

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𝐒𝐚𝐢𝐧𝐭'𝐂𝐥𝐚𝐢𝐫𝐞 𝐔𝐧𝐢𝐯𝐞𝐫𝐬𝐢𝐭𝐲Onde histórias criam vida. Descubra agora