Esse seu jeito

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Minhas mãos estavam suando, eu andava de um lado para o outro daquele quarto de hotel ridiculamente elegante, Vênus estava esparramado na cama falando que eu deveria me acalmar.

— Eu nunca estive com o homem antes… é tarde pra desistir? – Ela me encarou 

— Nunca é tarde pra desistir, você não é obrigado a fazer nada, mesmo depois que ele chegar – ela parecia calma 

— Você e ele já…? – deixei a pergunta no ar, ela passou a gargalhar 

— Não, falta de vontade minha não foi, mas ele aceita apenas meninos e nada de funcionários – ela bateu na cama como se me chamasse para sentar com ela — Eu não sou amiga dele, mas o conheço bem o suficiente para saber que ele não vai te forçar a nada, mas se está realmente desconfortável e só pedir pra ir embora.

Fechei os olhos e tentei lembrar o porquê eu estava aqui,  por Anthony eu conseguiria, Vênus já me disse que eu não precisava tocar nele, e no máximo ele me faria um oral, uma boca é uma boca né?

— Obrigado por me acalmar – abraço ela, ouço algumas batidas na porta e me afasto dela.

Não era mistério quem estava atrás da porta, olhei no relógio eram 18:00, ele era realmente pontual, Vênus se despediu silenciosamente, a porta foi aberta e aquele homem entrou, ela deveria ter me avisado que era um muralha que havia me "contratado", eu estava esperando um velho decrépito.

Ele usava apenas preto, ele se aproximou dela e sussurrou algo em seu ouvido, então ele sorriu e ela apenas saiu.

— Boa noite – sua voz era firme, grossa, ele possui o porte de um líder, sua presença é dominante, me senti pequeno aqui — Meu querido…

— Eu não sou seu querido – senti meu sangue se esvaindo do meu corpo quando percebi o que falei, ele apenas sorriu e foi direto pra mesa que ficava no quarto 

— Estão trazendo nosso jantar, sente-se – ele indicou a cadeira da frente — Algo em você atiçou completamente minha curiosidade, apesar de ter os olhos bem expressivos, você é quase indecifrável. Apesar da Calix ter me dado o máximo de informações possíveis, ainda sinto que não lhe conheço… fale um pouco mais de você.

— Meu nome… – antes de prosseguir ele pediu silêncio 

— Você não entendeu – ele me encara como se estivesse vendo a minha alma — Quero saber dos seus sonhos, ambições, desejos – a última parte ele falou lentamente olhando meu corpo de cima a baixo 

— Eu… Eu… – respirei fundo — Há muito tempo não tenho ambições, estou muito preocupado em cuidar das pessoas que amo… – mais uma vez batidas na porta me interromperam, ele não parecia incomodado com esse fato. Ele foi até a porta, abriu e dois rapazes entraram com bandejas, deixaram sobre a mesa e saíram — Ela nunca me falou seu nome.

— Alexander Lightwood, sempre gostei de manter tudo confidencial, e ela leva isso muito a sério – ele sorriu parecendo lembrar de algo — Sua amiga é uma funcionária leal, ela nunca me pediu nada desde que começou a trabalhar comigo, mas me pediu para ter calma com você.

Ele parecia querer sorrir, eu sabia que precisava falar algo, ou talvez comer, mas eu só conseguia encará-lo 

— Tudo isso só me faz crer que você de alguma forma é valioso, e eu gosto de coisas valiosas – Alexander se voltou para a comida — acho que deveríamos comer, espero que goste 

Ele começou a comer em silêncio, eu realmente não sabia o que falar, tentei decifrar o que estava na minha frente e realmente não entendi. Decide provar e puta que pariu que troço esquisito e… e bom.
 
Quando terminei de comer olhei para ele, ele me olhava atentamente, parecia me esperar, quando percebeu que acabei ele me serviu um fatia de bolo de chocolate, ele parecia querer me agradar de todas as formas, não duvido que ele já soubesse que esse era meu doce favorito, apesar de amar isso não deixo de pensar que sou apenas um garoto na sua infinita lista de pagamento.

— Quando eu cheguei você disse que não era meu querido, isso quer dizer que não quer ser tratado como os outros? – eu apenas assenti — Então imagino que queira ser tratado de forma única – assenti novamente.

Ele ficou me observando enquanto eu terminava de comer, seus olhos penetravam a minha pele, e eu apenas queria que continuasse, queria toda aquela luxúria direcionada a mim.

Quando eu acabei ele sorriu e silenciosamente veio na minha direção, me ofereceu sua mão e me guiou até a metade do quarto. Uma onda de excitação invadiu meu corpo, toda a sensação se multiplicou quando ele se pôs atrás de mim, seus lábios quentes foram direito para meu pescoço e suas mãos firmes entraram dentro da minha camisa, meu corpo estava entrando em combustão com o simples toque dele.

Senti seu membro rígido contra as minhas costas, uma vontade louca dentro de mim pediu para aperta-lo, porra isso não faz sentido, eu… eu sou… suas mãos descem até meu membro e o aperta por cima da calça.

Ele me vira de uma vez, aperta meu corpo contra o seu e me faz arfar, como ele parecia tão indiferente? Seu rosto trazia apenas um sorriso orgulhoso, nada a mais.

Então ele se ajoelhou, essa imagem parecia irreal, ele não parece ser do tipo que se ajoelha, imagino que nunca se ajoelhou em qualquer outro contexto.

Ele desabotoou minha minha calça com maestria, foi quase impossível não me perguntar quantas vezes ele fez isso, mas qualquer pensamento simplesmente sumiu quando senti seus lábios no meu membro, eu nem senti quando ele tirou minha cueca, e nesse momento momento nem me preocupei com isso, apenas queria sentir aquilo, minhas mãos foram Involuntariamente para os cabelos dele.

Me senti patético quando percebi que gozei 4 minutos depois, mas quando olhei para baixo, para ele, seu rosto estava corado, seus olhos azuis me encaravam de um forma insana, mas não houve tempo de realmente nada acontecer, ele simplesmente se levantou e se virou de costas.

— O banheiro fica bem atrás de você, a Calix fará o pagamento – ele disse e saiu, fiquei ali, com as calças abaixadas e encarando a porta, será que eu fiz algo de errado?

Fui ao banheiro e me limpei, voltei ao quarto tentando organizar meus pensamentos, o que foi aquilo que eu senti? Será que eu gosto disso? Nego para mim mesmo, essa reação é completamente normal, estou a 2 anos sem nenhum contato sexual, uma boca é uma boca.

Vênus aparece no quarto alguns minutos depois, sufoco a vontade de perguntar por ele, ela apenas avisa que já fez a transferência, durante o caminho para casa ela ficou em silêncio, imagino que tenha percebido que eu não queria conversar agora.

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