Meu garoto

Por Favor

— Papai, tio Ale vai me dar o presente – travei com a sua pergunta, Alec tinha me falado que havia prometido um presente pro menino, mas realmente não achei que Anthony fosse levar isso tão a sério — Eu queria brincar com ele denovo.

— Vou falar com ele meu amor…

— Ele disse que eu falo direitinho pro menino da minha idade – e assim foi até ele dormir, Anthony tagarelou sobre o novo tio e amigo, e senti um leve aperto, como seria quando Alec saísse de nossas vidas?

(...)

Vênus estava cantarolando baixinho enquanto lavava a louça, ela estava estranhamente calma hoje, nos últimos dias ela não tem tido paciência para nada além do Anthony, e eu sinceramente não queria acabar com essa pedindo mais um favor.

— Vênus, eu queria…

— Pedir para eu ficar com o Anthony essa noite porque você vai sair com o Lightwood? – ela completou a pergunta sem me olhar, confesso que me senti um pouco envergonhado, principalmente depois de ontem que ela me pediu em um momento bem íntimo na sala — E sim eu posso, você não precisa ficar cheio de dedos comigo porque te vi pagando um boquete no gostoso Lightwood.

— Desculpa por não ter avisado que ele ficaria… – comecei a tentar me explicar.

— Magnus para, essa casa também é sua, você paga as contas comigo e pode trazer quem você quiser – ela se virou para mim — E não é punição nenhuma ver o pequeno Lightwood, que pelo anjo não é nada pequeno.

— Vênus – a repreendi, mas logo depois cai na gargalhada — Realmente não é pequeno, pode sentir inveja.

— Eu já sinto meu amor, e hoje quando for sentar naquele homem, sente por mim também – Desviei o olhar e sinto minhas bochechas arderem — Não transaram ainda??

— Ele falou que não queria me ter apenas no sentido sexual, e é respeitador ao extremo, às vezes me sinto um virgem – Vênus me olhou com as sobrancelhas erguidas — Nesse quesito eu sou, mas eu não preciso ser o passivo né??

— Óbvio que não precisa, mas quando você está com ele, se imagina sendo o ativo? – nego com a cabeça

— Eu quero transar com ele, e já me imaginei várias vezes assim, você viu como ele é… senhor deve doer tanto.

— Não é nisso que você tem que pensar, se sente medo deixa claro, se quer ser ativo fala… Magnus sexo é para o prazer, se você ficar tenso ai realmente não tem como – ela se voltou para a sua louça — Mas se quer ser passivo de primeira, tenho certeza que ele será paciente.

— Você conhece ele bem, né?? – saber que ela o conhecia bem me tranquilizava, sei que ela me ama o suficiente para saber que ele é realmente bom para mim, eu me pergunto se algum dia eu vou conhecê-lo assim.

— Não, apenas convivo muito com ele… e aprendi algumas coisas sobre ele – ela finalmente terminou de lavar a louça — Agora vou tomar banho, ah nesse sábado tenho uma festa na casa dos Lightwoods e você vai comigo.

— Oi? Como assim? Você não pode falar algo assim e sair – vou atrás dela.

— Já contratei uma babá pro Anthony, e eu não quero ir sozinho – Ela me olhou com aqueles olhinhos tristes.

— Óbvio que vou com você… e me passa o valor que eu pago a babá

— Já paguei com o dinheiro do Lightwood, e nem me olha com essa cara de que não deveria – Ela disse saindo e sorrindo.

Começo a me perguntar se eu deveria ir, por um lado parece realmente interessante estar um pouco mais próximo do mundo de Alexander, mas também tenho medo de fazer algo de errado, até onde sei ninguém da sua família sabe sobre a sexualidade dele, e se eu fizer algo de errado e ele me odiar.

Alec P.o.v

Estar apaixonado é uma das melhores e piores coisas do mundo, fechar os olhos e lembrar do rosto dele, procurar o rosto da pessoa em qualquer multidão mesmo sabendo que é impossível ela estar lá, e a simples lembrança do sorriso dele faz seu mundo parar, mas ao mesmo tempo você sente que a qualquer momento isso pode ser tirada de você, você procura sinais de reciprocidade e quando não acha se tortura demais. O seu coração está na mão de alguém e a única coisa que você pode fazer é torcer para que ele o quebre.

E todos os medos só pioram quando você percebe que está velho demais para que o amor seja correspondido, mas isso nem importa realmente porque por mais que eu saiba que vai doer quando ele me rejeitar, por mais que eu tenha me apegado a todos os detalhes da vida dele. Eu não quero e nem posso me afastar dele agora porque eu amo aquele homem... mas não posso obrigá-lo a me amar, vou cercá-lo com meu amor enquanto rezo por sua felicidade.

Sinto seu perfume e sorri, me viro na direção da porta, larguei tudo o que tinha e fui até ele, todo o meu corpo sentia sua falta, minhas células imploravam por esse homem, eu daria um mundo inteiro pelo seu amor. O puxei e o prendi em meus braços, Magnus se afastou e segurou meu rosto, eu simplesmente amo quando ele faz isso, colou seus lábios nos meus, o beijo foi calmo.

— Eu estou com tanta saudade de você – Fecho a porta e o jogo na cama, Magnus sorri maliciosamente tirando a camisa, me deito por cima dele e volto a provar seus lábios. Quando o maldito ar se faz necessário desço os beijos para seu busto, dando uma atenção especial para seus mamilos, Magnus começa a gemer quando a minha língua estimula seu mamilo.

Minhas mãos vão automaticamente para o fecho da sua calça, abri com uma agilidade assustadora até para mim, apertei seu membro que ainda estava coberto pela cueca, ele realmente precisava usar isso pra vim me ver. Magnus me ajudou a tirar as suas peças de roupa restantes.

— Alec... me beija – Magnus pediu, e tudo que eu consegui fazer foi ir obedecer, mas quando comecei a subir ele me interrompeu — Lá em baixo – um sorriso involuntariamente invadiu meus lábios, desci até seu membro e beijei a ponta, e quando estava prestes a colocá-lo na boca ele me interrompeu novamente — Não é aí – Meu membro pulsou dentro da calça, umedeci um dos meus dedos e passei levemente no grande protagonista dos meus sonhos eróticos.

— Você quer aqui? – Magnus gemeu e assentiu, passei o dedo com um pouco mais de pressão — O que disse? eu não ouvi.

— Sim… por favor amor…