contramão

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O relógio marca pontualmente 16:17, nosso pequeno encontro estava marcado para às 16:30, mas por algum acaso eu achava que ele chegaria antes, apesar de deixar estritamente claro que não queria atrasos e nem adiantamentos.

Contrariando tudo o que eu pensava, o garoto prosseguiu com a ideia do encontro mesmo sabendo meus novos termos. Mas aqui estou eu esperando ele, eu estava na área da piscina, tomar um sol e pensar no que iria fazer com aquele garoto.

Magnus Bane é um garoto realmente peculiar, me intrigava queria descobrir cada pequena partícula da sua vida, mas ao mesmo tempo queria me manter longe de qualquer possibilidade de apego.

16:22 eu estava levemente ansioso, desejo saber se sentirei o mesmo do encontro anterior, se sentirei a mesma necessidade avassaladora, se ele vai conseguir me prender em suas curvas e vontades, se novamente meu único pensamento será apenas dá-lhe prazer.

Com certeza aquilo foi uma exceção, talvez por ele estar negando seus desejos, ou pela coragem em seus olhos, talvez por que de alguma forma não parecesse que o dinheiro fosse a grande questão ali. 

Ainda lembro do desejo em seus olhos logo após gozar, ele parecia querer mais, eu estava tão disposto a dar mais a ele, a dar tudo apenas por aquele olhar, quando você passa a pagar garotos mais jovens por sexo eles lhe tratam como um verme. Talvez ele me visse assim como um velho tarado, mas por apenas alguns segundos ele me viu como um homem que pode lhe dar prazer.

16:30 vejo ele passando pela porta de acesso, ele estava lindo usava uma camisa azul que destacava a sua pele, com certeza ele, apesar de tudo, se preocupava com a sua aparência, sempre fui leigo nesse quesito, mas todos os desfiles que Isabelle me obrigou a acompanhá-la serviu para apreciar um homem com gosto e apesar dos poucos recursos ele executava com perfeição.

— Boa tarde Senhor – sua voz era baixa e ele estava meio estático, confesso que por uns três minutos achei que ele iria fazer uma reverência. — Eu…Eu…

— Calma garoto, sente-se – Apontei para a cadeira ao meu lado — Quer algo para beber ou comer?

— Um suco de laranja – faço um sinal para Carter, meu segurança — Mais alguma coisa? 

— Bolo de chocolate – foi impossível não se perder no sorriso dele, era tão natural que me deu vontade de realizar cada vontade dele só para ver esse sorriso novamente.

Carter se aproxima com aquele sorriso gentil de sempre, ele é um dos poucos que realmente admiro, trabalho a exatamente um ano, porém trabalha para sustentar a família desde que seu pai faleceu, ele tinha 15 anos.

— Poderia pedir a Norma para preparar um lanche para nós, bolo de chocolate e suco de laranja – Ele olhou para Magnus e sorriu — Por favor, e logo depois dispense todos os empregados e libere essa área.

Não demorou muito e Norma trouxe o lanche, ele comeu em silêncio, decidi que apenas apreciar ele comendo não seria o suficiente.

— Sabe eu raramente aceito me encontrar novamente, mas fiquei sabendo que você realmente precisa desse dinheiro e é por um motivo nobre – ele me olhava atentamente — Mas isso também nunca me fez aceitar, mas fiquei realmente intrigado para saber onde você iria.

Acariciei levemente seu rosto e ele pareceu confuso ao toque, passei o dedo grosseiramente pelo seu lábios inferior.

— Ajoelha-se e beije meu pé – ele me olhou meio contrariado, mas apesar da resistência inicial ele parou na minha frente e ajoelhou me encarando. Desviou os olhos para o volume aparente entre as minhas pernas, e pude ver a sombra de um sorriso aparecer em seus lábios.

Fechei meus olhos e senti seus lábios quentes  tocando o peito do meu pé, abri meus olhos e vi ele, senti uma onda de excitação me inundar e meu pau ficou rígido, e tudo que eu preciso é desses lábios em torno dele.

Nunca fui um homem que aprecia a humilhação, sempre gostei de apenas servir ao meu companheiro, mas essa visão me fez querer fuder-lo, possuir seu corpo até a exaustão, mas antes de qualquer coisa preciso ver que ele poderia me dar isso.

— Levante sua cabeça – ele obedeceu, sorri ao perceber que ele ansiava por qualquer coisa, ele parecia querer por aquilo tanto quanto eu — Coloque a língua para fora – liberei meu pau, talvez eu devesse colocar camisinha apesar de ter todos os testes em dias esse seria o correto, mas apenas levo meu pau até sua boca, e Magnus o acolhe.

Seus lábios quentes em torno do meu pau, suas bochechas coradas, minhas mãos segurando seus cabelos com força, me forcei para dentro e ele permitiu que eu entrasse. 

Estocadas lentas e precisas, fechei os olhos e tentei me concentrar em qualquer coisa que me permitisse passar mais dentro dele, não queria acabar aquilo tão facilmente, queria tê-lo por mais tempo, esse garoto possuía algo que o tornava diferente.

Passei a fuder sua boca com força e rapidez, abri meus olhos e encarei então eu vi, ele com seu membro pra fora enquanto eu fodia sua boca.

— Goza comigo babe – minhas palavras saíram antes que eu pudesse compreender o que elas significavam. Gozei na boca dele enquanto ele gemia ao gozar também, minha porra escorria pelo canto direito da sua boca, ele limpou com o dedo polegar e o chupou. Esse garoto seria a minha ruína.

Ele se levantou e ficou na minha frente, eu estava esperando um surto ou que ele saísse correndo, eu entenderia qualquer uma das reações, mas o que ele fez me surpreendeu, com sua calça ainda aberta ele sentou sobre as minhas pernas levou suas mãos até meu pescoço e o acariciou.

— Posso te beijar? – seu pedido veio em um sussurro, sua voz baixa e rouca estremeceu todas as estruturas me levando a um pequeno colapso.

— Você pode fazer o que quiser comigo nesse momento – eu com certeza estava revelando mais do deveria, mas neste momento estava pouco me importando.

Ele tomou meus lábios em um beijo urgente, ainda podia sentir o gosto da minha porra na sua boca, e começou a aprofundar mais o beijo, e ele passou a roçar seu pau no meu, pegou os dois na mão e começou a estimula-los, eu não acredito que ele me fará gozar novamente.

Seus beijos desceram para o meu pescoço e ele o mordeu, por um breve segundo suspeitei que ele fez aquilo por querer me marcar, gozei e segundos depois ele fez o mesmo gemendo meu nome lindamente.

Sorri ao ver ele me encarando, ele estava uma linda bagunça, olhei cada pequeno detalhe daquele garoto e guardei dentro de mim, talvez demorasse demais para encontrar alguém que me fizesse sentir isso, e eu precisava lembrar de cada detalhe até lá.

— Quer tomar um banho ? – ele assente e sorri.

°°°

Magnus arrumava seu cabelo, não lembro a última vez que tive um momento desses com um dos garotos, raramente eles queriam prolongar qualquer interação.

Ele se virou para mim e me soltou aquele sorriso maravilhoso, e decidi fazer a única coisa que eu jurei jamais fazer. Fui até a mesa de canto e anotei meu número pessoal em um papel. Cheguei e o abracei por trás, ele havia usado meu perfume.

— Meu perfume ficou incrível em você – ele sorriu encarando meu reflexo do espelho 

— Não perderia a oportunidade de usar algo tão bom. 

— Talvez eu mande um de presente para você – entreguei o papel a ele. — Esse é meu número, se quiser me encontrar novamente, fale diretamente comigo.

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