Não Existe Cicatriz Pequena

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We won't forget each other, right?

Heeseung passou pela porta de sua casa e estranhou que não havia sido recebido por abraços dos meninos ou de Sunghoon, caminhou até a cozinha e pode ver Sunoo concentrado enquanto cozinhava algo.

— Boa noite, tio Hee — Sun disse abrindo um pequeno sorriso para o mais velho.

— Boa noite, está tudo bem aqui em casa?

— Sim, Nini está montando quebra cabeça com o Jungwon na sala, a Chaewon está com eles.

— E o Hoonie?

— No quarto, eu acho.

Hee notou que havia uma certa frieza na voz de Sunoo, mas preferiu acreditar que era apenas coisa da sua cabeça. Foi até a sala de estar e viu os dois sobrinhos montando um quebra cabeça e Chaewon estava sentadinha na sua cadeirinha, nas suas mãozinha segurava dois marshmellows e assistia um episódio de Monster High que passava na televisão.

— Oi, meninos — Ele chamou a atenção dos garotos, esperando que eles se levantassem e corressem para o abraçar como sempre faziam.

— Oi, tio Hee — Niki disse sem tirar os olhos do quebra cabeça, enquanto Jungwon nem ao menos havia respondido. Realmente, algo muito estranho estava acontecendo.

Ele resolveu encontrar Sunghoon e lhe dar um abraço apertado, mas o que encontrou foi um Park Sunghoon colocando as suas roupas dentro de sua mala.

— O que?... Sunghoon, o que você está fazendo? — Hoon levantou a cabeça e encarou Heeseung, nos seus olhos haviam um brilho fraco e eles expressavam o quão cansado estava.

— Decidi que voltarei para a Coreia com os meninos e a Chae — Ele voltou a sua atenção para a mala e terminou de guardar suas roupas — O nosso vôo é amanhã cedo.

— E nem pensou em falar comigo antes? Como você toma essa decisão sem conversar comigo?

— Eu iria de um jeito ou de outro, estou fazendo isso por nós — Sunghoon se aproximou de Heeseung, segurando as suas mãos — Sinto que você irá precisar de mais um tempo para se ajustar aqui e se continuarmos nessa o nosso casamento vai ficar mais abalado, por isso estou indo embora, assim você pode se acostumar com a rotina doida de Nova York e quando tudo estiver mais calmo....Nós tentamos de novo.

— Isso quer dizer que...

— Nós vamos dar um tempo, isso também me dói e...Nossa, como dói — Os olhos de Sunghoon brilhavam por conta das lágrimas que estavam se acumulando, mas infelizmente não havia forças o suficiente para que elas pudessem escorrer pelo seu rosto — Eu quero que esse casamento dê certo, não quero te perder e por isso, espero que entenda a minha atitude.

Heeseung deixou que suas bochechas fossem molhadas por suas lágrimas e puxou Sunghoon para um abraço, apertando os braços envolta da cintura do Park e dando um beijo na sua bochecha.

— Eu não quero que você vá, Hoonie.

— Mas eu tenho que fazer isso, é pelo nosso bem.

— Como eu posso ficar bem com você e os meninos longe de mim? — Sunghoon se afastou, limpando as lágrimas do rosto do mais velho.

— É isso que eu quero que você entenda — O Park segurou o rosto de Heeseung e fechou os olhos, lhe dando um selinho demorado — Podemos... Pelo menos aproveitar essa última noite antes que eu tenha que ir embora?

Sunghoon esperava que Heeseung fosse aceitar o seu pedido, fosse entender o que ele está sentindo e agisse de forma decente. Mas não foi isso que recebeu, o mais velho afastou o Park e o olhou com uma certa dificuldade já que estava chorando.

— Não posso ficar com você dessa forma sabendo que não está entendendo o meu lado, você está pensando só no seu — Heeseung disse e logo em seguida saiu do quarto, deixando Sunghoon sozinho com uma estranha dor no peito. Dessa vez, ele não chorou quando viu Heeseung virar as costas para si, ele não sentiu nada.

|♡|

Logo de manhã, Heeseung decidiu que acompanharia a sua família até o aeroporto, não passou despercebido como seus sobrinhos estavam agindo diferente consigo. Sunoo conversava normalmente mas parecia fazer o possível para que a conversa encerrasse logo, Jungwon não abria a boca e Niki só respondia quando falavam com ele.

— Meninos, eu vou ver que horas o vôo vai sair, já volto — Sunghoon avisou antes de sair andando com Chaewon em seu colo.

— O papai Hee vai sentir muita falta de vocês — Heeseung disse para os três garotos.

— Também vamos — Sun respondeu rápido, se sentando em uma das cadeiras disponíveis ali e pegando o seu celular.

— Vocês querem me contar por que estão tão estranhos?

— Você se importaria se falássemos ou se faria de vítima como faz com o papai Hoon? — Jungwon perguntou olhando nos olhos do seu tio.

— O quê?... — Heeseung olhou surpreso para o garoto, Jungwon não era de falar de forma grossa e fria como estava fazendo.

— Viu? Você acha que nós não te entendemos mas é o completo oposto, somos todos gratos por você pensar em nós e querer nos dar uma vida melhor e com mais dinheiro, mas não queremos isso se significa que mal vamos te ver ou falar com você — Jungwon não vacilava o seu olhar em nenhum momento, assim como Sunghoon fazia — Sempre ouvi de você que poderia contar com sua ajuda para tudo que eu precisasse, mas até agora eu estou me escondendo de todo mundo por sua causa, porque você não está me passando confiança o suficiente.

— Jungwon... — Niki tentou segurar a mão do irmão, porém Won se afastou e abaixou a cabeça, sentindo os olhos se encherem de lágrimas.

— Eu só...Só peço que caso o seu casamento não dê certo, vá imediatamente passar a tutoria para o papai Hoonie — Jungwon pediu, voltando a olhar para Heeseung — Porque eu prefiro mil vezes ficar na Coreia com ele do que aqui com você.

Jungwon puxou a sua mochila e deu as costas para seu tio e irmãos, indo na direção que Sunghoon havia seguido há poucos minutos. Niki sentiu seus olhinhos lacrimejarem, mas pegou seu celular e procurou algum joguinho para se distrair e não acabar chorando, já Sunoo apenas olhava para o chão e suspirou de forma cansada.

Heeseung também sentiu os olhos se encherem de lágrimas e o seu coração se apertar com aquelas palavras que Jungwon disse para si, doeu muito mais do que Sun-Woo disse quando estava bêbado. Hee apenas abaixou a cabeça e correu para fora do aeroporto, não queria ficar lá nem mais um segundo.

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:) que climinha agradável

O FELIZES PARA SEMPRE NÃO EXISTEOnde histórias criam vida. Descubra agora