— Eu estou muito brava.
Eu estava me divertindo com o rosto de Ella enfurecido. Era gracioso, e eu não me negava a rir.
Eu havia pagado toda a conta, sem que ela percebesse, e isso a enfureceu.
Eu estava excitado, o seu domínio em mim era quente. É como se ela soubesse do seu poder sobre mim.
— Ella Ella... — Sussurro roçando nossos lábios. — Seria tentador você ser dominante no momento em que eu estivesse dentro de você, te fazendo completamente minha.
A garota me encara profundamente. Seu rosto ainda estava franzido pela recente raiva, mas seus olhos brilhavam em confusão.
Sempre tão inocente.
Sua ingenuidade que me convidava para destruí-la de todos os ângulos mais profanos.
Ella destrói o espaço que ainda havia entre nós beijando os meus lábios de maneira gentil.
— Diculpa. — Sussurra culpada, e franzo o cenho confuso. — Não quis ficar brava com você, só não quero seu dinheiro.
— É nosso dinheiro. — Respondo calmo, enquanto coloco uma mecha de seu cabelo atrás da orelha.
Sua franja cobria toda a extensão de sua testa. Alguns fios rebeldes estavam em desordem pelo frio da noite.
— Você trabalhou para consegui-lo, então o mérito é totalmente seu. — Comenta baixo.
— É só um pretexto, Ella. — Respondo sem encarar os seus olhos. — O único dinheiro que eu fiz de maneira limpa, é nosso e fiz por você. Dividimos bens, apesar de ainda não estar casado com você. Ainda.
— O que você quer dizer? — Indaga certamente confusa.
Que eu ganho muito dinheiro por executar pessoas.
— Que essa conversa está encerrada. Precisamos voltar para casa. — Ela bufa. — Eu quero mamar.
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Resmungo desistindo de tentar ajeitar a minha gravata. Eu não havia dificuldade nisso. Mas eu estava tão puto, que eu sentia a impaciência me consumir.
— Neném?
Ella... a calmaria de sua voz cessava todo o meu caos. O meu corpo relaxou de imediato.
— Oi, princesa. — Sorrio fraco, me virando em sua direção. E arfo ao vê-la apenas com um short.
— Tá' tudo bem? — Indaga se aproximando para me abraçar.
Sem dificuldade, trago-a para meu colo e rodeio suas pernas na minha cintura. Ato que deixou os seus seio tocando o meu rosto.
Tão apetitosos.
— Está tudo bem, amor. — Desconverso, e abocanho um de seus seios.
Não, eu não estava nada bem.
Estava numa fodida inquietação. Eu odiava estar sem respostas para algo.
Ao mesmo tempo que meu amor por Ella me fortalecia, me deixando mais vivo, me fraquejava, me deixando vulnerável e temendo sempre.
Eu tinha tanto medo de perdê-la. Ainda mais quando você é um assassino que possui diversos inimigos. Poderiam usar um dos meus deslizes para me atingir.
Eu daria a minha vida protegendo Ella. Sua felicidade era a minha, e isso jamais mudaria.
— Vai se atrasar, neném. — Acaricia o meu rosto.
Pouco me importava, eu não queria sair dos seus braços. Mas eu precisava, e isso me aborrecia cada vez mais.
Por ela.
— Está bem. — Choramingo largando seu seio.
— Eu sei que há algo errado, Ett. — Murmura calma, acariciando o meu rosto.
Eu estava em sua cama sentado, e a tinha em meu colo.
— Não quer conversar sobre isso? — Indaga atenciosa, e nego. — Você pode confiar em mim, Ett. — Seus olhos brilham e me sinto culpado.
Eu confiava em Ella. Era a única pessoa no mundo que eu era capaz de confiar verdadeiramente. E eu me sentia culpado por estar enganando-a assim.
Eu tinha medo de perdê-la por medo, e eu não queria que ela ficasse sozinha sem mim. Sem segurança.
Eu a amava, e precisava dela tanto quanto de ar para respirar.
— Estou apenas sobrecarregado com o trabalho. — Suspiro.
Eu era um incrível mentiroso, mas fazer isso com Ella me doía na alma.
— Eu confio em você, Ella. — Beijos seus lábios, e ela suspira. — Não se preocupe tanto comigo.
Isso era tão... doce. Alguém realmente se preocupava comigo, e meu bem estar. A única pessoa que amei, e morrerei amando.
— Eu me preocupo com o meu neném. — Abraça meu pescoço, e sorrio me sentindo mais calmo com suas palavras.
— Você é a parte boa da minha alma caótica.
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Com amor, Ettore
RomanceElla é uma moça simples. Atenciosa e um tanto tímida. Sua ingenuidade fazia a realidade ser menos dura, mas nada apagava o sombrio de sua vida. De seus dias mórbidos, e da solidão que a mesma sempre esteve, mas que jamais foi capaz de se acomodar. E...