Capítulo 5

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Aperto com cuidado o pequeno corpo que a garota em meus braços possuía, sentindo-o mais molengo indicando que a mesma havia pegado no sono

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Aperto com cuidado o pequeno corpo que a garota em meus braços possuía, sentindo-o mais molengo indicando que a mesma havia pegado no sono.

Ainda uma garotinha sensível que conseguia fazer a minha fera interior torna-se ainda mais protetora. Eu queria ter o poder de conseguir protegê-la de todos que pudera romper sua inocência.

Eu me sentia impotente pelo seu passado, que insistia em espanca-la internamente como um saco de luta, transformando sua vida ainda mais amarga.

Eu odiava isso.

Odiava não conseguir trazer sua dor para mim, para que apenas eu lidasse com os seus demônios enquanto eu lutava para deixá-la sempre feliz e protegida.

Porra.

— Tão minha. — Deixo um casto beijo em sua testa, enquanto afastava os fios de sua franja. — Eu prometo cuidar de você.

Faz alguns anos desde que eu pudera ter a dádiva de ter conhecido Ella. Quando coincidentemente me mudei para a frente de sua casa. Que graças aos meus pais que decidiram se mudar novamente. Era algo constante em nossa família.

Nascido e criado em meio a perversidade que meu pai me concebeu. O mesmo que planejou me transformar em um homem poderoso, digno de respeito, feito ele. Temível aos olhos de outros homens mais baixo que tal.

Sthepan LaChance, um homem certamente conhecido pela sua imensa empresa milionária, herdade de seu pai falecido. E digo que sua identidade era omitida e preservada perfeitamente pelo poder que o mesmo exalava diante daquele império, coisa que alimentou sua ganância.

Meu pai, o homem que me espancou e ensinou com o tempo a ser um grande assassino, feito ele. Treinado e moldado desde novo com armas brancas, até os revólveres, desde as pistolas até as armas de fogo.

Ensinou-me que chorar era um ato fraco, e que matar seria minha prova de honra. Não foi à toa que Sthepan construiu uma cela especialmente arquitetada para mim. A tortura foi costatante em minha infância, mas me fez adquirir o poder de omitir a minha dor, seja ela física ou psicológica.

"Seja poderoso. Honre seu sobrenome."

Eu estava pouco me fodendo para o poder, estava mais empenhado em orgulhar o meu pai, um ato fraco e inútil.

Eu o odiei até o seu último segundo de vida, quando decidi matá-lo, um ano após eu completar dezoito anos, cravei um dos meus punhais em seu porco coração, já sem paciência com suas filosofias.

Foi prazeroso, que me fez questionar durante todo aquele dia o porquê de eu não ter feito aquilo antes.

Logo depois de sua morte, cravei uma adaga no pescoço de minha mãe, e assisti a mesma se afogar em seu próprio sangue. Não havia sentido tanta satisfação, apesar dela não ter-me feito mal algum, ela nunca me tratou feito filho. Não me amou, e não me livrou de tanto sofrimento. Foi inútil.

Com amor, EttoreOnde histórias criam vida. Descubra agora