Capítulo 45

2.8K 297 13
                                    

— Ettore!

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

— Ettore!

Sinto meu corpo ficar estático ao ver Ettore ser espancado brutalmente por toda a extensão da coluna e tronco enquanto tenta se deslizar inutilmente no chão para fugir daquela situação.

A angústia em meu peito estava sendo dolorosa. A ansiedade me consumia por inteira, imobilizando o meu corpo pelo medo.

Havia uma poça de sangue consideravelmente grande próximo de sua cabeça, indicando que ele estava mais do que ferido.

Suas vestes estavam totalmente rasgadas e o seu corpo totalmente molhado. Ele tremia pelo gélido do chão e se encolhia vulneravelmente.

Ele precisava de mim, da minha ajuda. Por que eu não conseguia ajudá-lo? Por que eu não conseguia me mexer para salvá-lo?

Meu rosto estava banhando de lágrimas, era torturante vê-lo tão machucado e não conseguir fazer por ele, tudo o que ele já havia feito por mim.

Eu não o merecia.

Já fazia um tempo desde que eu havia acordado de um pesadelo. Meu peito estava apertado com aquelas imagens angustiantes de Ettore ferido.

Eu não quis dar índices de que havia acordado. Afinal, ele se preocuparia comigo, e evitaria em descansar para conseguir me confortar.

Eu estava em seu peito, com a boca em seus lábios e me controlava em não sugar totalmente forte, para que não percebesse que eu estava consciente.

Ele acariciava o meu cabelo daquela maneira que me causava sono, mas eu estava tão eufórica pelo pesadelo, que nem isso foi eficaz.

— Mas que porra? — Ouço um resmungo seu, e me mantenho o mais molenga o possível. Havia chegado uma mensagem em seu celular.

O mesmo se estica na direção da escrivaninha para pegar o seu celular, tomando o cuidado em não se mexer tanto para não me acordar.

Ettore ficou um tempo analisando a tela de seu celular. Sua mão estava em minhas costas desta vez, e não havia abandonado sua carícia.

— Foda se. — Ouço o barulho do objeto ser jogado de volta na madeira.

Ettore se remexe mais um pouco, na tentativa de encontrar uma posição mais confortável na cama, mas antes que pudesse deitar novamente, seu celular se acende indicando uma outra mensagem.

Ouço um suspiro pesado e irritado sair de seus lábios, e ele novamente buscar o seu celular, ainda sendo totalmente cuidado em não me acordar.

Após ele ter analisado com cuidado aquela mensagem, sua mão cessou a carícia, e me concentrei em não resmungar e pedir para que continuasse.

Com amor, EttoreOnde histórias criam vida. Descubra agora