Capítulo 27

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Acaricio os fios sedosos da menina em meus braços que esperava pacientemente que eu terminasse de pentear sua cabeleira loira

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Acaricio os fios sedosos da menina em meus braços que esperava pacientemente que eu terminasse de pentear sua cabeleira loira.

Ella estava inquieta, e com o seu rostinho murcho, o que me levou a pensar que sua mente estivera sendo cruel em remoer o seu pesadelo.

— Querida? — Chamo sua atenção, e recebo um murmuro manhoso como resposta.

A mesma apoia sua cabeça em meu ombro, e levanta o rosto em minha direção para encarar os meus olhos direcionados para ela.

— O que está te incomodando, hum? — Indago calmo. E sorrio ao vê-la fechar os olhos aproveitando minha carícia.

— Eu sou uma aberração? — Indaga arredia, e suspiro apertando-a em meus braços.

Eu sempre tomava cuidado com as coisas que eu falava para a minha garotinha, não por estar escondendo algo, mas por ela pensar feito uma criança frágil. E eu não queria que ela carregasse dúvida alguma sobre o quão perfeita e doce ela era.

— As pessoas possuem uma visão tão rasa sobre aberrações. — Entrelaço nossas mãos. — Você é surreal, minha pequena flor. — Confesso com os meus olhos fixos em sua esferas brilhantes. — Você é a pessoa mais pura habitada neste universo. Com o coração tão radiante e iluminado... não passa, nem chega próximo de ser uma aberração. — Beijo sua testa após vê-lá sorrir docemente. — Você é o meu bebê, e eu matarei em quem tentar tocar você ou lhe causar algum mal. — Confesso genuíno, e ela deita sua cabeça em meu peito. — Você é minha, e ninguém nunca mais lhe fará sofrer com mentiras e sair impune.

Ella cresceu ouvindo insultos cruéis das pessoas que deveriam ter lhe feito feliz, dado colo e mostrado o quão dura a vida era. Eu os odiava amargamente por isso.

Mas agora Ella me tinha, e poderia fazer e agir da maneira que quisesse, eu quem lidaria com as consequências.

Eu mataria qualquer pessoa, se isso fosse de sua vontade.

— Obrigada por me amar assim, Ett. — Sussurra extasiada, e sorrio fraco.

— É impossível não te amar, garotinha. — Beijo seus lábios. — E eu quem lhe devo por me amar tanto.

Sim, eu lhe devia por me amar, mesmo que lá no fundo ela não me conheça totalmente. E eu temia tanto por este momento... poderia suportar qualquer coisa, menos perdê-la; perdê-la por quem eu sou.

Ella me fazia ser melhor, mas apenas bom o suficiente para ela. Abandonar os meus demônios era um trabalho árduo, talvez até impossível.

E eu sendo o verdadeiro Ettore, talvez aquele Ettore que ela não ame totalmente... o Ettore que necessitava de sangue impuro para estar saciado.

Eu era sádico o suficiente para testemunhar ao inferno e sentir tamanha satisfação, mas ao lado dela era tudo tão mais iluminado... eu me sinto mais humano perto dela.

Com amor, EttoreOnde histórias criam vida. Descubra agora