Capítulo 33

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Esfrego minha têmpora sentindo pontadas em minha cabeça

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Esfrego minha têmpora sentindo pontadas em minha cabeça. Estava insuportável, e eu tentava inutilmente ignorar aquilo.

Porra!

Me sinto tão vulnerável.

Eu tinha cinco malas cheias, cada uma com 100 mil dentro, e apesar da quantidade absurda de dinheiro, eu não estava nada preocupada.

Era indiferente na minha vida. Ella era muito mais importante e essencial para mim, o resto seria apenas detalhes.

Eu tentava ignorar a raiva por enquanto, precisava ser racional, e não poderia jamais agir por medo. Quanto mais perverso eu estivesse, menos árduo seria o trabalho.

E essa era eu de verdade. O assassino cruel e sádico que jamais devera ter cogitado em ser bom algum dia. Admito, eu errei, mas foi pensando em ser bom para Ella.

Só ela merece o meu melhor.

— Ella tinha que estar comigo!  — Soco o volante me sentindo atordoado.

"Acalme-se, Ettore. Sua hora irá chegar."

Quem eu queria enganar? Estava tentando me acalmar, mas isso só me frustrava cada vez mais e mais.

Eu não me perdoaria se algo grave tivera acontecido com ela.

Prenso minha língua no céu da boca, e sinto a trava bruta em meu maxilar. Estava encucado e raivoso com todo esse mistério fodido e desnecessário.

Quem?

Quem poderia ter levado-a de mim?

Inimigos?

Meus ou dela?

Sua família voltando para atormentar?

Talvez, isso era quase uma certeza.

Observo o local totalmente coberto por breu. O sol já havia partido, apenas a luminosidade dos postes estava presente, o que não servia de porra nenhuma.

O local era úmido e pouco arejado. Estava cheio de árvores podres e quase todas caídas pelo barro do chão.

Um lugar fodido, onde Ella jamais devera ter estado antes.

"Eu vejo você."

Com o celular ainda em mãos, analiso o gramado com cuidado tentando enxergar algo que chamasse a minha atenção.

Nada.

"Desça do carro. Eu quero ver o dinheiro em suas mãos. E eu acho que não preciso avisar sobre suas armas, Lachance."

Com amor, EttoreOnde histórias criam vida. Descubra agora