— Quer mesmo ir, pequena? — Indago manhoso na tentava de fazê-la desistir, e passar o resto do dia comigo.
Ella acordou decidida a trabalha, e de certa forma isso me deixava aliviado. Eu não gostava dessa ideia, mas estava feliz por não vê-la se limitando ao passado.
Ella era a pessoa mais cativante e forte, que pude ter estado na terra para testemunhar.
— Tenho sim, Ett. — Beija meus lábios. — Você também não pode faltar na empresa por minha causa.
— É claro que eu posso. — Fico emburrado, e noto a mesma gargalhar baixinho.
— Mas não vai, sim? — Me abraça, e sorrio com a sua atitude mandona.
Ella tentava ser dura sem parecer rude, e ainda era algo fofo.
— Você quem manda. — Acaricio suas costas. — Sou apenas um simples súdito que obedece suas ordens.
— Oh bobo. — Gargalha, e sinto o meu coração se aquecer.
Saio de sua cama com a garota em meus braços, é caminho até a sua cozinha. Deixo-a sentada no banco alto que havia de frente para o balcão de mármore, a sigo até a sua geladeira tirando de lá um pote de morangos.
Deixo em suas mãos, e a garota agradece com um sorriso lindo, e que eu amava com todo o meu coração.
Ella amava morangos e eu me perguntava com frequência como ela nunca enjoava da fruta.
Como ela trabalharia pelo resto da semana, optei em preparar todas as suas "marmitas" do almoço e lanche à tarde.
Estava decidido a conversar com Clara, e exigir que deixasse Ella se alimentar de maneira correta, em horários programados.
— O que está fazendo, Ett? — Indaga comendo um de seus morangos.
— Borscht. — Dou de ombros, e ela sorri abertamente.
— Sua receita favorita!? — Fala com mais afirmação do que uma dúvida, e sorrio feliz por vê-la bem.
— Sim, minha pequena rosa. — Beijo sua testa.
— Você cozinha tão bem. — Comenta perdida em seus próprios pensamentos. — Melhor do eu, na verdade.
— Sinta-se especial da maneira que você já é. — Franze o cenho. — Você é a única pessoa para quem eu cozinho.
E Ella sorri genuinamente para mim, aquecendo todo o gélido do meu coração. Eu me perguntava aonde um assassino chegaria com o coração totalmente cativado pela doce e inocente Ella Campbell.
Eu, Ettore LaChance, o assassino mais temido, estava de quatro por uma garotinha que fodia totalmente a minha alma perversa.
Eu desejava ser melhor por ela.
— Ettore?
Estranho o meu nome sem ser em um de seus costumeiros apelidos. Ella já não sorria como antes, ao contrário, tinha seu rosto murcho e triste, como se tivesse pensado demais.
— O que foi, querida? — Pergunto me aproximando.
Sua vasilha com morangos ainda possuía uma quantidade generosa, mas Ella não parecia ligar, demonstrou isso quando empurrou o pote para o lado.
— Sabe... quando você me toca? — Sinto a tensão me invadir já entendendo onde ela queria chegar.
Porra.
— Você já fez isso com alguma outra mulher? — Pergunta seriamente não deixando espaço para mentiras.
— Já sim, Ella.
Eu não vou ser babaca o suficiente para dizer que fazia pensando nela. Nem que fodi outras mulheres para saciar a minha excitação.
Sim, eu fui um grande filho da puta, e admitia.
— Você ainda faz isso...? — Indaga chorosa, e nego acariciando o seu rosto.
— Mas é claro que não, minha pequena, eu jamais lhe trairia. Eu sou seu, totalmente seu, de corpo e alma. — Confesso olhando em seus olhos, acabando com qualquer vestígio de dúvida.
Ella parecia meio perdida, parecia descontente com a minha confissão, mas por um lado, seus ombros já estavam caídos, mostrando o seu conforto sem tensão.
Acho que agora ela entendia perfeitamente que eu era unicamente dela.
— Você é meu, Ettore. — Me beija. — Meu homem. — Me beija. — Meu neném. — Me beija. — Só meu.
Sim, Ella. Apenas seu.
— Só seu. — Encaro os seus olhos, e ela suspira. — Coloca pra fora.
— Eu não sei o porquê de ter pensado nisso. — Sussurra parecendo culpada. — Mas imaginar vê-lo com outra mulher me irrita profundamente. Além de me ferir.
— Isso se chama ciúmes. — Sorrio ladino, e ela me encara. — Elas não significaram nada para mim, você é quem eu amo, e eu nunca amei alguém. — Ella sorri. — Foi só algumas fodas incosciente. — Me encara perdida, e suspiro.
Ella não sabia o que eram fodas.
— Foder é sexo. — Aperto sua cintura. — E eu quero foder você, mas com os nosso sentimentos envolvido, por amar você. — Ella arregala os olhos.
— Você me ama... — Sussurra, e franzo o cenho confuso.
— Amo!? E amo demais. Sempre amei, e sempre amarei. — Dou de ombros. Ella sempre parecia ser atingida com a realidade quando eu dizia que a amava.
Apesar de eu não dizer com frequência, eu estava tentando mudar. Eu demonstrava mais amá-la, mas Ella tinha ansiedade, e precisava dessas comprovações.
Não quero que ela duvide de meu amor jamais.
Sinto a mesma sorri, e me abraçar apertado, enquanto apoiava o seu rosto em meu tórax desnudo.
Amá-la era o meu sentimento mais puro. E eu nunca amei alguém ou algo, como eu a amava, ela foi a primeira e morreria sendo.
— Eu te amo, Ettore.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Com amor, Ettore
RomanceElla é uma moça simples. Atenciosa e um tanto tímida. Sua ingenuidade fazia a realidade ser menos dura, mas nada apagava o sombrio de sua vida. De seus dias mórbidos, e da solidão que a mesma sempre esteve, mas que jamais foi capaz de se acomodar. E...