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Como se houvesse voltado a ser uma adolescente, bati a porta do quarto. Precisava de alguma forma deixar claro que precisava de um tempo sozinha, sem mais ninguém querendo me dar um sermão.
E, por um tempo, pareceu funcionar.
Menos de dez minutos depois que me escondi em meu quarto, para lidar com a fúria e toda confusão que eu mesma havia causado, ouvi a porta de entrada fechando. Com uma rápida mensagem, Leona anunciou que estava levando meu irmão para casa porque, de acordo com suas palavras, ele precisava esfriar a cabeça e dormir um pouco.
Encontrei meus headphones em cima do criado-mudo ao lado da cama, mas a porta do quarto se abriu quando me estiquei para alcançá-los.
— Você transou com Finnegan Holzmann? — Lily perguntou, sem escrúpulos na língua.
Assustada por sua invasão repentina, deixei os fones caírem no chão.
— Espera, o quê?
Eu poderia ter ficado um tanto irritada com a falta de privacidade em qualquer outra situação, principalmente quando ela se sentou em minha cama, mas aquela era Oliana Hale.
Que tipo de pessoa era capaz de ficar bravo com aquela garota?
— Eu vi você chegando de moto com ele. — Explicou. — Vocês transaram?
Tentando não deixar evidente todos os acontecimentos, estendi o braço para o chão em busca do fone perdido.
— Talvez. — Respondi.
— Não existe um talvez. — Protestou. — Vocês dormiram juntos ou não?
Respirei fundo. Estava claro que ela não se contentaria com apenas aquela resposta.
— Não exatamente.
Eu não sabia como explicar. Mesmo que sexo fosse um assunto natural entre as pessoas, aquela parecia ser a primeira vez que conversava – de forma não técnica - com alguém próximo sobre isso e...
— Ele brochou? — Lily estava curiosa.
— Um vizinho atrapalhou tudo.
— Que imbecil!
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