capítulo dezenove

242 28 3
                                    


Não consegui dormir, nem mesmo depois que percebi que ela não iria responder as mensagens

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Não consegui dormir, nem mesmo depois que percebi que ela não iria responder as mensagens.

Leona disse que estava tudo bem, explicou de forma simples e direta a situação. Não era seu papel me contar sobre a vida pessoal de Susan e, considerando a conversa que eu havia tido com ela meses atrás, era possível imaginar o dano que aquela situação havia causado.

Pela manhã, passei um café forte e contactei a cafeteria explicando que não iria conseguir trabalhar. Gus não estava satisfeito, como sempre, mas disse que era capaz de lidar com tudo sem problemas. Não era um dia movimentado e se precisasse, ele pediria a Heather que ficasse um pouco mais.

Sentei junto a poltrona e respirei fundo, pensativo.

Não sabia o que deveria fazer. Encarei a tela do meu celular por um tempo. Nenhuma mensagem estava visualizada. Havia uma chance de ela estar dormindo, cansada demais depois de passar por um momento estressante.

Eu estava começando a ficar preocupado.

Tentei relaxar um pouco, colocando as pernas sobre a mesa de centro e ligando a televisão. O jornal parecia ser o programa mais interessante daquele horário, frequentemente sendo cortado pela previsão do tempo, e ao que tudo indicava, a primeira neve cairia em duas semanas em alguma cidade ao norte.

Por um tempo pareceu funcionar ver sobre uns poucos protestos que ocorreram pelo país, um vídeo viral e algumas outras reportagens que incluíam aquecimento global e refugiados de guerra.

Quando estava quase chegando às oito horas da manhã, meus dedos deslizaram pela superfície lisa do celular e digitando o número da garota que me fizera perder a noite de sono. Não iria conseguir relaxar enquanto não soubesse que ela estava bem.

— Finn?

Grâce à Dieu.

Respirei aliviado ao ouvir sua voz sonolenta ao telefone, mas não sabia exatamente o que eu deveria falar. Nem mesmo sabia se deveria comentar sobre o que aconteceu na noite anterior. Talvez suas amigas nem pudessem ter me dado aquela informação.

— Desculpa por ligar tão cedo...

— Está tudo bem, já estava acordada. — Disse ela, bocejando. — Aconteceu alguma coisa?

Pensei cuidadosamente no que deveria falar, como se estivesse pisando em ovos e temendo que um deles cedesse ao meu peso.

— Parecia que queria dizer algo ontem à noite. — Comecei a falar, mantendo a tranquilidade em minha voz. — E depois não respondeu às minhas mensagens. Estava começando a considerar que você ficou bêbada outra vez e não conseguia voltar para casa.

Susan gemeu do outro lado da linha e eu quase conseguia vê-la torcendo o nariz com minhas palavras.

— Você está bem?

C'est la VieOnde histórias criam vida. Descubra agora