capítulo vinte e nove

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Prometi que cuidaria do desastre culinário enquanto ela terminava de se limpar

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Prometi que cuidaria do desastre culinário enquanto ela terminava de se limpar.

Eu estava limpo – graças a um banho rápido – e vestido com minhas próprias roupas outra vez. Meu corpo parecia estar completamente revigorado, tão leve que eu poderia correr por uma hora sem me cansar.

Mesmo que o apartamento estivesse com um cheiro de comida queimada, tivemos sorte em não ativar o alarme de incêndio. Ainda não sabia quanto que eu conseguiria salvar daquela lasanha e embora que não admitisse em voz alta, ela estava chateada com a situação. Susan estava tentando me agradar e aquilo era minha culpa.

Fiz o possível. Uma cirurgia delicada que resultou em uma aparência horrível. Experimentei apenas para ter certeza que o gosto amargo não havia permanecido sobre o restante.

Deixei uma risada escapar.

Estava bom.

Estava realmente bom.

Pensei em como ela reagiria quando soubesse a verdade. Com sua personalidade competitiva e orgulhosa, poderia esperar um pouco de tudo. Susan não deixaria a chateação escapar e havia uma possibilidade de até mesmo vê-la admitir que nunca seria capaz de comandar uma cozinha, mas se eu realmente a conhecesse ouviria uma porção de vezes sobre como todo seu trabalho não havia sido em vão.

E como eu esperava, assim que ela provou um pouco em meu prato todo seu rosto se iluminou.

— Eu sabia! — Cantarolou alegremente. — Você duvidou da minha capacidade, mas veja só: mesmo queimada, quase destruída por causa da sua indecência, ela consegue ser a melhor coisa que eu já cozinhei na vida.

— Pensei que essa era sua primeira vez na cozinha.

Susan rolou os olhos com a provocação, tentando manter a postura enquanto terminava de cortar um pedaço para levar à boca.

Quando terminamos nossa refeição, um estranho cansaço atingiu nossos corpos – resultado por uma escolha pesada para o almoço e todo esforço físico que tínhamos empreendido na cama. Houve um imenso esforço para arrastar nossos corpos para o sofá onde desabamos com um pretexto de assistir um filme.

Foi uma missão impossível conseguir acompanhar a história que estava sendo contada na tela da televisão e, em algum momento próximo a uma cena de ação pouco chamativa, consegui ver os olhos de Susan fechando. Ela estava deitada sobre mim, a respiração suave tocando meu braço. Não consegui resistir em envolvê-la em um abraço.

E pouco depois, também me deixei levar pelo sono leve que me envolvia.

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Acordamos ao pôr-do-sol com uma luz alaranjada invadindo a sala e um sorriso estampado em meu rosto. Do lado externo, a temperatura havia voltado a cair e meu celular havia recebido um alerta sobre três dias secos antes de uma nova queda que traria uma grande quantidade de neve.

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