capítulo nove

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— Que roupa é essa? — Foi a primeira coisa que Lily perguntou assim que entrei em casa

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— Que roupa é essa? — Foi a primeira coisa que Lily perguntou assim que entrei em casa.

Mesmo sabendo que essa conversa acabaria acontecendo, não consegui ter coragem suficiente para trocar. Parecia vergonhoso demais andar com uma roupa imunda, além de ser perigoso para minha saúde.

Encarei os imensos olhos esverdeados que tentavam descobrir a verdade e suspirei.

— Finnegan me emprestou.

— Vocês estão saindo? — Leona perguntou, silenciando a televisão.

Balancei a cabeça.

— Ele jogou água em mim. — Disse quase imediatamente, esperando que não houvesse entendimentos errados sobre o que havia acontecido.

Lily se ajeitou na poltrona, curiosa para saber a história inteira. Sem escapatória, joguei meu corpo sobre o sofá e comecei a contar a história.

— Parece um filme de comédia romântica. — Oliana comentou, com aquele sorrisinho malicioso no rosto.

Leona parecia dividida em opiniões, um pouco mais pensativa do que o normal.

— Sue... — Ela repetia meu apelido, mas nunca concluía a frase.

E eu sabia exatamente o que se passava na mente dela porque era a mesma coisa que eu pensava. Parte de mim queria acreditar que seria divertido me envolver com Finnegan Holzmann, mas a outra parte concordava que não seria bom criar conflitos com meu irmão.

Mas será que Connor nunca superaria aquela birra que tinha com o garoto?

— O cheiro dele é tão gostoso. — Resmunguei, puxando a gola para meu nariz. — Será que seria estranho perguntar qual o amaciante que ele usa?

— Com toda certeza. — Berrou Lily. — Até porque isso deve ser algum perfume barato que ele usa.

— Leo?

— Pelo amor de deus, Susan! — Disse, me empurrando para longe dela no sofá. — Você não está pensando sério nisso, não é?

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Passei o resto da semana tentando encontrar um presente para Jackie que fosse causar uma boa impressão – e que me ajudasse a conseguir criar uma certa amizade. Não poderia ser nada com valor muito alto, para não causar estranheza, mas também não poderia ser qualquer coisa.

Busquei em sites comuns algumas dicas, por vezes consultei blogs que pareciam ser o tipo de leitura que Lily buscava quando estava entediada. E mesmo assim, diante de tantas opções, não consegui encontrar nada que olhasse e pensasse que Jackie amaria.

Na noite de quinta-feira, combinei de encontrar com Leo e Lily no West River Mall, um shopping próximo à divisa com Greenport.

Faltavam apenas dois dias para o aniversário de Jackie e, como eu não tinha a mínima ideia do que poderia comprar como presente, Lily concluiu que talvez eu precisasse dar uma volta porque, de acordo com suas palavras, todo mundo sabe qual é o presente perfeito quando fica cara a cara com ele.

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