capítulo vinte

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— Por que não me acordou?

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— Por que não me acordou?

Perguntou assim que abriu os olhos e me encontrou sentada sobre o tapete à sua frente. Sua respiração estava leve, tocando meu ombro com suavidade e fazendo com que os pelos do meu corpo se arrepiaram.

Virei meu rosto apenas o suficiente para conseguir visualizar o belo par de esferas azuis que me encarava e esbocei um pequeno sorriso.

— Você parecia cansado. — Comentei.

Finnegan inspirou profundamente e soltou o ar aos poucos, tomando forças para se levantar.

De repente o livro em minhas mãos não parecia tão interessante assim e precisei colocá-lo junto a mesa de centro, com as revistas de moda que Lily costumava trocar a cada semana, apenas para poder observar o rapaz em nosso sofá. Todo movimento que fazia era lento e preciso, suficiente para me entreter durante todo o resto da minha vida.

— Acho que preciso ir embora. — Sussurrou, esfregando os olhos.

— Não quer ficar para jantar?

Deixando sua sutil covinha surgir, seus lábios se curvaram em um sorriso enquanto sua cabeça balançava de um lado para o outro.

— Eu definitivamente preciso ir embora. — Disse. — Obrigado pelo convite.

Meu rosto queimou envergonhado. Por que eu estava insistindo para que ele ficasse um pouco mais? Estava tudo bem ter conseguido admitir para mim mesma – e para a loirinha que estava no quarto – que estava disposta a descobrir se podíamos ser algo além de amigos. Apenas não esperava que estava prestes a fazer isso exatamente naquele momento.

Finnegan se levantou e eu o acompanhei, ficando em pé ao seu lado. Levou algum tempo até que ele recuperasse completamente sua energia, mantendo o olhar fixo na imensa janela da sala se desviasse em direção a porta e fizesse menção de acompanhá-lo.

— Vamos nos ver em breve?

Quase engasguei com minha própria saliva ao ouvir as palavras que escaparam por sua boca. Diferente da pessoa que estava sentada à sua frente, Finnegan tinha confiança em suas palavras. E certamente uma intenção real de obter uma resposta.

Pensei com todas as forças em dizer sim, marcar vários eventos aleatórios para encontrá-lo. Em algum momento, cogitei até mesmo passar a frequentar diariamente a cafeteria em que ele trabalhava. Mas não era bom ir com muita sede ao pote. Eu precisava me conter.

— Tenho dois trabalhos para entregar essa semana. — Comentei impressionada com minha capacidade de recordar tarefas reais que poderiam ser utilizadas como desculpas para qualquer situação. — E a próxima semana é composta por mais três provas.

Finnegan parou próximo a porta, sentando no pequeno banco de plumagem rosada para calçar seus sapatos.

— E durante o fim de semana?

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