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Tudo que eu queria naquele momento era poder parar o tempo, apreciar cada toque sobre minha pele e cada olhar que trocamos quando nossos lábios se separaram.
Estava embriagada por seu cheiro amadeirado, completamente extasiada pelo sentimento que crescia dentro de mim. Meu planejamento estava ficando fora de ordem, sendo bagunçado por aquelas mãos que se enroscavam nos meus cabelos. E eu gostava de tudo aquilo, muito mais do que deveria.
Finnegan Holzmann parecia conhecer cada ponto fraco do meu corpo, fazendo com que parecesse que eu estava me desintegrando. Lentamente eu relaxava e permitia que seus lábios explorassem a pele desnuda de meu pescoço.
Tombei a cabeça para trás e deixei que um gemido escapasse pela minha garganta. Como as vezes que quase me fez perder a cabeça em sua casa, sua risada contente com minha reação ecoou pela cozinha até chegar como uma melodia aos meus ouvidos.
Escutei os estalos baixos do temporizador, um pequeno lembrete do almoço.
— Finn... — Sussurrei seu nome, tentando afastá-lo, mas seus lábios estavam presos ao meu pescoço. — Preciso ficar atenta a lasanha.
Com uma trilha lenta e úmida, ele caminhou em direção a minha boca, mas hesitou em tomá-la para si. Precisei me esforçar para abrir meus olhos e vê-lo me encarando com um sorriso diferente de qualquer coisa que eu já tenha visto.
— Quantos minutos leva para ela terminar de assar? — Perguntou ao colocar uma mecha de meu cabelo para trás.
Foi preciso esforço para organizar outra vez uma frase em minha mente, produzir uma resposta de forma consciente.
— Cerca de quarenta.
— É tempo mais do que suficiente.
Havia uma malícia em todos os seus movimentos e palavras. Minha respiração começou a se tornar pesada, sumindo completamente assim que nossas bocas se uniram em desespero. Queria ser capaz de controlar tudo aquilo, a imensidão de sentimentos que me envolveu com urgência, mas...
— Finn. — Sussurrei outra vez.
Ele resmungou e eu não consegui decifrar suas palavras. Tentei chamá-lo outra vez, mas minha voz parecia ter desaparecido. Todo meu corpo estava fora de controle e a temperatura parecia ter aumentado sem que alguém houvesse tocado o termostato.
Minha camiseta desapareceu e nem mesmo consegui observar a reação que Finnegan esboçou ao ver o sutiã rendado em um tom bordô que eu estava vestindo. Embora fosse um item novo em meu guarda-roupa, tinha dúvidas que ele notaria que foi comprada para aquela ocasião.
Suas mãos deslizaram por minha cintura e nossos lábios se separaram causando uma estranha ansiedade em meu corpo, mesmo podendo prever seus próximos movimentos.
Novamente ele tocou minha pele, deixando um rastro quente por onde passava. E eu queimava por ele, desesperada por tê-lo por inteiro. A excitação tinha toda conta de todo meu corpo. Conseguia sentir minha intimidade úmida ao mesmo tempo que meu coração parecia prestes a explodir.
