capítulo trinta e dois

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Houve uma confusão para definir onde cada um iria dormir naquela noite porque meu irmão estava determinado a fazer com que Finnegan dormisse dentro do carro ou o mais longe que conseguisse

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Houve uma confusão para definir onde cada um iria dormir naquela noite porque meu irmão estava determinado a fazer com que Finnegan dormisse dentro do carro ou o mais longe que conseguisse. Precisou que mamãe batesse o pé para definir que enquanto eu dividiria meu quarto com Leona e Heather, meu irmão dormiria na sala para que meu namorado dormisse em seu quarto – porque arquiteto de fortes de travesseiro estava agindo como o próprio guarda de nosso pequeno faz de conta, evitando que alguém sequestrasse a princesa no meio da noite.

Mesmo que eu implorasse para que ficasse mais um pouco, Finnegan precisou ir embora por volta da hora do almoço e Heather o acompanhou esperando poder ter um resto de feriado tão bom quanto o dia que havia tido em minha casa.

Eu passaria o restante da semana naquela casa, talvez até mesmo a virada do ano, mas meu irmão e sua namorada estavam tentando me convencer a ir para Vancouver com eles para ver a queima de fogos.

Dediquei os dias seguintes a um novo projeto de programação – que eu estava trabalhando de forma autônoma para a PrimePoint Technology, ajudando no desenvolvimento de um projeto para o metaverso mesmo que eu achasse a ideia bizarra.

Quando o sol começou a se pôr no final da tarde, dois dias depois do natal, mamãe se sentou ao meu lado com uma xícara de chá e pigarreou para que eu parasse o que estivesse fazendo. Estava na hora de conversar um pouco, as típicas conversas de mãe e filha.

— Então, como estão as coisas com seu namorado? — Perguntou dando ênfase no título adquirido por Finnegan no fim do mês anterior.

— Mãe...

Não estava sendo muito difícil ver meu rosto corar diante do rosto animado de minha mãe. Ela queria saber os detalhes sobre como estava sendo aquela nova experiência para mim. Tinha certeza que naquele momento deveria estar até mesmo planejando um casamento para mim, mesmo que eu tivesse jurado que jamais deixaria aquilo acontecer.

— Ah, vamos. — Mamãe insistiu.

— Estamos indo bem. — Garanti. — Finnegan é paciente comigo, mesmo que pareça ter o humor de um velho de oitenta anos.

Mamãe ajeitou a postura e ergueu a sobrancelha, segurando uma risadinha. A conversa seguiu com mais perguntas sobre como era meu relacionamento, que tipo de coisas que ele gostava e até mesmo um lembrete sobre quão importante era utilizar preservativos.

— Você gosta dele? — Perguntou por fim, acariciando meus cabelos em um perfeito cafuné.

Eu sentia falta daqueles momentos com ela, ficar sentada em frente a lareira e receber um carinho que somente uma mãe poderia dar. A distância que a vida colocava entre nós era tão amarga e solitária. Queria ficar com ela para sempre, sem me preocupar em voltar para os inúmeros trabalhos que precisava concluir antes do fim do semestre e a doença que estava desgastando a saúde de meu melhor amigo.

Respirei fundo, pensando em sua pergunta.

Deveria ser uma resposta óbvia porque eu sabia que estava completamente apaixonada por Finnegan Holzmann, mas meu coração vacilava toda vez que pensava em admitir aquelas palavras em voz alta. Eu estava com medo de confessar quão profundo eram meus sentimentos. Ainda existia uma grande chance dele partir meu coração em vários pedaços.

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