Teenage Dream

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-Eu estou caindo? Minha pressão... socorro, Isso é um SOS! Alguém me ajuda! Por favor.. me socorre aqui! Eu não consigo respirar! Acho que vou desmaiar, estou ficando fraca alguém me ajuda. Nossa el...

Atena

Apolo estava ao meu lado também de joelhos diante da lápide da nossa mãe

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Apolo estava ao meu lado também de joelhos diante da lápide da nossa mãe. O cemitério só contava conosco se não fosse levar em conta os funcionários. Eu segurava a sua mão com firmeza, passando o conforto através daquele gesto. Terno, camisa e calça preta lhe caiam bem tanto quanto o meu vestido da mesma cor. Mas estar exatamente apresentável não fazia efeitos positivos naquele momento. Seus olhos estavam cansados e inchados naquele vermelho que nunca parecia passar. Novas lágrimas surgem enquanto ele rompia o silêncio. Liberando suas frustrações e se colocando como culpado da fatalidade. Pedido perdão num desespero emocional típico do dia em que nossa mãe comemorava o aniversário.

-Mamãe..  eu queria poder voltar no tempo, fiz tantas coisas erradas, fiz tantas coisas horríveis, sou um monstro! Mas apesar de tudo.. por favor, eu te peço que me perdoe, sei que não sou digno! Na verdade eu deveria estar aí! Mamãe.. por favor me ajuda! Eu sinto tanto a sua falta.. -Apolo se entregava como um condenado atrás de redenção, suas lágrimas caíam sem parar.

Me seguro para não ceder, ele precisava de mim, precisava de apoio. Engulo à vontade de chorar e abraço o meu irmão de coração tão calejado.

A verdade por trás de tamanha culpa rondava a mente dele e partia para a minha que nunca considerou a possibilidade. Apolo tem uma teoria de que Elena Hanson teria saído de casa para pega-lo no reforço escolar. Era o primeiro ano ao qual meu irmão teria destaque no time de futebol infantil do colégio e seus esforços no esporte o colocaram numa linha de afastamento com o acadêmico. Aulas de reforço durante os sábados pela tarde faziam parte do cronograma. Nossa mãe sempre o buscava, e em seguida nos encontrava nos bastidores dos palcos.

Apolo se culpava por ficar de recuperação. Ele dizia que caso isso não tivesse acontecido nossa mãe ainda estaria ali. O acidente no Mercedes branco não teria a possibilidade de ser algo real. As variáveis seriam possíveis na mente dele. E todas às vezes que o aniversário dela chegava ele se culpava, e nós voltávamos a estaca zero. Como se fosse impossível superar tudo aquilo.

-Eu não me orgulho, sou um pecador da pior espécie. Tenho tomado tantas decisões ruins, eu fiz novamente mamãe, como poderia me perdoar? Sei que não tenho mais o direito d..

-Apolo não diga isso! -Chamo sua atenção trazendo-o para o meu cerco. Ele ignora e volta as suas confissões melancólicas.

O cair da noite estava próximo quando deixamos o cemitério, meu irmão estava tão esgotado que dormiu no caminho de volta.

Fico ao seu lado na cama até que Stefanie me surpreende quando aparece ali. Apolo dormia profundamente. A mesma faz questão de me liberar, dizendo que deveria descansar e entre outras tantas argumentações para me ver longe dali. Não discuto temendo que o Apolo acordasse. Peço para Stefanie não deixá-lo recorrer ao álcool. Ela concorda e faz vista grossa na cozinha, pegando tudo que era de alto risco, ajudo levando as sacolas para o porão e trancando a porta.
Me despedindo dela rapidamente já que o motorista dos Hamilton era mais rápido do que eu me recordava.

We're back, bitches! (Terceira parte de NYB) Onde histórias criam vida. Descubra agora