Stayin' Alive

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“Minha vida está sem rumo, alguém me ajude, simEu estou sobrevivendo”Bee Gees - Stayin' Alive

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Minha vida está sem rumo, alguém me ajude, sim
Eu estou sobrevivendo”
Bee Gees - Stayin' Alive.

Lenora Hills, Califórnia.
1986, Aeroporto de Lenora.
[Tyler]

— Céus, eu nunca vou perdoar vocês dois por me fazerem acordar cedo nas férias! —Sam chia, coçando os olhos de maneira preguiçosa. Ela está completamente estirada na cadeira ao meu lado, tentando voltar a dormir, mas não posso julgá-la. Se não fosse pela minha dor de cabeça, eu provavelmente estaria do mesmo jeito.

— Nove horas nem é tão cedo, Sam! —Jane lança um olhar cerrado na direção dela.— E vocês prometeram estar aqui quando ele chegasse!

— Sim, e eu já estou me arrependendo dessa promessa. —Bocejo, sentindo os efeitos de mais uma noite mal dormida me atingir.— Seu namoradinho não poderia ter vindo um pouco mais tarde? Talvez..às duas?

— De jeito nenhum! —Jane suspira, apertando suas mãos sobre o colo. Ela está extremamente ansiosa.— Eu planejei esse dia por meses! Já tenho um cronograma e ele com certeza não se inicia às duas da tarde.

— Qual é, dêem um desconto. —Will empurra meu ombro com o dele levemente.— Não vemos o Mike a um ano, estamos empolgados!

Tento melhorar minha feição cansada, mas tudo o que consigo é transformá-la em uma provável careta. A cada segundo, minha dor de cabeça se torna mais forte, assim como as badaladas de relógio que soam em meus ouvidos desde o momento que acordei.

Mesmo que eu tenha sonhado tantas vezes, isso nunca ocorreu antes. Eu nunca. Nunca mesmo. Ouvi um relógio fora do pesadelo.

Isso me deixou tão avoado, que sequer perguntei a Sam se ela está passando pelo mesmo que eu. Mas pelo jeito que ela nem sequer se mexe na cadeira, posso acreditar que não. Que sou apenas eu com os miolos revirados.

— Mike! —Jane grita, se levantando da cadeira e eu sou puxado para a realidade. Sem ter o que fazer, ignoro a dor alucinante e também me levanto.

Sam não se deu ao trabalho, mas Will, Jonathan e Argyle também se erguem.

Desde que chegamos, os últimos dois se mantiveram calados o tempo todo. Eu não sei se é porque estão completamente chapados, ou se é porque só não queriam acordar cedo.

Mas tenho minhas suspeitas, se o pó esquisito que encontrei no chão da Van do argyle for indício de algo.

Suspirando, foco minha visão na multidão do desembarque e tento enxergar o namorado de Jane. Misturado em meio a tantas pessoas, está um garoto de roupas chamativas. Imagino que seja o Mike, já que ele acena assim que Jane chama seu nome pela segunda vez.

Ao meu lado, Will parece se agitar. Ele segura com mais força a pintura que está carregando e troca o peso de um pé para o outro, inquieto.

Eu sei que Mike provavelmente é o melhor amigo dele, que eles não se vêem há um ano e por isso Will está tão animado, mas não posso evitar de sentir uma pontada de ciúmes.

A Maldição De Vecna - 𝑾𝒊𝒍𝒍 𝑩𝒚𝒆𝒓𝒔 Onde histórias criam vida. Descubra agora