12.

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CHRISTOPHER

— Entre com o processo hoje.

Eu não me importo com o que você tenha que fazer, quero que faça até o final do dia.
Do outro lado da linha, estava minha advogada, Laura Corey.

— Me dê um segundo, Christopher.
Fechei os olhos e esperei.
— Ok.
Estamos solicitando a guarda total de Aiden, então.
Não vai ser um processo fácil.
Você está pronto para isso?
— Eu quero meu filho, Laura. — Não havia mais dúvida sobre isso; não havia razão para dar tempo à Adeline para pôr a mão na consciência.
— Ok, Christopher.
Começaremos o processo hoje.

Você quer que eu entre em contato com sua nova equipe de relações públicas para discutir como avançar com esse novo momento?

Eu tenho que ser sincera, eu recomendaria que você conversasse com uma agência de notícias em quem confie ou, pelo menos, divulgasse uma declaração na imprensa.
É melhor que você fique à frente de tudo e dê uma breve explicação em vez de deixá-los criando as coisas que eles querem.

— Não pretendo causar uma comoção com isso, Laura.
— E eu não estou dizendo que você deveria. Apenas pense nisso.
Nessas situações, é melhor dar uma explicação em vez de ficar em silêncio e deixar a imprensa correr solta com o que inventar.
E, depois das fotos da noite passada, confie em mim, eles devem estar enlouquecidos.
— E isso me lembra... — comecei, sentindo um peso no estômago. — Eu quero as fotos de Aiden fora da internet e preciso dos nomes desses fotógrafos.
Eles sabiam que o que estavam fazendo era ilegal.
Não deveria ter acontecido.
Ela suspirou, o som me deixando ainda mais agitado.
— Você está certo, é ilegal, mas é difícil fazer valer a lei.
Vou pedir ao meu investigador que procure os nomes dos fotógrafos, mas você sabe que eles se protegem.
Vai ser um tiro no escuro.
— Eu ainda quero que você tente.
— Claro que vou tentar.
Conversamos depois.
Ela encerrou a ligação.

Com o telefone ainda na mão, saí para o pátio e liguei para Adeline.
De novo.

Na noite anterior, quando Dan voltou da casa de Adeline sem Aiden e me contou que ela havia deixado a cidade com ele, sem me avisar, mesmo sabendo que era o meu dia de ficar com ele, eu liguei várias vezes até ela atender ao telefone.
Não foi um papo divertido.
Quando ela tentou me explicar por que o tinha levado com ela, fiquei sem palavras.
Ela atendeu a ligação no quinto toque.

— Christopher. Olá.
— Adeline. Onde você está?
— Acabamos de pousar no aeroporto de Los Angeles.
— Você está indo pra casa?
Vou mandar Dan pegar Aiden.
Depois você e eu... precisamos conversar.
— Christopher.
— Ela suspirou. — Eu sei que errei.
Você tem todo o direito de ficar bravo comigo, mas sou perfeitamente capaz de levar Aiden até a sua casa.
— E eu estou lhe dizendo que você não precisa.
— Eu quero, Christopher.
Por favor, me dê uma chance de me explicar. Quero pedir desculpas a você cara a cara, e acho que vai ser bom para o Aiden nos ver juntos.

Eu não queria o pedido de desculpas dela e não queria vê-la, especialmente depois das fotos de Aiden chorando no meio de um frenesi de paparazzi. Para mim, já não tínhamos o que falar. Sobre nenhum assunto.

Depois que encerrei minha conversa com Adeline, tive outra com minha nova equipe de relações públicas e determinei o que precisava ser tratado. Por mais que eu quisesse manter tudo privado e não concordasse com a minha advogada, eu sabia que aquilo vazaria; pelo menos, assim, eu teria controle de quanto e do que vazaria.
Uma hora depois, Adeline entrou segurando a mão de Aiden. Na noite anterior, quando liguei, ela disse que ele estava dormindo, então eu não podia falar com ele sobre o que tinha acontecido nem saber como ele estava. Toda vez que eu o deixava na casa de Adeline, ele ficava quieto e olhava para mim como se eu o estivesse traindo. O olhar que ele me deu quando entrou foi exatamente o mesmo e foi uma apunhalada no meu peito. Sem saber com o que estava lidando, me ajoelhei na frente dele para receber um abraço.
Ele não quis.
Ficou completamente imóvel contra mim enquanto eu o abraçava.
Ainda abraçando meu filho, olhei para Adeline.
Ela contraiu os lábios e murmurou um rápido "me desculpe".
Suspirei e larguei meu filho.

Te odeio, Uckermann | Vondy - Adaptação Onde histórias criam vida. Descubra agora