Ainda muito escuro

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              Pela manhã, S/n acorda e passa a fazer seus afazeres diários, porém um único pensamento recorria a sua mente "a figura no telhado". Derrepente enquanto ela arrumava algumas flores em um vaso ela acidentalmente o deixa cair.

Xx- S/N! JA ESTA CAUSANDO ESTRAGOS A ESSA HORA?

S/n - Perdão cortesã, eu estava distraida.

Xx- POIS TRATE DE LIMPAR ESSA BAGUNÇA, E DEPOIS VÁ ESTENDER AS ROUPAS!

S/n- Sim senhora.

         A mulher sai irritada e S/n põe se limpar a bagunça, Quando uma garota se aproxima :

Yara - Está mais lesada que nunca S/n - diz rindo suavemente- por que está tão avoada hoje?

S/n - A Yara, deixe disso e venha me ajudar.

Yara - Nossa está de mau humor. - diz a garota se abaixando para ajudar S/n a catar os cacos do chão.

           Yara era a prima de S/n, uma das garotas mais bonitas da casa apesar de ser apenas dois anos mais velha que S/n.
          
            As duas juntam a bagunça enquanto Yara a pergunta :

Yara- S/a, não vai me dizer o motivo de estar tão distraída?

S/n- só estava pensando.

Yara- no que ?

             S/n conta toda a situação para a garota que fica atordoada.

Yara- Aí S/n, Deus queira que não seja um oni!

S/n- Oni? Mais que diabos é isso Yara?!

Yara- São demônios terríveis que se alimentam de pessoas, eles tem unhas grandes, e presas afiadas que te perfuram e te matam em segundos! Como nunca ouviu falar deles?!

S/n- Ah Yara você realmente acredita nessas lendas bobas? Por Deus seja mais realista.

Yara- É sério S/n é por causa deles que ascendo incensos no meu quarto, pra impedi-los de entrar aqui!

S/n- Então você acha que eu vou ser devorada por um demônio? Você costumava ser mais racional prima.

Yara- Acredite no que quiser S/n, mas tome cuidado por favor pode muito bem não ser um demônio mas pode muito bem ser um!

S/n- ok ok chega de conversa pra boi dormir, tenho coisas pra fazer e você tem que descansar para mais tarde.

Yara- ok S/n, até logo. Não vai cair do telhado hein.

            
             E após se despedirem cada uma partiu para suas obrigações diárias. Porém S/n estava decidida a tentar ver novamente a figura misteriosa. "Demônios devoradores de humanos, mas que idiotisse" pensava ela consigo mesma "Deve ser alguma hora tentando dar no pé pelos telhados do distrito".

           A noite chegou e com ela a chance que S/n desejava de poder escapar novamente. Ela passou a perna pra fora da janela, e seguida abaixou a cabeça para poder passar o corpo. Foi até seu local de costume no centro do telhado e ficou sentada procurando pela figura, dessa vez ela não levará seu caderno pois seu objetivo era outro "encontar aquilo que havia visto".

           A noite avançava sem sinal de sua misteriosa figura, S/n que estava ansiosa foi perdendo a esperança que deu lugar ao sono e quanto mais tentava enxergar algo na escuridão mais seus olhos pesavam contra ela. Já devia ser por volta das duas da manhã quando ela deu-se por vencida e resolveu entrar para dormir. A essa altura S/n acreditava que teria alucinado a figura no telhado, "mas antes uma imaginação fértil que um demônio não é mesmo?" pensava ela e sabia que sua prima concordaria.

             Assim que se levantou para ir embora S/n sentiu o corpo cansado do trabalho diário e acabou por bocejar, mas assim que focou a visão novamente no telhado ela percebeu outra vez a figura sentava num telhado um pouco mais distante que na noite anterior. Seus olhos se arregalaram e ela fez o máximo que pode para memorizar a figura: Era magra e de corpo alto, seus cabelos levemente ondulados presos no topo da cabeça porém com a franja e a parte de baixo solta, era difícil identificar se estava usando algo na parte de cima mas com certeza vestia uma calça. Derrepente ela focou a atenção nos braços e percebeu que alem de algo que parecia um cachecol em volta dos braços e pescoço a figura segurava algo de formato similar a uma foice, porém sem o longo cabo de costume.
  
            S/n caminhou até a ponta do telhado sem desviar o olhar da figura querendo ver o que era, porém num piscar de olhos ela novamente desparecera. S/n olhou em volta e mas novamente não a detectou. Apesar da frustração a garota sentia-se feliz por poder admirar novamente sua misteriosa figura e estava determinada a fazer um retrato dela.

          Após isso A/n retornou para casa e deitou se com as janelas abertas, porém ao lembrar do aviso da prima fechou-as. Ela não queria admitir mas também se sentia mais segura com as janelas trancadas pois apesar de estar curiosa tinha certo medo da figura invadir seu quarto durante a madrugada. S/n adormeceu rápido naquela noite, mas em tempo suficiente de ouvir novamente o barulho de seu telhado, ela se perguntava se aquilo teria alguma relação com a figura e ao mesmo tempo que temia que fosse, desejava criar essa proximidade com o que quer que aquilo fosse. Pois S/n era incapaz de acreditar que a figura fosse maligna por mais que aparenta-se.





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Bom é isso, não sei o que escrever aqui, o próximo capítulo será narrado pelo outro lado da história, pra que vocês entendam o que o Lua fazia no telhado. Beijinhos!

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Seus olhos a luz da lua Onde histórias criam vida. Descubra agora