S/n acordou sem saber aonde estava. Uma garota de cabelos azulados com um par de presilhas semelhantes a borboletas se aproximou dela.
S/n- Quem é você?- a voz da garota suava rouca.
Aoi- Me chamo Aoi kanzaki, mas pode me chamar de senhorita Aoi.
S/n- Que lugar é esse?
Aoi- Você está na mansão borboleta. Os kakushis te trouxeram aqui a pedido do senhor Tanjiro.
S/n- Kakushis?
Aoi- Você tinha um ferimento na cabeça e o osso do seu pé parecia fraturado. Já usei um remédio pra acelerar a cicatrização.
S/n- Por que eu estou aqui?
Aoi- Foi trazida pra ser curada, e acredito que o mestre vá querer conversar com você.
S/n- Eu não quero falar com mestre algum.
Aoi revirou os olhos.
Aoi- Mas nós precisamos das informações sobre a Lua superior, e sabemos que você as tem.
S/n- E se eu não souber nada?
Aoi- Mas é óbvio que sabe! Você estava chorando frenéticamente após a morte do superior seis sem nenhum explicação! As esposas do senhor Tengen disseram que você foi atrás dele durante a batalha! Francamente você ocultou informações da localização de um Oni super perigoso!
S/n-...- a voz de S/n está triste sobre os gritos de Aoi.- ... Ele nunca me fez mal algum...
Aoi- Olha, ele pode não ter feito. Mas houveram pessoas que sofreram por causa dele.
S/n- Eu sei disso.
Aoi- Bom... Tecnicamente não foi uma violação já que você não faz parte do corpo dos exterminadores. Mas por favor, você tem que colaborar conosco. Tem várias pessoas sofrendo nas mãos desses Onis e talvez você saiba de coisas que possam ajudar.
S/n se manteve calada encarando Aoi.
Aoi- Qual é o seu nome garota?
S/n- S/n.
Aoi- Okay S/n. Daqui a pouco eu venho verificar você. Tenho algumas coisas pra fazer agora.
S/n- Tudo bem.
A garota saiu do quarto deixando S/n sozinha. S/n começou a lembrar dos eventos da noite anterior e recomeçou a chorar. Lembrar de Gyu era doloroso, falar dele seria uma verdadeira seção de tortura. Ela acabou por dormir entre as lágrimas até que Aoi a acordou novamente.
Aoi- S/n?
S/n- Si-sim?- ela mal havia aberto os olhos com sono.
Aoi- Tá na hora do seu remédio.
S/n- Ok...
Ela bebeu obedientemente.
S/n- Senhorita Aoi, a quanto tempo estou aqui?
Aoi- Uns dois dias.
S/n- Ah...
Aoi- Senhorita S/n... Você e o Lua... Eram amigos?
S/n- ...
Aoi- Ah perdão! Não precisa responder se não quiser.
S/n- Éramos bem mais que isso... Eu o amava com toda minha alma.
Aoi- Só por que não está mais aqui, não quer dizer que não o ame mais. As pessoas vão, mas as lembranças ficam. O luto é o amor que perdura.
S/n tornou a chora e Aoi a consolou.
Aoi- Quer ver a mansão?
Aoi pós S/n numa cadeira de rodas e a levou para ver toda mansão. Apesar de algumas brigas elas se tornaram amigas. S/n ficou cerca de duas semanas na mansão até seu pé e sua cabeça melhorarem. Em alguns momentos ela viu o senhor Tanjiro e pediu desculpas a ele, mas ele não a repreendeu. S/n achou o garoto muito doce e ele a apoiou em seu momento de luto.
Depois de recuperada S/n foi levada até o dojo do Mestre Kagaya para depor com relação a Gyutaro.Kagaya- Boa tarde garotinha.
S/n- Boa tarde senhor.- "ele tem uma voz tão leve e agradável. Parece que carrega paz nas palavras."
Kagaya- Você sabe por que foi chamada aqui?
S/n- Sim sei. Primeiramente gostaria de pedir desculpas se prejudiquei o esquadrão com meu silêncio, mas eu tive meus motivos.
Kagaya- A senhorita está perdoada. Suas razões são compreensíveis, e como você não faz parte do nosso esquadrão não podemos a obrigar a nada.
S/n- Certo. Mas eu não acredito que eu possua informações que sejam úteis aos senhores.
Kagaya- Bom isso é o que veremos.
S/n contou ao mestre o pouco que sabia com relação aos Onis. Gyutaro havia tomado cuidado com o que dissera, então ela e o esquadrão sabiam o mesmo nível de informações: apenas que haviam doze luas e poderes sobrenaturais. Ela não falou muito sobre os poderes de Gyu, por ser doloroso e por que a essa altura não seria mais útil.
Kagaya- Bom, vejo que você não obteve nenhuma informação confidencial importante. Obrigado mesmo assim senhorita S/n, por sua colaboração a nossa causa.
S/n- Eu é que agradeço... A sua... Compreensão.
Kagaya- Creio que não queira reclamar do Lua.
S/n- Não. Ele não me fez nenhum mal. Ao contrário. E eu não vou chagar aqui e difamar a imagem dele pois isso seria uma enorme hipocrisia da minha parte.
Kagaya- Certo. Creio que não estaria interessada em entrar para nosso esquadrão?
S/n- Mil desculpas. Mas não acho que eu seria capaz de matar um Oni, depois do que eu vi e vivi. Mesmo com os estragos causados por eles.
Kagaya- É compreensível.
S/n- Senhor... O que eu devo fazer agora?
Kagaya- Bom, já que não vai se juntar a nós, creio que o que lhe resta é... Viver.
S/n- Eu não tenho pelo que viver.
Kagaya- Sempre se acha um motivo. Mesmo que não esteja mas aqui.
S/n- Certo. Muito obrigada.- Ela se levantou e estava para sair quando a voz de kagaya a deteve.
Kagaya- S/n!
Ela se virou para ele.
Kagaya- As almas, daqueles que se corromperam para o mal estão condenadas ao mal eterno. Mas ore por eles. Se realmente o amava, ore por ele. Talvez assim eles alcancem a paz. Afinal eles fizeram um grande mal, se você não os perdoar e orar, ninguém mais vai.
S/n- Certo senhor mestre. Creio que seja um Adeus da minha parte.- ela se curva.- Boa sorte em sua missão.
Kagaya- Boa sorte em sua vida.
E com isso ela deixou a central dos esquadrão.
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Seus olhos a luz da lua
Fanfiction#1°Gyutaro (??/??/2022) #14°Demon Slayer (15/07/2023) S/n é uma garota curiosa que adora observar a lua nos telhados das casas do entretenimento. Em determinado momento sua atenção se volta a uma figura admirando a luz da Lua. Sua curiosidade a lev...