Devil Tears | TAEKOOK

Numéro De Chapitre: I; Perfume

Capítulo Número: I; Perfume

Lyon, France, 1966, 19:30PM on The Church.

02/03/1966 

— Jungkook. - Apertou discretamente de modo forte o braço do filho, Sra.Jeon. - Preste atenção no culto. - Exigiu.

— Omma.. - Murmurou. - Eu estou com sono.. eu não dormi está noite, a senhora sabe.. - Estava sonolento. 

— Não dormiu porque não quis. Chorar não é motivo para não conseguir dormir. Seus problemas vão se curar aqui e agora. Anda. Levanta. - Apertou o braço alheio mais forte. - Você vai se ajoelhar e vai ver como o senhor vai te ajudar! Anda! - O puxou.

Jeon arregalou e sentiu seu coração acelerar. Não era a primeira vez que a mais velho lhe falava aquilo mas, era a primeira vez que a mesma o obrigava a fazer tal coisa.

— Omma! Eu não quero! - Tentou se soltar.

A igreja estava cheia. Os olhares logo foram direcionado para o mais novo.

— Não nos faça passar vergonha, Jeon JungKook! - Disse sério, Sr.Jeon.

Ao conseguir se soltar, o garoto surpreendeu todos ali, assim que irritado, empurrou a mulher levemente, conseguindo se afastar.

— Jeon JungKook... - Fechou o punho direito, Sr.Jeon. - Você vai se ajoelhar agora e vai pedir perdão pelos seus pecados!

— Eu não vou fazer isso! - Seus olhos já ameaçavam escorrer lágrimas. Ainda não havia superado suas crises da noite anterior. Na verdade, para ser sincero, não havia superado nenhuma delas. - Eu não acredito nisso! Ele nunca apareceu para mim! Nunca! Nem quando eu mais precisei e chamei! - A crise voltou. - Quando Deus estava lá quando eu precisei?! Quando?!.. Ele sempre parece estar presente com vocês, que só sabem fazer o inferno na vida do próprio filho! Mas nunca sequer apareceu quando eu estava prestes a desistir de tudo por causa de vocês! Eu odeio esse lugar! Eu não acredito nele. - Terminou. - As vezes eu sinto como se até o próprio diabo cuidasse de mim. - A lágrima quente caiu ao chão da igreja.

O local ficou em completo silêncio. Jeon saiu pela porta da igreja lotada.

O garoto apenas botou tudo para fora, mas.. disse aquilo em voz alta no horário, local e dia errado..

ao sair do local dito como santo, já não estava mais "protegido." 

Em meio as lágrimas, o mais novo correu, para longe, a igreja não era longe do centro da cidade, então, não pensou duas vezes em correr até a casa do melhor amigo, Park Jimin.

Em meio a seus passos coberto de mágoas, o de fios mesclados entre preto, castanho e ruivo passou pela frente de um carro cinza escuro em um beco próximo, mas graças a sua mente nublada no momento, não percebeu quem estava ali.

Como um sentimento de "mãe" aguçado, Min empurrou o Kim levemente, o fazendo parar com o que estavam fazendo.

— Ei, ei.. - Resmungou, Yoongi. - Você viu quem passou ali? - Abaixou a janela do carro, logo soltando a fumaça entre seus lábios.

— Hum?.. Quem? - Perguntou rouco, entediado, Namjoon.

— O Jungkook, idiota! - Respondeu preocupado. - O que ele está fazendo andando sozinho por essa rua?!

— O que tem, amor? O Jimin mora por aqui, ele só.. deve estar indo na casa dele. Nada demais. hum.. - Voltou a dar selares lentos pelo pescoço já marcado alheio.