Numéro De Chapitre: V; Manners

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Capítulo Número: V ; Maneiras.

Lyon, France, 1966, 11:52PM, Jeon's House

04/05/1966

Dois meses haviam se passado desde da viagem dos pais de Jeon, o garoto permanecia "sozinho" em casa.

Por mais que aos olhos de outras pessoas provavelmente fosse estranho o fato te se ter o inverso de um anjo do bem ao seu lado, o castanho estranhamente se sentia bem, pelo menos, por agora.

Era como havia mencionado com seu melhor amigo, Park, descontava todos seus traumas e carências em um ser que se alegrava de sentir esse sentimento negativo e de abandono no corpo alheio.

De acordo com a ligação que recebeu do Min na noite passada, aparentemente não tinha uma data correta de quando seus pais retornariam mas, para sua surpresa, havia conseguido continuar com sua "pureza" até ali.

Bom, Jeon era um garoto de difícil contato, claro que estava sendo um desafio para o Kim.

Quando se é rei e se tem tudo o que quer em um estalar de dedos, quando recebe um não, não se torna um desafio, se torna uma questão de mostrar quem realmente tem controle sobre o outro.

Muitas pessoas, normais eu diria, em Lyon, claramente devem afirmar que dois meses é pouquíssimo tempo para ter certeza de uma amizade, muito menos de um namoro.

Mas.. estranhamente, Jeon e Kim haviam se aproximado mais do que antes, e necessito ressaltar que, Park agora também havia entrado na lista de ser os ouvidos do Kim caso não estivesse por perto, ou distraído.. algo difícil de se ocorrer mas.. até o próprio mal se distrai com coisas lhe favorecem.

Filmes de terror violento ou sangrento eram de lei todas as noites no quarto do mais novo durante esses dois meses que haviam se passado. O mais baixo agora já tinha mais piercings do que anteriormente em suas orelhas e agora em seu pulso direito, antes tinha pulseiras com cores claras e leves, agora, não fazia questão de tirar de jeito nenhum as três pulseiras vermelhas em modelos diferentes junto das outras de prata.

Seus pais detestavam a prata, pois, em sua visão, apenas se via ouro em livros religiosos e a prata era somente vista sendo usada pelo contrário do bem.

Aos poucos, Jeon foi descobrindo as tatuagens antes escondidas, agora sendo mostradas, pelos braços do Kim, este possuía mais.. bem mais.. mas até o momento, apenas via o momento para mostrar seus braços.

Mesmo dois meses sendo pouco tempo de confiança ou não, sabemos que não devemos confiar no mal.. e mesmo assim, sendo levado pela ilusão linda, o mais novo começou aos poucos a mostrar as cicatrizes e marcas que tinha em seu corpo, até o momento, apenas havia mostrado as que haviam em suas pernas.

Com noites e noites em claro, simplesmente ignorando o acordo que havia feito com o Min, deixando de se esforçar em acordar cedo, Jeon se impressionava com o modo do Kim conversar, suas ideias, sua mentalidade, por longos segundos, se esquecia que era o próprio diabo.

Uma das coisas que deixavam Park confuso era no modo como o Kim desejava o melhor amigo, isso não era mentira. O bruxinho se perguntava em como era possível.. pois, o rei do inferno tem tudo que deseja apenas pelo olhar, por quê não havia feito o truque do olhar com o garoto ainda? Por quê estava sendo tão respeitoso daquela maneira até o momento?..

O que o de pele pálida temia era que, quanto mais demorasse, mais o moreno se aproveitava ou obtinha esse tempo para adicionar e fazer crescer outra ideia na cabeça do de pele branquinha, que com certeza, nunca havia se passado por sua cabeça fazer.

Devil Tears | TAEKOOKOnde histórias criam vida. Descubra agora