capitulo 16: EU SÓ QUERIA FUGIR DISSO

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É ele tinha visto.
Tinha visto toda a cena das escadarias.
E tinha visto o tapa que meu amigo deu em Ítalo.

Eu estava em um estado quase catatônico, vegetando ali, sentada aos pés da obra de arte. Eu sou uma idiota mesmo, pelo meu impulso o grupo foi penalizado e pela cara de todos ninguém tinha a menor ideia de como escapar.

-Talvez nos devêssemos desistir-falei choramingando.- Não  preciso levar vocês ao fundo do poço. Dá pra fazer novamente a matéria ano que vem!!!

-Diga isso por você!!!-xingou Vivian.-Eu não vou reprovar por causa do meu ex!!!.

Eu não me importei com a raiva dela, parecia ser a melhor coisa a se fazer...tacar pedras na Manu. Quem é o próximo a me xingar???

-Escuta Manu-um par de olhos de gato foi caminhando até mim e colocou as mãos nos meus ombros- EU ERREI. VOCÊ ERROU.E TODOS NÓS ERRAMOS.

Ítalo observou cada um dos outros 4 como se esperando pra ver se alguém ia discordar. Pela sensação que vagava no ar  todos ali não ousaram desafiar o Romanosvick filho. Por um momento admirei ele, era realmente mais fácil ir contra mim do que ser meu advogado.

-Nós vamos dar um jeito de passar na porr@ desse desafio, nem que eu tenha que jogar esse jogo do meu jeito!!!

Ítalo falou com uma raiva eminente. Sua camisa vermelha de marca o fazia parecer um garoto propaganda, daqueles que sempre aparece nos dias dos namorados. O vermelho alaranjado vivo combinava com sua personalidade naquele momento. Com um ar enfurecido, como um deus da guerra. Ele coçou a barba rasa como se estivesse pensando quem deveria ir para a guerra do Peloponeso. Sabe, ele podia ter seus defeitos mas vê-lo tão obcecado pela vitória me deixou motivada ao menos. 

-Legal gênio!!! E o que a gente faz?-perguntou Thomas, ainda com um pé atrás.

-Simples-respondeu ele- vou tentar achar um jeito de pegar a chave do laboratório que precisarem!!!

-Mas você ouviu o Brown!!! Não está liberado a chave pra nos Ítalo!!!- Vivian guspiu as palavras como se ele fosse um bebê teimoso que se renegava a aceitar o brócolis como refeição.

-Sim gatinha-Afirmou- Mas eu já disse que dou o meu jeito.

Oi? Ele chamou ela de gatinha? Pera ai, esse é o meu apelido. Sério???? 

-Espero que o seu jeito não nos coloque em encrenca Romanovisck-Alertou Edu.

-Faça a sua parte Garden, busque um inicio de pesquisa, depois eu me viro- disse ele pisando duro e indo em direção a biblioteca.

-Esse cara é um folgado-disse Edu cruzando os braços.

-Sendo folgado ou não,-sai do meu estado catatônico - ele tem razão, precisamos analisar o objeto.

Eu levantei, bati os pó de minhas calças jeans azul marinho e disse:

-Venham!!! Hora de brincar de Sherlock Holmes!!!


***


-Ok, galera, o que vocês sabem sobre a Excalibur original?-perguntei enquanto circulava a replica em tamanho natural a nossa frente.

Se visse alguém do clube de artes daria um belo parabéns. A replica era idêntica as fotos que pesquisei na internet, os entalhes na pedra davam impressão que tudo foi esculpido a mão e a tinta usada dava o ar real da empunhadura.

-É uma das histórias medievais, essa espada m#t# mortal e imortal-falou Alice.

-forjada quando o mundo era novo e os pássaros, feras e flores comungavam com o homem e a morte era só um sonho.- completou Eduardo solene.

O JOGO DO IMPOSSÍVELOnde histórias criam vida. Descubra agora