capítulo 17: SE PREPARE PARA VER O CORTEZ SURTAR!!!

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Eu sei, o óbvio é pensar na resolução de certos problemas de forma mecânica e não química.  E tá tudo bem, porque a vida  meio que nos obriga a pensar o óbvio da forma mais prática possível. Sobrevivemos a custa do "Faça isso o mais rápido possível" e talvez esqueçamos dos detalhes moleculares. E nesse caso tínhamos em mente fazer uma investigação molecular.

O que quero dizer é que a nossa Excalibur era diferente, ela era tão maquiada  que se você olha- se primeira vista podia ter impressões erradas do material. Por isso uma perícia acadêmica cairia bem.

E lá estávamos nos de jaleco branco sentados em banquinhos de inox desconfortáveis (meu trazeiro já doía) para inspecionar de perto quais materiais eram.

-Gente, tem um problema ai!-falou Alice.

Seus camelos ruivos indicavam inquietação.

-O que ?-perguntou Edu.

-Não podemos quebrar a rocha pra fazer as análises, lembra?

Eu cruzei os braços e arqueei as sobrancelhas para pensar sobre o caso.

-Acho que aqui a questão não é quebrar o material em grandes pedaço-respondi.

-Como assim?-questionou a garota ruiva confusa.

-Nós podemos raspar a pedra e fazer testes diretos no metal da rocha e da espada, não fragmentando a estrutura geral.

-Huumm, não sei não Manu.- gesticulou Thomas- Fazer diretamente no metal da espada trás risco.

-É por isso que eu trouxe isso aqui!!!-exclamou entusiasmado Eduardo.

Ele foi ate a gaveta mais próxima e retirou de lá uma mala com pequenos filetes de metal : uma maleta de teste de metais e minerais.

-Da onde vc tirou isso???-pedi abismada.

-Você se esqueceu que uma vez cuidei dos laboratórios de química quando fazia estágio de enfermagem? Conheço cada pedaço de tábua que tem nessa sala.- afirmou ele.

-Maneiro cara!!!-exclamou Thomas entusiasmado com o conhecimento.

Não era por nada mas a relação entre Eduardo e Thomas era tão delicada que talvez eu as vezes acha-se que...ah esquece...sem chance.

"Foca no que você precisa fazer Manu."

-Só terminem isso logo caramb#- disse Ítalo.

Ele continuava tendo o ar de desordeiro, foi o único que se recusou a vestir o jaleco, alegando que o branco lhe era desnecessário visto que  iria vigiar a porta.

Sabe caro leitor, o que vou te descrever agora não deve ser repetido. Lembra que "o senhor esperto" disse que ia nos arranjar o laboratório? Então pois bem ele arrumou...do jeito ítalo de arrumar.

Depois de ir pra biblioteca mais cedo ele disse que tinha a chave, mas que teria que sair mais cedo pois tinha um encontro.

Sim, senhoras e senhores, ele tinha a drog# de um encontro!!! 

Todos intrigados com a rapidez do Romanovisck pedimos para o  nosso "escudo anti-fúria de Ítalo" pedir os detalhes.

-Qual é Ítaaa!!! Como você conseguiu essa chave cara???- Cortez falou com uma cara de tacho.

-Conseguindo velho!!!- ele desviou o olhar no ato da fala.

A essa altura do campeonato eu conhecia bem o bad boy literário pra saber que ele não se importava com os meios...desde que o objetivo fosse cumprido.

-Manoo!! Na boaaa fala agoraa!!!- Thomas insistiu em quanto sua voz tomava um eco de irritação.

Senti uma tensão entre os dois, o olhar silencioso de Thomas emitia uma mensagem subliminar bem desenvolvida "você prometeu não mentir pra mim" e os olhos amarelos esverdeados de Ítalo apenas ecoavam a frase infinita "eu não sei o que você esta falando".

O JOGO DO IMPOSSÍVELOnde histórias criam vida. Descubra agora