Capítulo 3 : EU PREFERIA UM JOGO DE DAMAS

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No email inderassado  a mim dizia:

Eu fiquei em choque, ele me chamou de darlin? Meu professor de cálculo nunca foi de nos colocar apelidos

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Eu fiquei em choque, ele me chamou de darlin? Meu professor de cálculo nunca foi de nos colocar apelidos...ainda mais carinhosos, ele sempre nos dirigia pelo sobrenome ou nosso nome seguido de pronome de tratamento. 

Meu celular vibrou..."Morreu esqueceu de cair??''...Edu ....tinha esquecido de meu amigo.

"Carah, ele me chamou de darlin?'' respondi a ele.

''Aé kkk ele me chamou de monsieur....até que ele fala bem francês...será que faz biquinho pra falar kkk"

Tive que rir sozinha, mas se tanto eu quanto Edu recebemos o mesmo email com o mesmo assunto...então era verdade e se isso era verdade...ele estava falando sério sobre o jogo. "O Jogo do Impossível", só pelo nome eu sabia que meu professor de cálculo não iria facilitar pra nós...

"Se você for, eu vou"- ele me respondeu seguido de uma carinha feliz.

Eu não sabia muito o que fazer, eu estava anestesiada, mas uma coisa eu sabia, eu tinha dois minutos para decidir... e eu não tinha nada a perder, eu já estava reprovada,  na pior das hipóteses. Era uma nova chance, e eu podia acertar as coisas com o Edu, ele não merecia ser reprovado, eu devia isso ao ex-emfermeiro.

Rapidamente cliquei no botão responder. 

''ACEITO''. 

***

Olha eu não sabia o quanto uma simples palavra quanto ACEITO  pode acabar com  o nosso psicológico. Eu fiquei por um tempo olhando o teto do meu quarto, tentando digerir tudo aquilo. Só podia ser um sonho, até onde eu sabia não existia um método didático que incluía jogos de desafios nem no campus e nem em lugar nenhum...acho até que o educadod Paulo Freire contestaria a idéia.

Quando me recuperei da crise do desespero escutei o áudio que Edu tinha me mandado. ''Eu aceitei também...estamos na merda mais estamos juntos. Fica calma precisando to aqui". 

Respondi ele com um  "obrigadah" carregado de corações. Não era muito do meu biotipo mandar aquele tipo de emoji, mas pelo apoio Edu merecia minha gratidão. 

Olhei minha caixa de email novamente, a  resposta do aceito foi tao curta...a cara do meu professor.

-É quem tá na chuva é pra se molhar

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-É quem tá na chuva é pra se molhar. -Resmunguei e fui dormir.

Amanhã o jogo começava. E eu já estava tendo uma crise de enchaquecaca daquelas.

***

Se eu durmi bem? Se dormir bem é sinônimo de remecher na cama  enquanto olha no relogio cada meia hora , então SIM.  Pink, minha gata murisca de olhos amarelos, não ousou dormir nos meus pés aquela noite, eu estava angustiada demais, parecia que sentia algo ruim se aproximando , como quando você olha para uma tempestade e tenta fugir mais sabe que ela ira chegar perto de você a qualquer momento. 

Acordei cedo aquele dia, não quis comer nada de café da ma6nha...eu só pensava nas palavras do Mr. Robinson "Sem atrasos". 

Esperei no lugar onde Edu iria me pegar.  Com o final das provas na universidade logo nao  se tinha mais ônibus e logo eu precisava da carona dele se quisesse chegar ao campus.

Em poucos minutos ele chegou com seu celta verde  impecavel .  O  quê??? você não espera que um acadêmico de R.I. tenha uma hilux ?Espera?

Eu estava feliz por ele estar comigo. Sabe... apesar de as vezes ser seca com o Edu eu me sentia protegida por ele, quer dizer, em si fisicamente ele nao me protegia muito..ele era uns 3 cm mais baixo que eu, cabelos castanho claros, olhos pretos profundos  que fixavam em mim quando ele sentia que eu omitia. Ele tinha um porte um tanto parrudo, de quem não era amigo de academias e sobrava algumas gordurinhas...mas acho que devia ser por isso que eu e ele eramos parecidos, quer dizer eu não era uma miss Brasil então nao podia exigir que ele fizesse Cross Fit.

-Preparada para  a barra que vamos enfrentar? - perguntou  enquanto acionava a embriagem para arrancar o carro.

-"Preparada" é uma palavra muito forte. eu diria desesperada por respostas. O que exatamente será esse jogo?. -disse enquanto puxava o cinto.

-Não sei, ele não deu muitos detalhes no email. Mas  a gente vai descobrir logo logo... 

***

Chegamos no campus, era 07:51 , estava vazio (ninguem era louco de ir para a faculdade no primeiro dia de férias). Ele deixou o celta no estacionamento de carros. Ah a proposito eu acho que em algum momento esqueci de apresentar minha faculdade a vocês, me desculpe, mas eu estava nervosa demais para detalhes... A Universiadade do Vale Europeu era de uma estrutura invejável, você conseguia encontrar tudo que precisava nela. Era dividida em três prédios enormes...um de exatas outro de humanas e outro de biológicas. Entre os andares era comum encontrar praças de lazer, alimentação, salas com laboratórios altamente tecnológicos, onde se tinham as iniciações cientificas. Atrás, de forma a ficar escondido,  tinha o complexo de esportes, com quadras de tenis, bocha, volei  piscina de natação e tal...nunca fui muito pra lá, ja mencionei que não sou tão  atlética? Mas enfim.  Acho que o lugar de todo o campus que eu mais gostava era "a biblioteca do observatório espacial", uma sala para ler enquanto se olha o teto que imita um espaço com constelações a vista. 

Eduardo e eu corremos a subir no primeiro andar do bloco de exatas...sala 741 nao...744 também não...

-Aqui!!! - Ele gritou.

Sua voz ecoou  no corredor vazio.

-shhhhhhii. - o repreendi.

-Desculpe. - Falou cossando a cabeça envergonhado.

A porta estava fechada era a sala no final do corredor, nunca se quer tinha tido uma aula naquela sala...a porta era de uma tom diferente das outras...de um carvalho escuro intimidador. O que quer que estivesse do outro lado não era nada bom. Olhei para o Edu, respirei fundo e abri  a porta.


O JOGO DO IMPOSSÍVELOnde histórias criam vida. Descubra agora