Desarrumar part 1

7.2K 343 88
                                    

Prontos para mais conteúdo gay?

Gente, uma boa alma criou a playlist da fic no Spotify, então, quem quiser ouvir, aí está:

https://open.spotify.com/playlist/2oHlX3fzO7vcFogZ9WuuPd?si=PkxXglYmTJ-eoUrRebOx4g&utm_source=copy-link

Obrigada, ladyhufflepuf!


*_________________*___________________*

Naiane ainda estava usando o moletom dos Monstros S.A, Júlia notou enquanto observava com atenção a outra mulher se movendo pela sua cozinha. A morena estava meio perdida ainda, é claro, já que ela não tinha como saber onde todos os utensílios estavam, e Júlia deveria estar ajudando ela a se encontrar, mas a central estava mais ocupada assistindo a paraense. A única coisa que havia sido pedido para ela era que Júlia lavasse as folhas da alface para a salada, mas até isso parecia difícil demais de fazer quando Naiane estava parada no meio de sua cozinha cantarolando a música da playlist aleatória que elas tinham colocado.

Enquanto lavava as folhas embaixo da torneira, Júlia observava a forma que o corpo de Naiane se movia pelo espaço. As folhas iam direto para uma cestinha de plástico, toda furada, e mais de uma vez a folha verde acabou caindo direto no balcão já que a menina não estava prestando muita atenção no que estava fazendo. A cintura da mulher mais baixa se movia volta e meio no ritmo da música, o que trazia um sorriso no rosto de Júlia porque ela estava, claramente, confortável ali.

Júlia havia acordado primeiro de manhã e, por um breve momento, achou que as coisas poderiam ficar um pouco estranhas entre elas, apesar da facilidade que as duas tinham se encaixado no dia anterior. Sua preocupação se provou inútil já que Naiane já acordou puxando ela para mais perto, se enrolando no seu corpo durante um bocejo longo. As duas tinham colocado pijamas leves depois de tomarem um banho na noite anterior, mas Júlia conseguia sentir a pele da central tocando a sua, a maciez e o cheiro natural que exalava. Seu corpo se arrepiou e se contraiu em cócegas quando Naiane se ajeitou melhor para conseguir beijar seu pescoço. Já teria sido difícil sair da cama sem aquele gesto de carinho, mas o beijo, seguido pelo dedo da paraense fazendo círculos no seu quadril, deixou a tarefa de levantar e começar o dia quase impossível.

Na verdade, elas só conseguiram se desvencilhar dos braços uma da outra quando elas se lembraram que tinham treino logo após o almoço e que precisavam se preparar. Naiane até sugeriu voltar para casa, principalmente para pegar um uniforme novo de treino, mas Júlia a lembrou que havia lavado as roupas e que já estavam secas, o que poupou a levantadora de insistir em algo que ela com certeza não queria. Ela não sentia vontade alguma de sair de perto de Júlia, assim como a menina não queria estar longe dela.

Foi assim que elas acabaram ali, trabalhando juntas em silêncio para fazer o almoço que Naiane havia planejado para as duas. A levantadora tinha pego uns filés de tilápia da geladeira e, depois de ver todas as opções, perguntou se tinha problema se o almoço delas fosse tilápia e salada, o que fez Júlia sorrir porque Naiane parecia achar um ultrage que ela só tivesse aquilo na geladeira. Ela não tinha certeza, mas Júlia podia jurar que ouvir a outra mulher murmurando "nem um chocolate" enquanto passava por ela com as coisas para fazer a salada.

A levantadora já havia tirado um dos filés da panela e estava fritando o segundo quando Júlia colocou a cestinha dentro do utensílio que secava as folhas numa espécie de centrífuga. Distraída, olhando para Naiane ainda, a menina fechou o aparelho e apertou o botão que tinha na tampa uma vez para ver se ele ia funcionar. Deu certo, então Júlia continuou apertando, sem prestar atenção. O sistema de som da casa estava tocando uma música que ela não conhecia, mas Naiane parecia familiar com ela, o que trouxe um sorriso suave para seus lábios.

Laranja - NaJuOnde histórias criam vida. Descubra agora