Laranja - NaJu

Eu to pensando em você, fumando um cigarro

Mais um capítulo e também um aviso:

Galera, estou saindo de férias. Vai ser uma semaninha longe e eu não sei se vou conseguir postar nesse meio tempo e também nos dias logo após eu voltar, então peço paciência. Se eu conseguir postar antes, eu volto!

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No instante em que a porta do elevador se fechou, Júlia começou a fazer seu caminho para o elevador, andando pelo corredor largo com um sorriso divertido no rosto. No entanto, Naiane permaneceu parada no mesmo lugar, o que fez a loira também parar, se virar e olhar para ela com o cenho franzido.

"Ué, parou por quê?" Júlia perguntou, chegando perto da mais velha.

Naiane ficou calada por alguns segundos como se estivesse pensando em algo antes de passar a mão pelo cabelo e logo depois segurar a mão de Júlia para a puxar para o fim do corredor. "Tu não quer conhecer meu apartamento?"

A paraense perguntou olhando fundo nos olhos da mais nova, que apenas assentiu com a cabeça, se deixando ser puxada pela mão até parar em uma porta que tinha um tapete em que um arco-íris sapia de dentro de duas xícaras de café. Júlia soltou uma risada baixa, afinal, nada poderia ser tão Naiane quanto aquilo. Assim que pararam, a morena tateou os bolsos atrás da chave, encontrando-a no bolso de trás de seu short, e destravou a porta, empurrando a porta com uma mão só.

"Mi casa, su casa," Naiane disse em um tom cantado, entrando pela porta enquanto segurava a mesma para que a mais nova entrasse.

Júlia deu alguns passos para dentro até ouvir a mais velha trancando a porta novamente. "Isso é um sequestro e eu estou no cativeiro?" A mais nova brincou, cruzando os braços abaixo dos seios e fazendo com que a levantadora pendesse a cabeça para o lado antes de responder.

"Depende. Num sequestro você ganharia isso?" Naiane colocou uma das mãos dentro do corta-vento que vestia, tirando de lá um beck perfeitamente enrolado, então balançou as sobrancelhas de maneira sugestiva, o que fez Júlia rir mais uma vez.

"Cê vai me dar um tour pelo cativeiro ou o que?" Júlia brincou.

Naiane riu e se adiantou para a puxar pelo braço delicadamente, mostrando cômodo por cômodo o mais rápido que podia já que ela não queria se demorar muito nisso. Não que fossem muitos cômodos, claro, mas havia alguns ambientes a serem mostrados. "Esse é o quarto," a levantadora falou, usando a mão para gesticular para dentro, mas sem perder muito tempo ali também. "Tem uma varanda ali, vem cá."

Elas passaram pelo quarto até uma grande porta de correr de vidro. A morena puxou a cortina, empurrou a porta e, em seguida, puxou a mão da mais nova. Naiane se sentou em um banco confortavél que havia ali e puxou Júlia para seu colo, não se importando nem um pouco com o fato dela estar completamente molhada por causa da piscina ainda. Por alguns segundos, ambas fecharam os olhos se permitindo sentir o corpo da outra tão próximo. O calor, o cheiro, a textura, todos os sentidos ali estavam extremamente alertas, principalmente por conta da maconha, mas elas estavam aproveitando ainda mais a proximidade e os sentimentos que pareciam explodir em volta delas. Elas ficaram em silêncio até o momento em que Júlia sentiu a mais velha respirar um pouco mais firme perto de sua nuca, fazendo com que seu corpo tremesse e um som saísse de sua garganta involuntariamente. Percebendo isso, Naiane colocou uma das mão sobre a coxa da loira, que também estava de short, dando um leve aperto na região como se tivesse tentando se comunicar sem palavras. De maneira rápida, a loira se virou no colo da levantadora, obrigando-a à encostar as costas na parede atrás de si ao mesmo tempo que a mais nova atacou seus lábios sem aviso algum. O beijo foi extremamente intenso, mas durou pouco, sendo quebrado quando Naiane se afastou o suficiente para conseguir falar.