Sou tua amiga, amante, serpente, meu doce bem

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Opa, capítulo surpresa? Temos! Pra comemorar a lista de convocação, em especial a convocação da véia da lancha, vou deixando esse capítulo aqui pra vocês.

Acho que eu mereço muitos comentários pela surpresa, né?

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Passava das 08:30 quando o despertador do telefone de Júlia tocou pela terceira vez - após ter sido colocado em modo soneca outras duas - anunciando que elas de fato precisavam levantar para o treino, mesmo sendo sábado, se não quisessem chegar atrasadas. A loira viu Naiane se mexer, segurando mais suas mãos na frente do corpo da morena e respirando fundo, um sinal claro de que ela estava acordada e odiando a ideia de sair daquela posição, e naquele momento Júlia concordava cem por cento com a morena já que ela também não queria sair dali.

"Bom dia, namorada," a loira falou, aproveitando a posição que estava, abraçando a outra mulher, para afundar o rosto no pescoço da morena à sua frente depois de beijar o seu ombro.

"Se minha namorada escuta tu falando isso, ela mata nós duas," a levantadora respondeu com uma brincadeira, afinal, não era porque elas agora namoravam que ela deixaria de fazer cantadas e piadas bestas com a mais nova. Pelo contrário, ela se sentia ainda mais confortável para fazê-las a qualquer momento, e por esse motivo virou-se na cama com um sorriso para observar a morena que tinha o rosto franzido em uma careta.

"Como você é besta, por que eu aceitei isso mesmo?" A menina perguntou dando um empurrãozinho no ombro de Naiane.

"Porque tu gosta," a morena falou passando o dedo na ponta do nariz da mais nova antes de lhe dar um beijo na testa. "Bom dia, vida."

"Vida?" Júlia repetiu, deixando seu rosto relaxar depois de ter franzido o nariz com o toque de Naiane. "Gostei. O que sua namorada tem a dizer desse apelido?" A mais nova perguntou com um sorriso tão largo que, juntamente com o sono, deixava ainda mais difícil abrir seus olhos.

"Que ela gostou," Naiane respondeu, já arrastando seu corpo para ficar praticamente em cima da menor, que imediatamente abraçou a paraense pela cintura e sentindo ela encaixar o rosto na curva de seu pescoço.

"Nani, a gente precisa levantar. Eu já coloquei na soneca três vezes," a menor falou, mantendo uma das mãos na cintura da mulher e usando a outra para fazer um carinho leve na cabeça da paraense.

"Então para de fazer esse carinho aí que eu tô quase dormindo de novo," a paraense suspirou com a voz já levemente embolada, o que causou uma risada fraca em Júlia. Naquele tempo em que partilhavam uma rotina, a de olhos verdes já havia percebido que Naiane não era uma pessoa matinal, a levantadora demorava bastante para de fato acordar. Para ela havia um abismo imenso entre levantar e acordar, e era aquilo que estava acontecendo.

"Nani," a morena nem se mexeu. "Naiane," Júlia tentou mais uma vez ainda sem obter nenhuma resposta da morena. Por um segundo, sua mente teve uma ideia e a loira balançou a cabeça levemente abrindo um sorriso antes de falar. "Amor, levanta vai, a gente vai se atrasar ou ter que sair sem comer."

A fala da loira teve o efeito esperado mais rápido do que pensava. Naiane sentou na cama de maneira tão abrupta que Júlia choramingou baixinho por não mais sentir o peso e o calor da morena tão perfeitamente pressionado sobre si. "Tu me chamou de amor?" A morena questionou com um sorriso extremamente largo, mas que logo mudou para uma Naiane de olhos arregalados e a boca em um perfeito 'o'. "Meu Deus! Tu me chamou de amor!"

Em segundos a morena já estava para em pé ao lado da cama enquanto Júlia olhava para cima tentando não ligar para a nudez da mulher à sua frente, já que elas não teriam tempo para fazer absolutamente nada. "Naiane, não precisa pular no colchão, era só pra você levantar." Júlia voltou a colocar as costas na cama, levando as duas mãos ao rosto e suspirando, ao mesmo tempo em que a paraense sumiu banheiro a dentro e apareceu já escovando os dentes.

Laranja - NaJuOnde histórias criam vida. Descubra agora