Como se o meu corpo fosse a sua casa, ai eu sou sua menina, viu?

4.9K 298 219
                                    

Opa, galera, voltamos!

Antes de irmos pro capítulo, alguns recadinhos paroquiais:

- Eu estava de férias. Consegui terminar esse capítulo pra postar hoje pra vocês, mas os demais podem demorar um tanto. Estejam avisados;

- Falando em próximos capítulos, eu já vou deixar avisado que essa fic aqui, Laranja, está quase no fim. Temos mais três capítulos até ela ser encerrada;

- Último aviso: autores são movidos por comentários... só dizendo.


*______________________*_________________*


A mais nova foi a primeira a acordar naquele dia. Assim que abriu os olhos, a loira pôde observar Naiane ao seu lado deitada de bruços na cama e com os cabelos completamente espalhados sobre suas costas e travesseiro. Se dependesse apenas de Júlia, ela ficaria a manhã inteira ali observando a forma calma com que Naiane dormia, suas costas subindo e descendo, sua respiração tranquila e ritimada, contínua. E foi assim que ela seguiu por alguns minutos, antes de levar uma de suas mãos na cabeça da paraense, fazendo carinho. Não demorou muito até que Naiane abrisse os olhos e encontrasse os de Júlia, que levou um breve susto ao perceber a outra de olhos abertos.

"O que tu tanto olha?" A levantadora perguntou com um suspiro, se movendo na cama até que sua cabeça estivesse sobre o colo a mais nova.

"Você," respondeu, vendo Naiane sorrir e esconder o rosto na mão que estava acariciando seus fios longos. Naiane deu um beijo na palma da mão da loira, que agora fazia carinho em seu rosto, e fechou os olhos como um gato preguiçoso ao receber um carinho na bochecha com o polegar. "Parece até mentira que a gente tá aqui," Júlia falou baixinho como se estivesse com medo de arruinar o momento, suspirando sem tirar seus olhos dos olhos da morena, que abriu um sorriso.

"É, mas a gente tá."

Por alguns segundos, Júlia desviou o olhar de Naiane de onde ela estava olhando o corpo da levantadora deitada na cama para então olhar a cortina da porta da varanda, que balançava com o pouco de vento que entrava, antes de olhar para a levantadora de novo como se aquele pouco tempo tivesse sido o suficiente para ela tomar uma decisão importante.

"Namora comigo?"

Naiane, que havia fechado os olhos novamente para receber suas carícias preguiçosas, se virou, já sentando na cama com uma sobrancelha levantada. "Tu ainda tá chapada?" A morena perguntou, vendo a mais nova negar com a cabeça.

"Ontem você falou pra eu pedir hoje de novo," Júlia explicou e sorriu com a língua entre os dentes, pausando sua fala fazer um coque com o próprio cabelo, movimento esse que era observado atentamente pela mais velha. "Ontem eu tava chapada e queria que você voltasse a ser minha. Hoje eu estou sóbria e continuo querendo que você seja minha de novo." Júlia pausou quando viu Naiane abaixar a cabeça em um sorriso, fazendo com que seus cabelos caíssem em seu rosto como cortinas. Sem pensar duas vezes, Júlia levou sua mão para colocar um pouco do cabelo escuro atrás da orelha da morena, aproveitando para passar a mão por sua bohecha até chegar em seu queixo e levantar de leve para que a paraense a olhasse. "Faltam nem um mês pra acabar a transferência então, por favor, namora comigo de novo?"

Os olhos verdes da central estavam levemente marejados, mas Naiane não era louca de negar aquele pedido. Ela já havia voltado a ser de Júlia desde que estiveram juntas no Natal - na verdade, não teve um segundo em que ela havia deixado de ser de Júlia. A paraense nada disse, apenas levantou da cama e correu para o banheiro do seu quarto, o que fez Júlia ficar levemente confusa e estática até ouvir o barulho de água escorrendo na pia. Ela revirou os olhos, se levantando da cama e indo até a porta do banheiro do quarto da morena, onde ela encontrou Naiane com as escova de dentes dentro da boca fazendo um sinal de espera com as mãos, antes de se virar para abrir a torneira novamente.

Laranja - NaJuOnde histórias criam vida. Descubra agora