Chegou a hora de ser uma garota crescida, e garotas crescidas não choram

3K 287 252
                                    

E chegou o capitulo mais aguardado de todos os tempos, maceta y maceta, agora todos voltam a amar a Rosa. Até quando? Vai ser um mistério... rs

Se atentem que tem mais um salto no tempo nesse capítulo. A gente está avançando na estória.

Aproveitem e comentem bastante.

*_________________*___________________*

Estava uma bela manhã, Gattaz percebeu enquanto esperava o atendente da panificadora separar os pãezinhos doce que ela havia pedido. O tempo estava fresco, o sol já tinha nascido, a cidade estava quase que silenciosa, e ela tinha o dia inteiro para não fazer nada. Um belo dia, no seu dicionário. Ela ia comprar o café, voltar para o apartamento, comer com sua namorada - a manhã só podia ser melhor se ela fosse comer A namorada, mas ok - e elas teriam um dia de calma e tranquilidade depois de semanas malucas de jogos e treinos. Bom, um pouco menos calma e tranquila porque Júlia estava lá também depois de viajar para passar o período do recesso de final de ano na Itália.

Alguém havia feito um comentário que aquilo se assemelhava muito a crianças em férias escolares, mas ninguém se atreveu a falar aquilo diretamente para Rosa. Gattaz havia rido, no entanto.

De toda forma, a presença de Júlia só significava que ela precisava comprar mais coisas na panificadora - e que ela não podia jogar Rosa na bancada da cozinha para fazer ela de café da manhã - mas tanto Gattaz quanto Rosamaria ficaram felizes quando Júlia falou que ia conseguir viajar para ficar com elas um tempo. Era bom porque ela não ia acabar ficando sozinha na Turquia para o recesso, e as duas sempre adoravam passar tempo com Júlia, então isso jamais seria um problema.

"Grazie," Gattaz falou quando o atendente lhe entregou o saco com os pães doces, então ela se virou e caminhou em direção ao caixa. Ela sabia pouquíssimas palavras em italiano ainda, e talvez ela devesse ter pedido para outra pessoa ir buscar as coisas no seu lugar, mas Gattaz estava se virando bem, ela gostava de pensar.

Depois de pagar, Caroline saiu da padaria, deu alguns passos, e já estava entrando no prédio que Rosamaria morava. Ela acenou novamente para o porteiro, que acenou de volta com uma xícara de café, então foi até o elevador. Ela não teve que esperar muito, já que ele nem havia saído do térreo ainda, e Gattaz apertou o botão do andar de Rosamaria logo em seguida, assoviando baixinho para si mesma. O pão ainda estava quente na sacola, ela conseguia sentir nas suas pernas, e o pão doce estava cheirando pelo elevador inteiro, o que fez a boca de Gattaz encher de água. Ela estava morrendo de fome. Só o que ela queria era aquele café que só Rosamaria sabia passar e aqueles pães doce. Talvez um beijinho de Rosa também.

Entretanto, assim que Caroline abriu a porta do apartamento e pisou para dentro, ela escutou Rosamaria falando rápido. A central colocou sua chave no suporte para chaves atrás da porta, tirou o chinelo que havia colocado para sair, e caminhou em direção à cozinha, que era separada da sala por um mesa pequena. Júlia estava sentada em uma das cadeiras da mesa ao invés de usar uma das cadeiras altas que ficavam em volta da bancada da cozinha, enquanto Rosamaria estava falando no telefone de pé na frente do fogão, observando o café esquentar na cafeteira italiana. Gattaz nem teve tempo de questionar a decisão de Júlia de sentar um pouco mais afastada já que Rosamaria encerrou a ligação assim que ela colocou as sacolas da padaria em cima da mesa.

"Eu vou desligar. A Gattaz acabou de chegar," Rosamaria disse, então suspirou. "Eu também te amo, tchau."

Caroline ergueu as duas sobrancelhas, mas seus lábios se curvaram em um sorriso fácil quando ela se escorou em um dos balcões da cozinha, se apoiando com as duas mãos. "Pra quem tá fazendo juras de amor se não pra mim?" Ela virou a cabeça para olhar para Júlia, esperando que ela tivesse conseguido arrancar uma risada da central mais jovem, mas, ao invés disso, ela notou que os olhos da menina estavam cheios de lágrimas. Sua postura mudou imediatamente. Gattaz endireitou sua postura, o sorriso sumiu do seu rosto, e seu cenho franziu. "Que cara é essa?"

Laranja - NaJuOnde histórias criam vida. Descubra agora