Desvendar

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- Como você está meu amor? - Perguntou meu pai enquanto eu me sentava a mesa pro café da manhã. - Fiquei preocupado quando me disseram que você não se sentiu bem, e resolveu ir embora.

- Desculpa pai... Eu senti um mal estar, comecei a passar mal. Mais tô bem, foi só uma agonia mesmo.

- De verdade? - Perguntou ele enquanto colocava seu café.

- Sim, de verdade. Você curtiu até o fim? - Perguntei enquanto pegava uma torrada. A mesa estava recheada de comida, pães, bolos. Tudo pra uma família inteira, mais como sempre era só eu e meu pai a mesa.

- Vim embora logo, pouco depois que você veio. Não planejava ficar até o fim, se soubesse que você queria ir eu teria ido também.

- Não quis incomodar, achei que queria ficar até o fim.

- Você sabe que não sou muito fã dessas coisas. - Respondeu ele rindo.

- Sim... Pai, quem organizou os convites?

- A equipe do RH... Está falando por causa do Jhon? Eu não me toquei que ele poderia ter ido, desculpa por isso filha... Gabriel me contou o que aconteceu.

- Ele me tentou beijar a força.

- Disso eu não sabia. Irei ter uma conversa com ele hoje mesmo!

- Não precisa pai... Acho que o Gabriel lhe contou sobre o soco que dei nele, contou?

- Sim sim. - Falou ele rindo. - É bom saber que você se defendeu. E Gabriel fez certo expulsando ele da festa.

- Será que ele poderia não ir mais aos eventos da empresa?

- Não precisa me pedir isso filha, eu mesmo vou fazer.

Eu não sabia como puxar conversa com meu pai sobre os convidados. Era muita gente, tinha pessoas que nem ele conhecia de verdade.

- Pai... Acha que alguém conseguiria entrar de penetra na festa?

- Penetra? Duvido. Só entraram com convites, ou se o nome tivesse na lista. Porque?

- Nada não.

Assim que meu pai foi pra empresa, eu corri pro meu quarto. Peguei a malinha da minha mãe e abri... Quem será que me deixou aquele bilhete?

Tentei abrir a caixinha novamente, mais estava fechada... Talvez se eu levasse ela a um chaveiro. Ele poderia conseguir abrir. Era isso que eu iria fazer!

- Oi querida, como foi o baile ontem? - Perguntou Eliza enquanto eu passava pela área de serviço.

- Tenho muita coisa pra te contar, mais farei isso quando voltar... Era pra você ter ido com a gente! - Falei enquanto procurava uma sacola no armário.

- Ah, você sabe que não gosto muito de festas. Você vai sair?

- Sim... Vou vê se consigo encontrar um chaveiro. Quero abrir aquela caixinha da minha mãe, mais só com a chave e não encontrei.

- Certamente um chaveiro vai saber o que fazer!

- Espero. - Falei enquanto pegava uma sacola pequena. - Volto logo!

Eu não podia sair só... Quer dizer, ainda era perigoso. E depois daquele bilhete tudo se tornava mais perigoso ainda. Gabriel ainda não havia chegado, ele era um dos responsáveis pela minha guarda. Então Willian me acompanhou, ele era um dos nossos melhores seguranças e motorista.
Perguntei se ele conhecia um chaveiro, e ele disse que sim.
Fomos até o centro da cidade, ele estacionou o carro em frente a um comércio bem pequeno e velho. Mais me garantiu que era o melhor chaveiro da cidade.

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