Mistério

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Depois do jantar, Laura já tinha ido embora. Estávamos no sofá conversando sobre mim...

Eu estava em um sofá e Bryan no sofá a minha frente, enquanto meu tio falava com meu pai pelo celular na cozinha.

- Acho que seria uma boa ideia aceitar que seu pai mandasse alguns seguranças pra cá. - Falou Bryan.

- Não quero isso... Um dos motivos deu vim pra cá, foi está livre disso. E não com um monte de seguranças na minha cola. - Respondi.

- Seu pai vai saber o que fazer.

- Acho que não Bryan... Ele está com a cabeça cheia disso tudo, será só mais uma preocupação a mais.

- Hannah, seu pai quer falar com você. - Falou meu tio me entregando o celular.

- Oi pai...

- Filha, as autoridades daqui entrarão em contato com o delegado daí da cidade, irão dividir o caso da sua mãe. Será mais gente ajudando, e se realmente eles descobriram você, todo cuidado é pouco.

- Mas pai...

- Provavelmente irão querer fazer algumas perguntas pra você, ou não. Mais caso lhe procure você já sabe.

- Não acho certo... Eu não vou ficar aqui pra sempre, não precisa passar o caso pra cá.

- Não iremos passar o caso, só vamos dividir e será mais gente ajudando. Se você estiver certa sobre aquele carro, e se realmente descobriram que você está aí, o certo a se fazer é isso.

- Pai... Eu não quero voltar a tudo aquilo de novo. - Falei baixinho enquanto olhava pro meu tio e pra Bryan.

- Não irá voltar filha, só coopera por favor.

Tirei o celular do ouvido e entreguei a meu tio, enquanto subia pro quarto.

Depois do assassinato, tudo foi pra cima de mim. Eu era a única testemunha, os policiais me encheram com um monte de perguntas que eu não conseguia responder, eu só conseguia lembrar daquela cena horrível. E meu pai dividindo o caso com outra cidade, outra delegacia, só me fazia passar por tudo aquilo de novo.

- Hannah? - Bateu meu tio na porta. Eu estava deitada chorando, não respondi. - Posso entrar?

- Sim.

Ele entrou e foi até minha cama, sua cara também estava péssima de preocupação.

- Eu tive uma ideia. - Falou ele. - Pode ser perigoso pra você. Mais se quiser tentar a gente tenta.

Olhei pra ele confuso.

- Esses caras são mais inteligentes do que a polícia, se fosse pra encontrar eles os policiais já teriam encontrado.

- Por que acha isso? - Perguntei me sentando.

- É só uma suposição... E se a gente enfrentasse?

- Como? Eles são armados tio...

- Ainda não sei como. Mais poderíamos fazer um plano e perguntar o que eles realmente quer com você.

- Eles podem me matar. - Falei limpando o rosto.

- Se fosse esse o plano, já teriam feito e você sabe.

Aquilo me deu um calafrio.

- O que acha que querem? - Perguntei.

- Não faço ideia, mais é isso que podemos descobrir.

- Meu pai não iria concordar.

- Ele não precisa saber.

Meu tio gostava da ação, do perigo... Mais eu não sabia que gostava disso tudo na vida real também. Havia várias coisas sobre ele que eu ainda não sabia... Eu não conhecia nada sobre seu passado, mais Bryan me contou que tio Sam já trabalhou um grande tempo no exército, e que foi expulso depois de quase matar um cara em uma briga. Eu não sei se isso era bom... Mais o seu amor pelo mar, fez ele se tornar uma pessoa mais calma, eu achava.

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