Capítulo 34

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Pov Kim Jisoo

Ouvindo as três vozes conversando na porta de entrada da casa Lisa se levantou e foi até elas. Uma das vozes eu reconheci, era a senhora Park mãe da Chaeyoung. Eu engoli em seco, agora seria uma boa hora para eu desaparecer, certo? Jennie percebeu o meu nervosismo e veio segurar a minha mão fazendo carinho na minha palma.

- Tudo bem Jichu? - Ela pergunta com um olhar preocupado para mim.

- Jen e se ela mandar eu ir embora? Ela pode está ressentida com o passado. - Jennie me abraçou me trazendo uma calma momentânea.

- Shhh... Você e a Chaeng se amam e ninguém pode mudar esse fator. - Eu engoli em seco, eu nunca assumi os meus sentimentos para Jennie.

Os passos se aproximaram da sala de estar e a primeira pessoa que eu vi foi Chaeyoung que veio até mim e segurou a minha mão.

- Mãe, Alice nós precisamos conversar. - Disse Chaeyoung com um tom de voz frio e sério e sua postura ficou rígida.

- O que está acontecendo aqui? O que essa garota está fazendo aqui Chaeyoung? - A voz rude e profunda da senhora Park me perfurou.

- Calma mãe, deixa elas se explicarem. - Alice segurou o braço da sua mãe e lançou um sorrisinho preocupado para nós duas.

Eu vi quando Lisa estendeu a mão para Jennie e chamou ela para subirem e deixar essa conversa entre família. Eu não sei se agradecia ou se ficava mais tensa ainda.

- Mãe... Eu e Jisoo conversamos e nos perdoamos. Colocamos uma pedra no passado, somos pessoas diferentes, não somos mais crianças imaturas. No passado eu errei com ela, mas ainda assim não foi ela que me ferrou, foi eu. Ela não tem culpa de nada de eu ter saído praticamente fugida da Coréia. Ela não tem culpa alguma...

- E mesmo assim, ela foi capaz de me perdoar. Eu a amo muito mamãe. Por favor, se esforce para entender isso. Eu a amo como nunca fui capaz de amar outra pessoa na minha vida. Eu não sei como mas eu simplesmente sei que se não for ela, não será outra pessoa. - A declaração de Chaeyoung me fez perceber que fiz a escolha certa em me entregar para ela, em escolher retribuir seus sentimentos na mesma proporção.

Eu a amava desde sempre e sempre esperei para ouvir sobre o seu amor por mim, mas ouvindo agora era tão sincero e puro o seu amor por mim, que por segundos eu não me importava mais com o que sua mãe diria a seguir.

- Filha, você só tem 19 anos e não pode ter certeza se ela é ou não amor da sua vida, você tem muitos anos pela frente e você ainda vai amadurecer os seus pensamentos e sentimentos, você ainda é uma criança. Essa história começou muito errada e quase levou você para a cadeia. Então pense bem sobre isso...

- Existem pessoas que se amam desde a infância e mesmo assim mamãe, quem é você para falar sobre amor, quando você desistiu de uma pessoa que lhe amava? Eu posso ser jovem mas eu reconheço que é o amor. Eu não vou abrir mão da minha esposa para te deixar feliz. - O caminho dessa conversa não estava sendo nada bom, a tensão entre mãe e filha estava cada vez pior.

- Ok... Chaeyoung vai com calma ai. Respeita a nossa mãe, você não sabe todas as coisas que ela passou para nos dar uma boa vida e boas oportunidades para o nosso futuro. Inclusive abandonar no nosso pai medíocre que só ferrava com tudo. Não julgue um livro pela capa garota. Se você realmente ama a Jisoo, ok! Demonstre que você a ama e seja feliz. Mas cara segura tua onda antes de falar coisas ruins para a nossa mãe. Família é tudo. - Disse Alice e eu também concordava com ela, reconhecer e respeitar seus pais acima de tudo.

Chaeyoung soltou as minhas mãos e eu senti um frio percorrer minha espinha, era isso? Ela tinha desistido de nós? Chaeyoung foi até a sua mãe e se ajoelhou na frente da mulher que olhava para nós estática desde o que Chaeyoung disse para ela.

- Me perdoa mãe, eu fui imatura com as palavras. Eu te julguei e fui rude. Me perdoa, mas eu estou desesperada. Eu não quero perder a Jisoo, ela me faz feliz e tão bem. Eu mudei para ser digna de ter uma nova chance com ela e por obra do destino ou Deus, colocou nós duas novamente no mesmo caminho. Por favor mãe, você é a pessoa mais importante da minha vida. Eu não vou ser feliz se você for contra o nosso relacionamento. - Então Chaeyoung curvou sua cabeça, Alice estava boquiaberta para a declaração de Chaeyoung.

Meu estômago abrigava mil borboletas serelepes, que não se importava de dançar dentro de mim, Chaeyoung estava enfrentando sua família por mim e eu fiz o que no mínimo deveria fazer.

- Me perdoe senhora Park pelo mal entendido do passado, eu conversei com os meus pais e com o diretor da escola. Mas infelizmente Chaeyoung já havia ido embora. Não tivemos coragem de assumir os nossos sentimentos naquele tempo, mas estamos hoje aqui para pedir uma chance para a senhora reconhecer o nosso amor. - Chaeyoung olhou para o lado encontrando eu ao seu lado de joelhos e cabeça curvada assim como ela. Entrelaçamos nossas mãos e sorrimos uma para a outra.

- Levantem. - Pediu a senhora Park.

Fizemos o que a mãe de Chaeyoung mandou, levantamos e permanecermos de cabeça baixa.

- Eu nunca te vi lutar por alguma coisa na vida como estou vendo agora. Se Jisoo te faz feliz minha filha, quem sou eu para impedir a sua felicidade? De todas as pessoas nesse mundo, eu sou a mais interessada em te ver feliz. Seja companheira e compreensiva com Jisoo. E Jisoo faça o mesmo com a minha menina. - Dito isso a senhora Park pegou a sua bolsa de viagem e saiu da sala subindo as escadas, ela estava visivelmente chateada.

- Felicidades ao casal... Chaeyoung você é uma ingrata de merda. - Alice passou por nós feito um foguete atrás de sua mãe.

Eu não conhecia muito bem a história entre o pai e a mãe da minha esposa, mas provavelmente deveria ser uma história muito triste. Tocar naquele assunto de alguma maneira tocou o coração da senhora Park e trouxe pensamentos antigos que não eram bons.

- Eu sou uma estúpida. - Chaeyoung batia a cabeça na parede repetidamente.

- Ei, fica calma. Amanhã vocês conversam melhor. - Eu abraço Chaeyoung por trás apertando meus braços em torno do seu corpo querendo reconfortar ela de alguma maneira.

- Eu falei coisas que não deveria Jisoo. - Ela fala.

- Infelizmente acontece, amanhã vocês duas vão estar de cabeça fria e então vão conversar melhor. Por favor, não se cobre muito. - Beijo sua testa e volto abraçar ela que suspirou frustrada em meu ombro.

Já era tarde da noite senhora Park e Alice já haviam subido para os quartos de hóspedes. Eu me sentia tão mal por está entre mãe e filha, não queria trazer esse clima tenso para o meio da família de Chaeyoung. Por um momento enquanto eu deitava senti vontade de arrumar as minhas coisas e ir para um hotel, mas eu não poderia fugir para sempre.

Eu gosto da Chaeyoung, na verdade eu a amo e não posso abrir mão do nosso recomeço agora.

- Não consegue dormir? - Perguntou Chaeyoung virando para ficar de frente para mim na cama.

- Perdi o sono. - Confessei ao me aconchegar em seus braços e no seu calor do seu corpo.

- Fecha os seus olhos, eu vou cantar para você. - Sorri sentindo que ela também estava sorrindo.

When I see your face
There's not a thing that I would change
'Cause you're amazing
Just the way you are
And when you smile
The whole world stops and stares for a while
'Cause girl, you're amazing
Just the way you are

Eu poderia passar a minha vida inteira ouvindo Chaeyoung cantar. Sua voz é como um sussurro dos pássaros, derrete montanhas de gelos, toca tão suave como um veludo vestindo a pele. Eu poderia passar a eternidade ouvindo sua voz, eu amo Park Chaeyoung e se for necessário eu vou lutar por ela, assim como ela fez por mim.

- Tenha bons sonhos meu amor, eu te amo. - Chaeyoung deixou um beijo suave em minha testa e eu adormeci em seus braços.

Continua...

"Música do nosso querido Bruno Mars - Just the way you are. Se com a mãe de Chaeyoung o circo já pegou fogo, imagina se os Kims resolvem visitar a mais nova da família em véspera de Natal? Kkkk... Florence xoxo".

Toxic love and other drugs - ChaesooOnde histórias criam vida. Descubra agora