Eu achei por bem dividir este capítulo (até o título foi dividido) para não cansar a leitura de vocês com um cap com quase 10k de palavras.
O Rei Itachi concedeu a minha permissão com inúmeras ressalvas e com uma lista enorme de regras que se eu não seguisse estritamente - que só poderiam ser quebradas em caso de vida ou morte -, ficaria confinado ao meu quarto, só saindo para visitar o Apartamento Azul, pois o evento que eu participarei é muito íntimo e ritualístico - se eu entendi direito, é como um momento religioso que exige muito respeito e recato por causa do caráter delicado.
Eu não poderia levar Bia - então a deixei com minha mãe e o meu pai, que aceitaram.
Era proibido para os filhotes, proibido para não-marcados, proibido para os "descrentes", proibido para os estrangeiros, proibido para a plebe e para a aristocracia menor, proibido para religiosos de outra fé - ainda que submarinos - e proibido para os considerados fracos demais.
Eu me encaixo em mais de três opções aí, então realmente não sei como fui aceito.
Trocaram a minha coleira de couro por uma gargantilha de marinita com quatro dedos de largura - nem consigo abaixar a cabeça -, trocaram minhas roupas comuns por uma túnica verde lodo muito bonita, apesar da cor, e cobriram a minha cabeça com um tipo de véu parecido com o niqab, porém translúcido e bem longo na parte de trás.
Enquanto elas me ajudavam a vestir este traje do ômega para alguns rituais - um dos trajes típicos da cultura submarina r'lyehiana para a minha casta que são usados em cerimônias longe das câmeras, o que me fez pensar que as roupas militares que vi no dia da coroação de Bia são invenções para este planeta, como uma forma de "se enturmarem" com as outras realezas -, eu ouvia as duas camareiras sussurrarem ao se afastar de mim o quão lindo eu ficaria num xharig.
-O que é um... Como se pronuncia? - perguntei enquanto elas prendiam o véu na minha cabeça com grampos. A moça sorriu com as bochechas coradas e negou.
-Foi só um devaneio, Sr. Uzumaki.
-Pode me chamar de Naruto, se quiser.
-Sua Majestade Sasuke não nos permitiu tal intimidade, senhor.
-Bom... se foi ordem dele, tudo bem. - isso, Naruto, mantenha sua impetuosidade bem quieta. Seja uma pessoa adulta e racional. - Mas o que essa coisa?
-Xharig?
-É. O que é? - a outra camareira trouxe um lanche para mim. Um sanduíche com suco.
-É uma veste tradicional da realeza, Sr. Uzumaki. Todos os ômegas masculinos e femininos marcados a utilizam nas cerimônias particulares. - falou sonhadora. Seus olhos brilhavam. - É como um vestido de princesa para as mocinhas terrenas. Antigamente, todos usavam. Com o fim da Segunda Guerra Interplanetária, só a realeza mantém a tradição. As coisas mudaram.
-Tetis! - a que mexia o meu cabelo repreendeu. - Não fale desses assuntos! É indevido.
-Ora, Vanta, está escrito é qualquer livro sobre o nosso povo. Foi uma tradição que se perdeu e virou coisa de contos da realeza. - rolou os olhos. Algo me diz que elas são muito próximas. - Eu não disse nada de errado. - então começaram a discutir naquela língua estranha.
Contive como eu pude a crise de riso porque ouví-las falar é muito estranho.
Uma vez pronto e alimentado, esperei que alguém viesse me buscar.
Eu revisava a lista de regras para não cometer gafes.
É proibido repetir, gravar, replicar, guardar ou reproduzir de quaisquer maneiras o que acontecer durante o ritual.
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Durante a Chuva
FanficO ex-médico Naruto, um ômega, acreditava nas promessas de um futuro reluzente criadas pelo governo para a Púnia. Ele acreditava como as crianças acreditam nas lendas. Após o golpe, e com ele a destruição da sua fé no presidente Mandachuva, Naruto se...