08| Sacrifício

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「New Orleans 」𝗛𝗢𝗣𝗘 𝗔𝗡𝗗𝗥𝗘𝗔 𝗠𝗜𝗞𝗔𝗘𝗟𝗦𝗢𝗡

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「New Orleans 」
𝗛𝗢𝗣𝗘 𝗔𝗡𝗗𝗥𝗘𝗔 𝗠𝗜𝗞𝗔𝗘𝗟𝗦𝗢𝗡

Aos poucos, minha consciência voltou, embora minha visão ainda estivesse turva e a cabeça, pesada. Eu estava caída no chão, e memórias confusas começaram a se formar. Lembrei-me do ritual, de Freya e de tudo o que aconteceu. Ela me apagou.

— O que está acontecendo? — uma voz perguntou, confusa.

— Rebekah? — outra respondeu, incerta.

O som de vozes familiares foi o suficiente para me impulsionar a levantar, ainda que cambaleante. Olhei ao redor e vi minha família. Meu coração se apertou, mas algo dentro de mim também se acalmou.

— Hope? — alguém disse.

Me virei para a voz.

— Tia Rebekah! — gritei, correndo para abraçá-la.

Rebekah me envolveu em seus braços, sua presença trazendo uma sensação de segurança.

— Minha sobrinha linda! — disse ela, acariciando meus cabelos como fazia quando eu era criança.

O momento foi interrompido pela voz de alguém que eu conhecia muito bem.

— O que está acontecendo? — a voz de meu pai ecoou, grave e cheia de preocupação.

— Nik? — Rebekah virou-se para ele, os olhos se enchendo de emoção.

— Rebekah! — Klaus correu para abraçá-la, o vínculo entre irmãos claro na intensidade do gesto.

Outros começaram a se aproximar.

— O que está acontecendo? — perguntou Kol, sua expressão desconfiada enquanto se aproximava. — Hope? Choe?

— Sou a Hope. — disse com um sorriso rápido, tentando aliviar a tensão.

— Hope! — meu pai disse, vindo até mim e me abraçando com força.

— O que está acontecendo? — dessa vez, a voz calma e controlada de Elijah cortou o ambiente.

Respirei fundo, sabendo que teria que ser honesta.

— Tia Freya nos prendeu aqui. — minha resposta fez todos pararem e olharem para mim.

— O que nossa irmãzinha está tramando agora? — perguntou Kol, cruzando os braços.

— Talvez ela tenha encontrado uma solução. — disse Rebekah, sempre otimista.

— Então por que Choe não está aqui? — perguntei, e pude ver a expressão de alerta no rosto do meu pai.

Klaus franziu o cenho, pensando.

— Choe... Ela me apagou. Quebrou meu pescoço assim que chegamos em casa.

— Então ela e Freya estão tramando algo. — disse Elijah, pensativo.

Antes que mais perguntas pudessem ser feitas, Freya apareceu.

— Acertou, meu amado irmão. — disse Freya, sua voz soando firme e decidida.

— Freya! Onde está a Choe? — meu pai perguntou, avançando em direção a ela.

— Ela está comigo, Klaus. Não se preocupe.

— O que vocês estão fazendo? — perguntou Rebekah, alarmada.

— Nós temos uma ideia, e estamos testando. — Freya respondeu, evasiva.

— Que ideia, tia Freya? — perguntei, dando um passo à frente.

— Vocês não precisam saber agora. Apenas confiem em mim.

— Freya... — começou Elijah, mas Freya o interrompeu.

— Está tudo sob controle. — disse ela, tentando tranquilizar-nos. — Confiem nas primogênitas Mikaelson. Nós vamos conseguir.

E então, como uma sombra, Freya desapareceu.

O silêncio que se seguiu foi preenchido apenas pela respiração pesada de todos na sala.

— Talvez elas tenham mesmo encontrado uma solução. — disse Rebekah, tentando acalmar os ânimos.

— São as primogênitas. Temos que confiar nelas. — concordou Elijah.

— Não estou com um bom pressentimento. — murmurou meu pai, cruzando os braços, tenso.

De repente, uma luz azul brilhou no teto da casa, iluminando o ambiente com uma intensidade quase cegante.

— O que está acontecendo? — perguntei, tentando proteger meus olhos da luz.

— Elas vão fazer o mesmo que fizemos quando vocês eram pequenas. — disse Rebekah, sua voz carregada de preocupação.

— Freya está tentando colocar toda a magia do Hollow em algum lugar. — disse Elijah, compreendendo o plano.

— Não é em um lugar. É em uma pessoa. — corrigiu Kol, olhando diretamente para Klaus.

— Quem melhor para suportar toda essa magia do que nossa amada sobrinha primogênita? — Kol disse, o sarcasmo evidente, mas também a preocupação.

— Freya vai colocar a magia em Choe. — concluiu Klaus, sua expressão se fechando em preocupação.

A luz azul começou a se mover, sugando a magia do Hollow que ainda estava dentro de cada um de nós. Foi um processo longo e doloroso, mas quando terminou, todos desabamos no chão, exaustos.

Quando recuperei os sentidos, vi Freya e Choe caídas no chão.

— Choe! — gritou meu pai, correndo até ela.

— Meu Deus, Freya... — disse Elijah, ajoelhando-se ao lado de nossa tia, que começava a recobrar os sentidos.

— No que vocês estavam pensando? — perguntou Rebekah, indignada.

— Até eu nunca faria isso! Ela é uma adolescente, Freya! — gritou Kol, furioso.

— Uma adolescente forte e cheia de poder! Ela pode suportar. — retrucou Freya, defendendo sua decisão enquanto olhava para Choe.

— Ela não está acordando, Freya. — disse meu pai, a voz baixa e cheia de dor.

— O quê? — perguntou Rebekah, seu tom de voz se elevando em pânico.

— Choe não está respirando! — gritou Klaus, sua voz cheia de desespero, fazendo todos congelarem.

— Leve-a para o quarto dela, agora, Klaus! — ordenou Freya.

Meu pai não hesitou. Pegou minha irmã no colo e a levou rapidamente para o quarto. Todos o seguimos, mas algo em mim não conseguiu se mover.

Eu estava paralisada, meu coração apertado pela dor.

Choe sempre se sacrificou por todos nós. Sempre colocou nossa família acima de si mesma. E agora... agora ela não estava respirando.

Minhas pernas finalmente cederam, e me ajoelhei no chão. Lágrimas começaram a escorrer pelo meu rosto enquanto eu encarava a realidade.

Ela era minha irmã. Minha gêmea.

E ela não podia morrer. Não assim. Não agora.

THE NOT PERFECT SISTERS, legaciesOnde histórias criam vida. Descubra agora