𝗧𝗛𝗘 𝗜𝗠𝗣𝗘𝗥𝗙𝗘𝗖𝗧 𝗦𝗜𝗦𝗧𝗘𝗥𝗦, legacies
➥【𝑪𝒉𝒐𝒆 𝑴𝒊𝒌𝒂𝒆𝒍𝒔𝒐𝒏 𝒂𝒏𝒅 𝑯𝒐𝒑𝒆 𝑴𝒊𝒌𝒂𝒆𝒍𝒔𝒐𝒏】
⇾Quando hollow entrou na vida dos Mikaelson eles tiveram que tomar a decisao mais dificl de suas vidas, que foi separar as suas lind...
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「New Orleans」 𝗛𝗢𝗣𝗘 𝗔𝗡𝗗𝗥𝗘𝗔 𝗠𝗜𝗞𝗔𝗘𝗟𝗦𝗢𝗡
Não conseguiria ficar mais um minuto naquela sala. Assim que Choe chegou, todos os olhares se voltaram para ela. Seria egoísmo demais querer que eles olhassem para mim, só por uma vez?
Mas agora não importa mais. Conhecendo Choe como conheço, ela vai carregar para sempre a culpa de ter matado nossa mãe. Ela não matou mamãe... mas agora ela acredita que matou.
Passei o resto do dia no meu quarto, perdida nos meus pensamentos. Pratiquei alguns feitiços e tentei aprimorar minha magia, mas o cansaço me venceu. Não era apenas físico, era uma exaustão da alma. Estava prestes a me entregar ao sono quando ouvi passos se aproximando da porta. Fechei os olhos rapidamente, fingindo dormir.
— Hope? — chamou meu pai, entrando no quarto.
— É tão bom ver você dormindo... Você não sabe o quanto eu queria ter visto mais cenas assim. — Ele se sentou na beira da cama e passou a mão em meus cabelos, sua voz carregada de melancolia.
— Mas eu queria minha garotinha de volta, a Hope compreensiva. Aquela que não jogava toda a culpa em sua irmã por algo que ela não fez. — Ele suspirou, e seu tom soava quase como uma súplica.
— Vamos encontrar Hayley. A culpa não é de ninguém. — Ele se inclinou, beijou minha testa e saiu, deixando-me sozinha com meus pensamentos.
Meu pai. Klaus Mikaelson. Era com ele que eu queria ter crescido. Então por que ele não me escolheu?
Fiquei imóvel por alguns minutos até ouvir outro som. Um barulho leve vindo da janela.
— Hope! — chamou uma voz familiar.
Caminhei até a janela e me deparei com Roman.
— O que você está fazendo aqui? — perguntei, tentando não parecer surpresa.
— Vim te tirar daqui. Vamos dar uma volta. O que acha? — perguntou ele, com um sorriso travesso.
Sem pensar muito, desci pela janela e, juntos, desaparecemos na noite.
Passamos horas vagando por estradas desconhecidas, dirigindo para bem longe de New Orleans. Eu confiava nele, mas havia uma parte de mim — algo como um instinto de gêmea — que dizia para não baixar a guarda. Contudo, naquele momento, decidi ignorar isso.
— Para onde você quer ir? — perguntou ele, quebrando o silêncio.
— Para qualquer lugar. Não importa onde, desde que seja longe de New Orleans. — Olhei pela janela, observando as árvores e as luzes distantes.
E assim foi. Seguimos em frente, acumulando memórias que eu sabia que guardaria para sempre.
Meu primeiro beijo.
Com Roman, foi como tocar o paraíso. Ele era meu príncipe encantado, ou pelo menos era assim que eu o via. Talvez ele fosse meu amor épico, como mamãe sempre dizia.
A madrugada nos encontrou de volta a New Orleans. Não podíamos deixar ninguém perceber que eu havia saído, principalmente Choe.
Chegamos devagar, passando pelas ruas familiares da cidade. Cada esquina carregava lembranças, boas e ruins. New Orleans era o meu lar, o lar dos Mikaelsons. Talvez não fosse o lar de Choe, mas era o meu.
A janela do meu quarto estava emperrada, então subimos pela biblioteca.
— Está entregue, senhorita Mikaelson. — Roman disse, com um tom brincalhão.
— Aparentemente sim, sem nenhum arranhão. — Sorri para ele, sentindo meu coração acelerar.
Ele me beijou novamente, e, por um instante, esqueci de tudo — das brigas, da magia, da dor. Apenas existíamos nós dois.
Mas o momento foi interrompido pela voz grave do meu tio Elijah, que conversava com Choe em algum lugar da casa.
— Acho melhor você ir embora. — Falei, relutante.
— Concordo. Não quero encontrar mais nenhum Mikaelson por hoje. — Ele riu, descendo pela janela.
— Te vejo amanhã à tarde? — perguntou, me beijando mais uma vez antes de desaparecer.
— Amanhã à tarde. — Prometi, fechando a janela atrás dele.
Voltei para o meu quarto e tentei descansar, mas o sono não veio. Tomei um banho rápido, me vesti e saí para o corredor.
Na sala, encontrei minha tia Freya, meu tio Kol e minha irmã. Eles estavam discutindo algo em tom baixo, mas tenso.
— O que vamos fazer? — perguntou Freya.
— Posso usar essa magia a mais e tentar um feitiço poderoso para encontrar mamãe. — Choe sugeriu, com determinação no olhar.
— Não, nem pense nisso. — Davina respondeu rapidamente.
— Ouça-a, minha querida sobrinha. Isso é perigoso demais. Você pode acabar rasgando o véu. — Disse Kol, cruzando os braços.
— Que véu? — Meu pai entrou na conversa, franzindo o cenho.
Choe respirou fundo antes de começar a explicar.
— Pai... Quando encontrei mamãe, ela me disse que há um véu em minha mente, ou melhor, em minha magia.
— Um véu? — Klaus repetiu, confuso.
— Sim. E esse véu está enfraquecendo. Está quase se partindo. — A voz de Choe tremeu, e eu me aproximei mais para ouvir.
— O que acontece quando ele se parte? — Perguntei, mesmo temendo a resposta.
— Quando ele se partir... o Hollow vai assumir o controle do meu corpo. — Lágrimas escorreram pelo rosto dela.
— Meu Deus... — Rebekah se levantou, parecendo em choque.
— Tem que haver uma solução! — Disse Elijah, tentando manter a calma.
— Não tem. — Choe balançou a cabeça, derrotada. — Quando o Hollow assumir o controle... eu morro.
A sala mergulhou em um silêncio mortal. Meu coração apertou no peito.